Arqueiros: a lenda do renascer (CONCLUÍDA)

Capítulo 20

-Para onde devemos seguir? - Skyler quebrou o silêncio.

Os três arqueiros caminhavam atentos pelo calabouço. O lugar possuía um odor terrível,parecia que não havia saídas,o local era praticamente igual a todo o tempo,havendo apenas mais e mais celas,que por sinal,estavam completamente vazias.

-Sabe que o rei quer apenas um de nós,não é? - disse Havena,olhando de relance para sua amiga.

-Ele quer todos nós,ou melhor,ele quer acabar com todos! - exclamou - Desta forma,apenas o seu reino existirá - falou por fim.

-Nunca chegaremos a saída? - Lewis indagou,já impaciente.

-Àquela seria a nossa saída - Havena apontou para o portão enferrujado - Mas iriam nos ver assim que pisassemos do outro lado,então... - ela se agachou e retirou algumas pedras do chão,pegando uma chave de cor prateada.

-Como sabia? - ele perguntou curioso,até porque o piso parecia igual,sem nenhuma indicação de que poderia haver uma chave escondida.

-Olhe para esta parte - ela apontou para o chão - Esse local brilha mais que os outros se olhar da esquerda. Foi a Vikinia quem me mostrou isto -

Havena devolveu a pedra que se encaixou perfeitamente com as demais.

-Por aqui - chamou a arqueira,que colocou a chave em uma das trancas e assim que os outros seguiram seus passos,fechou a cela novamente.

-Teremos que descer? - perguntou Skyler quando viu Havena retirar um velho tapete empoeirado que cobria a passagem de madeira.

-Sim,haverá uma escada que leva ao local de armaduras,o que iremos precisar - a última palavra saiu um pouco mais inaudível,pois a mesma estava descendo pela passagem.

Lewis fez sinal de que a arqueira poderia ir na frente.

-Donzelas primeiro - ele fez reverencia e Skyler riu disso.

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Na sala da côrte demoníaca,podia-se ouvir as respirações nervosas e pesadas,a apreensão e até mesmos os pensamentos de que sangue e cabeças reais iriam rolar pelo longo e extenso tapete vermelho.

O rei dos Arqueiros de Gelo se mantia firme em nome de seu pouco exército que restara desde a última batalha entre as serpentes na Montanha Negra.

-Onde. Está. A. Arqueira? - perguntou o lord dos demônios.

-Nunca iremos entregá-la para sua majestade. Seu demônio podre! - vociferou Liz.

Os olhos vermelhos com cor de sangue ascenderam como chamas e brilhou para Liz.

-Segure-a! - ordenou.

Um dos soldados demoníacos,manteve Liz de joelhos e ergueu o seu rosto,deixando exposto o pescoço branco com veias pulsantes. Ele retirou de sua armadura um punhal prateado com dentes afiados e cortantes.

A lâmina deslizou pelo tecido macio de sua carne,logo em seguida a pequena cachoeira de sangue jorrou pelo mesmo,colorindo sua roupa enquanto seu corpo debatia até o último pingo de vida se evaporar.

-Nããããoooooo! - gritou um Dixen furioso,que se desvincilhou das garras do Demônio Menor,arrancou a daga de suas mãos e o apunhalou no peito.

Quando o arqueiro de capa azul avançou contra o causador da morte de Liz,uma pressão foi feita em seu corpo. Suas costas se chocaram com a parede de pedras ofuscas.

O tempo parecia estar tão retardatário,que até mesmo uma pedra lançada de uma catapulta demoraria mais que o comum para chocar a superfície.

-Vejo que estás comemorando um grande banquete sangrento majestade - disse o Deus Lavalot.

-Mate-o para mim! - ordenou o lord demônio.

-Como quiser,alteza - Lavalot sorriu ladino.

As mãos de Lavalot se ergueram no ar, Dixen começou a levitar e se debater,seu corpo possuiu fogo rapidamente e a pele de seu rosto escureceu,desmanchando-se aos poucos, conforme seus gritos também paravam.

-Chega!Parem agora! - pediu o rei dos Arqueiros de Gelo.

As cinzas flutuaram até atingirem o chão. Dixen era somente um pó.

-Saudem o Deus Lavalot... - os Demônios Menores curvaram-se diante do Deus ruivo -... Ele que destruirá o reino de todos os arqueiros e... - o rei Demônio cessou as palavras de repente.

Seus olhos dirigiram-se até seu coração,onde agora uma flecha lhe acertara no ponto fraco. O sangue negro deslizou pelo seu corpo que se contorcia enquanto tombava para atingir o chão frio,mas antes,foi possível ver os olhos traidores de sua sacerdotisa que segurava um arco e flecha em suas mãos enquanto estava posicionada na porta de entrada da sala Real.

Todos pareciam exasperados com o acontecimento,inclusive o rei Chade.

Lavalot passou por cima do corpo falecido e sentou-se no trono. O exército voltou a curvar-se diante de sua figura e Vikinia se posicionou ao lado do novo Rei.

-Matem todos! - foi sua primeira ordem - Só quero apenas a Arqueira Mística,ela tem algo que me pertence.