Capítulo 12

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Henry

Paro em frente ao prédio que tem aparentemente três andares. Olho em volta, vendo pessoas andarem pela rua, algumas corem, outras conversam e algumas até tem o olhar de apavoradas. Pelo jeito o bairro não é o mais tranquilo de todos.

A ruiva ao meu lado parece despreocupada a sua volta, já que se concentra em mexer nos seus dedos e procurar algo dentro da sua bolsa.

— O que aconteceu? — pergunto curioso, ao ver que ela fez uma careta.

— Nada. Só não estava encontrando minhas chaves, porém acabei de encontrá-las — sorri, virando o rosto para mim.

— Bom, está entregue — fixo meus olhos nos seus, vendo o verde das suas pupilas cintilarem.

— É... obrigada — agradece destravando o cinto. — Eu vou indo então, obrigada mais uma vez pela carona — ela parece nervosa com suas palavras, já que se embola ao fala-las.

Seu corpo se vira para abrir a porta do carro, mas antes que ela consiga sair, tomo liberdade mais uma vez para tocar sutilmente em seus dedos, fazendo ela ficar estática.

— Você tem algo programado para mais tarde? Sei lá, poderíamos comer uma pizza, caminhar pelo parque, fazer algo que amigos fazem, o que acha? — proponho, dizendo o que eu queria ter dito desde quando ofereci uma carona para ela.

Eu estou disposto a realmente ser amigo dela, e conhecer melhor seus gostos, então acho que uma saída de amigos será um bom começo.

— Tenho o compromisso de pintar meu apartamento — ela diz, soltando uma risadinha logo em seguida.

— Sério? — soo divertido também.

Eu nunca nem sequer vi alguém pintando um apartamento.

— Sim, quero muda-lo o quanto antes — explica e só então compreendo suas palavras.

— Entendi. Bom, pintar paredes não estava nos meus planos mas se quiser um amigo para ajudar, estou disposto a fazer isso.

Ela ri, me deixando confuso.

— Um CEO como você sabe pintar paredes? — questiona, como se fosse algo impossível de acontecer e talvez realmente seja.

— Não sei, mas posso tentar não é mesmo? — desafio no mesmo momento em que ela vira seu rosto para mim.

— Claro, só cuidado com o seu terno.

Reviro os olhos, achando graça do seu jeito afrontoso.

— Aceita minha companhia então,  ruiva?

Ela estala a língua, balançando a  cabeça em concordância logo em seguida.

— Só lembre que não tenho dinheiro para pagar um terno novo, então tente não suja-lo — mais uma vez ela brinca por causa do meu terno, me fazendo rir novamente.

— Deixa de ser boba Scarlett!  — exclamo e nos dois caímos em uma gargalhada.

Dando-se conta da nossa decisão, desligo o carro, quando ela acaba com nosso contato e sai para fora, ficando me esperando ali. Não demora nem cinco minutos e eu saio também, indo ao seu encontro.

Com Scarlett caminhando em minha frente, entramos dentro do pequeno prédio e após passarmos pelo porteiro que não tinha uma cara nada boa, ela me guia até o elevador, aonde vamos em silêncio até o seu andar.

O andar pelo o que vejo não existe muitos apartamentos, somente o que prevejo que Scarlett more e mais outro, que fica de frente para o dela.

A ruiva destranca a porta do seu apartamento e assim que paro na porta que tinha uma estrutura desgastada, consigo ver que realmente esse lugar está em obras.

Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3  (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora