Capítulo 28

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Scarlett

Seguro em sua mão, sentindo o calor da sua palma se juntar com o minha. Os olhos do Henry se voltam para mim e sorrio para ele, encostando a cabeça em seu ombro enquanto continuamos a andar pelas ruas de Nova York.

— Já pensou o que vai comprar para ele? — pergunta curioso, ainda sem parar.

— Na verdade, não. É meio complicado para dar presente para Steve, ele não gosta de algumas coisas normais, sempre foi assim. — rio, nostálgica.

O aniversário do meu irmão é daqui dois dias e agora estou a caça de uma presente para ele. Hoje é sábado, e como eu estava no apartamento de Henry, ele insistiu em me trazer e me acompanhar nas compras, já que o mesmo afirmou que não seria problema algum e que também tinha que comprar algumas coisas e então aproveitamos para virmos juntos.

Mas o mais difícil para mim e saber qual presente dar para meu irmão. Ele não é enjoado e muito menos rejeita os presentes que dão á ele, mas a questão é que já o dei os mais variáveis presentes ao decorrer dos anos e dos seus aniversários, e agora me vejo sem opção. Já pensei em lhe dar dinheiro, ou simplesmente um beijo em sua bochecha e dizer que o amo muito, mas mesmo assim nada pareceu suficiente para mim.

— O que ele gosta?

Retorço o lábio, pensando por alguns segundos.

— Ele é fascinado por aviação, sempre gostou, só não seguiu carreira nesse ramo porque não obteve oportunidades — conto, parando de andar por alguns segundos e me viro ficando de frente para o homem de olhos azuis que me olha atentamente.

— O que acha de um avião? — pergunta simplesmente, como se fosse algo realmente simples e não me seguro, explodindo em uma gargalhada.

— Só se for um de brinquedo. Não sou rica igual você, Henry, e certamente não estou em condições para dar um avião para meu irmão — descarto a opção, suspirando logo em seguida.

— Certo... — ele estala a língua, olhando em volta. — Que tal um sobrinho?

Arregalo os olhos, abrindo a boca por diversas vezes sem saber o que responder.

Ele ficou louco?

— Não! Não... sem chances. É muito provável ele me matar se eu aparecer grávida em sua frente, ainda mais sem ter um namorado ou alguém para ser o pai da criança, eu nunca fui irresponsável — balanço a cabeça negando e ele franze a testa, passando a língua nos lábios como se estivesse um pouco... chateado?

— Eu não sou nada pelo visto — sussurra, prendendo sua atenção em tudo, menos em mim e só então percebo o que ele quis dizer.

Oh... ele se candidatou para ser pai de um filho meu?

Fico em silêncio por alguns minutos, pensando nessa possibilidade. Negar que estamos gostando um do outro não podemos negar, mas ainda não temos nada definitivo e se continuarmos com isso, e resolvermos ter algo mais sério, creio que ainda temos que viver muitas coisas antes de ter um filho. Se acontecer,  aconteceu, mas na minha opinião podemos viver muitas coisas antes de expandir nosso amor, e eu também não estou pronta para ser mãe.

— Ei, não é isso que você está pesando — toco em seu rosto o virando para mim e me aproximo mais, sem me importar com as pessoas que caminham ao nosso redor. — Eu gosto de você, gosto muito, e se fosse hora adoraria que você fosse pai de um filho meu, mas não é hora, ainda não. Tudo que estamos tendo ainda é só o começo Henry, e mesmo querendo ficar do seu lado o máximo que eu puder, não me imagino sendo mãe agora. Creio que ainda podemos viver muitas coisas juntos antes de ter mais uma responsabilidade em cima de nós. Depois de um tempo, se realmente resolvermos ficar juntos, podemos pensar sobre isso, mas agora ainda é muito cedo, não acha?

Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora