Uma Paixão Inesquecível - Os Peterson 3 (Concluído)

Capítulo 26

Henry

A porta é aberta e cabelos ruivos e bagunçados aparecem em minha frente. A baixinha de olhos verdes parece ter recém acordado e me culpo mentalmente por ter acabado com seu sono.

— Henry? — ela diz surpresa, passando seus olhos por mim e sorrio de canto.

— Oi. Desculpa aparecer essa hora — desculpo-me logo de início.

— Tudo bem, pensei que viria mais cedo — abre espaço para mim entrar e fecha a porta atrás de mim.

— Acabei saindo da empresa só agora — suspiro e olho no meu rolex de pulso vendo que já são quase meia-noite. — Andrew, Flora e eu ficamos em uma reunião somente entre nós três e acabamos perdendo a noção do tempo, já que tínhamos muitas coisas a tratar.

— Entendi — ela se aproxima. — Você sabe que não faz bem ficar até tão tarde trabalhando né? Isso é o que você sempre diz para mim.

— Eu sei — sorrio de canto arrumando uma mecha do seu cabelo e dou um beijo em seus lábios. — Mas hoje não tive como fugir.

— Eu fiz macarrão mais cedo, caso esteja com fome — aponta para a cozinha. — Fiz um pouco á mais já que você disse que viria.

— Hum... eu irei aceitar, estou morrendo de fome — afirmo e me afasto para tirar meu paletó.

Scarlett caminha até a cozinha e liga o fogo para esquentar o macarrão enquanto eu a espero sentado em uma das banquetas da ilha, admirando ela de pijama.

Mesmo vestindo o tecido simples cinza ela continua linda. Seus cabelos estão bagunçados, por conta de pelo o que adivinho estar dormindo recentemente e pela segunda vez em poucos minutos ela boceja, demostrando que continua com sono.

— Tirei o seu sono, não foi? — pergunto e ela vira o rosto para mim, discordando.

— Eu ainda não havia dormindo, talvez dado algumas cochiladas, mas dormir não — discorda dos meus pensamentos. — Estava tocando e também aproveitei para ler um pouco.

— Anda tocando muito? — pergunto realmente interessado e ela desliga o fogo, pegando um prato para que eu possa comer. Levanto para ajudar ela pegar um copo que estava muito alto e em troca recebo suas bochechas avermelhadas.

— Sempre que posso, mas confesso que estou melhorando cada vez mais — dá de ombros se sentando no lado oposto de onde eu estava.

— Fico feliz em saber disso, ainda quero ouvir você tocando em cima de um palco com uma plateia gigantesca gritando seu nome e elogiando o quão boa que você é.

— Você é doido — ri. — Nunca escutou eu tocando e diz que sou tão boa assim, não sou nada demais.

— Não preciso escutar para saber que você é incrível — sou sincero. — Dá para ver que você realmente gosta de tocar e se você faz aquilo com carinho e dedicação com certeza vai dar certo.

— Dizendo desse jeito você me deixa envergonhada — abaixa o olhar e posso ver suas bochechas ainda mais vermelhas. Sorrio enrolando o macarrão com o garfo. — Outro dia eu toco para você, hoje já está tarde o os vizinhos não gostam muito de barulho, e não estou afim de ser expulsa do meu apartamento.

Tanto esconder o sorriso malicioso que insiste crescer em meus lábios quando escuto a palavra " barulho". Talvez gemidos não será algo muito conveniente para os ouvidos deles.

— Certo... ficarei esperando ansiosamente por esse dia, mas agora... — deixo os talheres em cima do prato e levanto-me, dando a volta na ilha de mármore e fico em sua frente, já que a mesma também vira em minha direção. — Quero beijar muito essa boca que não saiu dos meus pensamentos o dia todo mas infelizmente ainda não tive oportunidade de prova-la hoje.