Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3 (Concluído)

Bônus 1

Andrew

5 anos depois.

Olho em volta, procurando requisitos que podem cortar ou machucar meu filho, por sorte, não encontro nada.

— Papai, o Max! — levo minha atenção até Joseph, que tem seus olhos azuis iguais aos meus focados no nosso cão agora cansado, por conta da sua idade.

— O que foi, filho? — pergunto me abaixando ao seu lado, e afirmo suas perninhas no chão, ajudando ele a dar alguns passinhos.

— Ele palece tiste hoje — faz biquinho, falando as palavras um pouco emboladas pelo fato de ter começado a falar poucos dias atrás.

— E porque você acha isso? — passo a mão por seus cabelinhos loiros, completamente semelhantes aos da Megan. Joseph e Mike são a cópia da mãe com os meus olhos.

— Mike disse que ele vai viver por pouco tempo, por isso ele está triste — olha-me com seus olhinhos marejados, o que faz meu coração apertar.

— Ele falou isso quando? — o trago para minhas pernas, abraçando seu corpinho ainda pequeno.

— Hoje de manhã quando eu disse que quando eu ficasse gingante eu ainda telia Max cumigo — sussurra baixinho, aumentando seu bico.

Balanço a cabeça, suspirando pesadamente e passo as mãos no meu cabelo que agora já está aparecendo alguns fios brancos.

Max realmente tem poucos dias de vida, pelo o que os veterinários falaram. Por conta da sua idade avançada é normal que ele não tenha mais disposição para quase nada, e afirmam que ainda é quase um milagre ele ainda estar vivo, já que os cachorros da sua mesma espécie não costumam viver tantos anos assim. Max já está com quase doze anos, então é compreensível que ele já não tenha mais forças, mas pensar que, não terei mais ele daqui alguns dias, parte meu coração de uma forma estratosférica. Eu fui pai de Max quando ele ainda era um recém-nascido, meu tornei seu dono, seu companheiro de caminhadas e a pessoa que lhe dava — e ainda dá — amor e carinho, e ele, simplesmente, virou o meu melhor amigo desde sempre. Quando minha vida virou um caos era nele em que eu via forças para continuar, e nunca vou esquecer disso. Ele também é meu filho, o primeiro deles.

— Mike — chamo-o, olhando em sua direção. Meu filho de agora quase dez anos está deitado no sofá da sala, lendo algum dos seus variados livros.

— Oi — diz com os olhos ainda focados no livro. Eu admiro muito esse lado leitor que ele tem, mas as vezes ele me estressa por me dar pouca atenção.

— Por que você disse para Joseph que Max está nos seus últimos dias?

Finalmente, seus olhos azuis se voltam para mim e suspirando ele fecha o livro, sentando-se corretamente no sofá.

— Papai, você sabe qual é, infelizmente, a verdade — olha diretamente nós meus olhos.

— Eu sei, meu filho. Mas você sabe que Jos ainda não entende isso, certo? — tento mostrar outro lado da situação.

Joseph só tem um ano e três meses de idade, e eu não quero traumatiza-lo desde cedo. Sei que ele ainda não consegue entender completamente as coisas, já que ainda é somente um bebê, mas como será para ele quando ver que não terá mais seu amigão peludo para brincar? Se já dói em mim, imagina nele?

— Sim — concorda, abaixando o olhar. — Desculpa...

Balanço a cabeça, levantando-me do chão com Joseph em meu colo e vou até o sofá, me sentando ao lado de Mike.