I OF THE STORM Part2

466 75 70
                                    

Continuação:

Eu... Eu. - Gaguejei e tentei pronunciar alguma coisa, mas ela logo tomou a palavra para si novamente.

Alguma coisa em mim te incomoda? - Eu realmente não sabia o que falar, eu não me sentia confortável perto dela? Claro que me sentia, cada segundo perto dela era precioso, se eu pudesse passar todos os dias ao lado dela, eu passaria feliz, eu só queria ficar com ela, o tempo todo.

Minha casa. - Fiquei extremamente aliviada por falar alguma coisa, mesmo que não fosse a resposta para a pergunta dela. Ela pareceu não se importar muito que eu tivesse mudado de assunto, o sentimento de tristeza me invadiu, eu sentia que nunca mais tocaríamos no assunto, eu queria conversar com ela, falar o que sentia, contar tudo, mesmo sabendo que não era recíproco, eu pretendia falar com ela sobre isso, para no mínimo ela me falar o que achava.

O caminho até a garagem nós fizemos em silêncio dentro do carro, parei o carro, soltei brevemente um "pronto", apenas para sinalizar que ela já podia descer. Eu desci antes e ela desceu logo atrás. Entremos pela porta lateral.

Bela casa. - Ela analisava bem o lugar enquanto falava.

Obrigada, Doutora. - Me limitei a responder.

Addison, Meredith, pode me chamar de Addison, pelo menos enquanto estivermos fora das dependências do hospital. - Ela me olhava e eu automaticamente a olhei de volta, me permitindo mergulhar no verde dos seus olhos.

Desculpe, Addison. - Desviei o olhar rapidamente, ficando um pouco constrangida.

E por falar em hospital, acho que fiz a srta. se atrasar para o estagio. - Ela pegou um bonequinho de porcelana que tinha sobre a mesinha perto do sofá e ficou olhando para ele.

Tudo bem, acho que minha monitora não irá se importar. - Nós duas riamos e o clima parecia que estava começando a ficar mais leve entre a gente. - O banheiro fica ali. - Apontei para a primeira porta no topo da escada. - Lá tem toalhas limpas e tudo que a senhora precisa para tomar banho.

Não precisa me chamar de senhora também. - Ela falou caminhando até o quarto de hospedes.

Fui até meu quarto e procurei por um tempo alguma que parecesse com algo ela usaria, mas não tinha nada, nossos estilos eram totalmente opostos.

Bati na porta do quarto, ela abriu um pouco já que estava entre aberta, vi ela sentada na cama usando um roupão, com os cabelos molhados e mexendo no celular, imediatamente ela se virou na minha direção, lançando aquele olhar que me petrificava, fiquei imóvel deslumbrada e ainda sem acreditar que ela estava daquele jeito, na minha casa, só nós duas.

É, tenho noticias não muito boas. - Ela colocou a mão que segurava o celular sobre a cama, sem solta-lo.- Todas as estradas estão fechadas, e o trânsito está totalmente parado. - Então era isso? Eu e a Dra. Montgomery sozinhas na minha casa? Sem previsão de quando poderíamos sair? Eu estava me choque.

E o hospital? Não vai ter como ir? - Eu sabia que não, mas esperava um tom de animação na voz dela, eu queria que no fundo ela estivesse pelo menos um pouco feliz por dividir esse momento que não era muito agradável, mas estava comigo comigo.

Infelizmente não. - Ela disse eu não consegui distinguir se tinha alguma emoção naquelas palavras. - Vou avisar no grupo.

Whatsapp on:

Addison: Não irei conseguir chegar no hospital, aconteceu um contra tempo com meu carro e agora estou presa, quem já está no hospital, espere ser seguro para voltar para casa, e quem não foi, não tem problema. Depois vamos repor o dia de hoje.

Cristina: Gente? alguém sabe da Mer? Ela não deu mais notícias e não chegou ao hospital, já faz um tempo que ela falou que estava saindo de casa.

Addison: Ela está aqui comigo, não se preocupe.

*Whatsapp off*

Eu não havia mais pegado no celular desde que respondi Cristina a algumas horas atrás, peguei agora porque Addison mencionou sobre o grupo, acompanhei as mensagens chegando no grupo, sem responder mais ninguém, até que vi a mensagem de Addison "ela está aqui comigo", juro que meu coração bateu tão forte que senti meu peito doer. Depois que ela mandou isso vi só uma mensagem de Cristina agradecendo por avisar, a alguma coisa sem noção que o Alex falou, vi que ela largou o celular e também larguei o meu, afinal, ela era visita, e 100% da minha atenção pertencia a ela.

Não achei nenhuma roupa que aparentemente a senhora iria gostar de vestir. - Ela fez um careta fofa.

Quando vai parar de me chamar de senhora? - Eu sorri disfarçando e pensando se conseguiria tratar ela de outra forma.

Me desculpe... - Apontei para meu quarto e fui atropelando as palavras: Se quiser, pode ficar a vontade e procurar qualquer coisa que seja do agrado da senh... Que seja do seu agrado.

Não precisa, um conjunto de moletom está ótimo, pelo visto vamos passar algum tempo por aqui, e além disso, minhas roupas logo estarão secas.

Continua...

Slow and SteadyOnde histórias criam vida. Descubra agora