Já ouviram a expressão, "se correr o bicho pega, se pegar, o bicho come", no final, eles não dizem, mas você acaba morto de todo o jeito.
Eu recebo a morte como uma amiga, particularmente não tenho medo dela, mas morrer sem viver... É um sacrifício que não estou disposto a fazer.
Meus olhos doem, minha cabeça pesa e não consigo raciocinar por espontânea vontade, minha expressão no momento dizia muito o quanto angustiado eu estava. Quase quebrei meu quarto inteiro atrás de pingo, mas ele não estava lá.
E com o coração na mão, antes de possivelmente pensar o pior, rodei a casa toda, querendo algum rastro, um miado sequer, um sinal, de que o bichano poderia estar por ali. Pingo é famoso por se esconder, muito bem por sinal, mas tudo indicava que a possível assombração que vi na janela teria levado meu amado companheiro.
Eu tremia, me segurava a não chorar, ainda não era hora para isso, sempre tive a certeza de que pingo voltaria depois de se esconder ou procurar alguma coisa, mas agora, eu sentia que era diferente, e não queria acreditar. Pois aí seria verdade, eu estaria sozinho.
Meus pés poderiam quebrar os degraus com a força que eu usava para descer, meus olhos caiu na porta aberta que eu havia deixando com meu desespero, uma silhueta humana, alta e de cabelos cinzas o sol batia em suas costas deixando a sombra na frente de seu corpo na porta.
— Taehyung.— fui depressa a seu encontro, seu sorriso era sádico, mas eu não havia notado isso, e corri para o abraçar, não queria mostrar minha fragilidade, mas era quase impossível.
— O que houve Jimin?— sua voz era mansa, carregava serenidade, seus braços tocavam minha cintura levemente, me desencostei de seu corpo frio, e olhei em seus olhos, franzi o cenho e perguntei.
— Onde você estava?— Ele foi meu principal suspeito.
— Ah, eu tive que sair por alguns dias com a minha avó, pra cidade, sabe como é?— Ele Perguntou, e mesmo assim, minha cara de desconfiança não me largava.
— Não. Não sei como é— tirei suas mãos de mim.
— Ei o que foi? Aconteceu alguma coisa? Você parece assustado— eu não liguei, sai da casa olhando para os lados mortos do local, procurando uma pequena bola com quatro patas e um miado baixo.
— Meu gato sumiu.— Eu precisava ser forte, além de tudo eu precisava confiar em Taehyung para me ajudar.
— Ele sumiu? Mas ele não fica andando por aí?— se aproximou, não entendendo meu desespero.
— Não, ele não é de fazer isso por muito tempo, e eu vi-
— Viu o que?— perguntou, se eu falasse talvez ele acreditaria em mim, ou me chamaria de louco. Suspirei parando de olhar por tudo e o fitando.
— Nada.— Necessariamente eu não precisaria contar tudo a ele— eu preciso encontrar pingo.
— Sei que o achará— tentou me tranquilizar fazendo um breve carinho no meu ombro, estava aflito demais para corresponder alguma coisa, por isso não me importei.
— Você vai me ajudar, ou vai sair como antes na deixando na mão?— Falei impaciente, andando ao redor da casa com Taehyung ao meu alcance.
— Sinto muito por aquele dia aliás, não queria ir tão rápido, é que eu gosto de fazer as coisas com lentidão.— deu um riso nasal.
— Ou seja, um gay emocionado.— revirei os olhos, andando sem descanso, até parar um pouco próximo ao porão, freei meus pés, ficando estático.
As portas estavam escancaradas.
— Isso fica aberto?— Taehyung perguntou estranhando assim como eu, mas infelizmente eu tinha a resposta.
— Não.— piscava lentamente, um frio na barriga me alastrou.
— Como sabe?— seu olhar se direcionou para mim e engoli seco.
— Porque eu estou com a chave. — adentrei meu bolso com minha mão, e mostrei para o acizentado, ficamos nos encarando até voltar a olhar o sótão.
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Pompeii
FanfictionPark Jimin tem sua vida de cabeça para baixo, após se mudar para uma casa antiga, onde muitos mistérios ficaram por debaixo do tapete. Jimin se arrependeria, se não tivesse gostado tanto do pesadelo. *╔═══❖•ೋ° °ೋ•❖═══╗* Começo: 2 de abril de 2021 T...