A sala dos armamentos estava próxima, Skyler ainda não havia visto o seu avô. A aqueira empurrou as portas duplas redondas, deparando-se com milhares de armamentos, porém, entre eles estavam empendurados os seus, em um canto separado de todos os outros.
Ela segurou a espada em suas mãos, sentindo uma satisfação absurda, o colar havia voltado para seu lugar de onde nunca deveria ter sido arrancado, o brilho da fênix alcançara os seus lindos olhos, ela estava pronta para derrotar a feiticeira dos demônios, e algo lhe dizia que Vikinia não estava longe.
Ela recolheu suas flechas e arco, respirou fundo e deixou o cômodo. A arqueira começou sua busca em passos sorrateiros, preparando sua espada para acertá-la na inimiga quando houvesse a chance, mas quando estava prestes a golpear alguém, logo após sentir uma forte presença pelo local que ela acreditava ser uma espécie de cozinha, o seu avô surgiu das sombras e pôs as mãos na frente,rendendo-se.-Oh,vovô? - ela choramingou, abaixando sua guarda e lhe dando um abraço apertado.
-Minha querida neta, eu achei que havia lhe perdido - ele disse de forma doce, aliviado pelo bem estar da donzela.
-Ainda não acabou,a feiticeira fugiu,sabe me dizer onde ela está? - indagou.
O velho mago parecia pensar, até que lembrou-se do calabouço, onde com certeza ela iria tomar energia e poder dos destroços de alguns prisioneiros.
-O calabouço, ela irá aumentar a magia... - ele murmurou e segurou os seus ombros - ... Mas ouça com atenção ... - Snoph fitou o fundo de suas íris - ... A Vikinia sempre foi ambiciosa Sky, a magia que ela pretende fazer não é párea para ela, a sua mãe era a única que podia fazê-la, porque era uma meia deusa e meia feiticeira, e você minha querida possui as três linhagens - ele despejou seriamente.
-Espere, o senhor está dizendo que além de arqueira e feiticeira, sou uma meio deusa? - ela perguntou perplexa.
-Sim, a fênix lhe mostrará o que fazer na hora certa. Este símbolo não é da sociedade arqueira, é o símbolo dos deuses, o colar era da sua mãe - Snoph conclui.
-Então... - Sky se desvencilha de suas mãos, dando a volta na extensa mesa retangular de madeira, perdida em seus próprios pensamentos - ... Foi por isto que Lavalot não derreteu-se ao tocar nele - ela colheu o pingente em sua mão.
-Sim, minha jovem. Agora vá atrás dela, e deixe que a mesma se desmanche por si só - murmurou convicto.
-Não se preocupe vovô, a morte da mamãe não sairá em pune, cuide das coisas lá fora - ela beijou o alto de sua cabeça e marchou de encontro a feiticeira.
*Vikinia,a rainha da morte*
O cálice estava em suas mãos, preenchidas por restos dos falecidos arqueiros. Entre eles estavam o falecido rei dos Arqueiros de Gelo, Liz, Dixen e o mais impensável, as mechas do cabelo de sua própria filha. Ela riu diabolicamente, espalhando o seu eco pelo lugar silencioso.
-O cálice da morte, a alma dos arqueiros, o mar de sangue, derramado por seus medos , dêem-me a magia suprema, infernos me levem para o paraíso dos deuses, eu lhes concedo as almas da elite arqueira e do meu próprio sangue - ela venerou o cálice.
O feitiço foi feito, e o sangue nasceu do fundo do objeto como se nasce a nascente de um rio, onde os restos dos arqueiros foram cobertos pelo líquido e oferecidos para os derrotados deuses do lado sombrio.
Ela ergueu sua mão ocupada, despejando o mar de sangue que não parava de jorrar do cálice em suas mãos. Seu rosto e corpo foi coberto, deixando a feiticeira em tom vermelho por toda a parte.-Parece que alguém atingiu o poder supremo - Vikinia não se mostrou assustada pela rápida aparição da arqueira.
-Ora,ora, a senhorita finalmente decidiu se juntar a mim? - indagou sarcasticamente.
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Arqueiros: a lenda do renascer (CONCLUÍDA)
General FictionNessa história de ficção,vocês irão conhecer a jornada da sociedade de arqueiros que foi completamente devastada pelo Reino dos Demônios. Porém, eles plantaram a sua semente e, o que eles não contavam era:a vingança estava por vir. Fria como uma ped...