Você escolhe qual é o pior, viver para morrer, ou morrer sem viver.
Eu tinha um ponto. Mas preferia a vírgula, teoricamente falando, coisas sem explicações começaram a acontecer, Pingo pegou o costume de sair a noite do meu quarto, indo passear pela escuridão da casa, as vezes eu o seguia, mas ele parecia fingir que não fazia nada demais, por isso foi em vão.
Era terça, e estranhamente Taehyung ainda não tinha passado entre meus olhos, talvez ele não tivesse gostado do que aconteceu entre nós, do que estou falando? Olha pra mim, é impossível alguém não gostar do que eu faço.
Brincadeiras as parte, eu comecei a me preocupar, era como se um castelo estivesse desmoronando na minha cabeça, e eu não conseguia sair, estava preso. Naturalmente eu não ligaria, mas as vezes eu sinto algo errado, perspicaz não é?
Você tem fé por Deus, mas gostaria de saber a verdade pelo Diabo.
Não me leve a mal, sou fã de Cristo, acho ele sensacional, mas não vou 100% bela bíblia, afinal ela foi escrita por um homem e possivelmente houve algumas... Modificações banais, nada comprovado.
Voltando ao assunto do dia, acabo de voltar da escola, meus pés doem e minhas costas pedem por ajuda, isso não significa que não ficaria de quatro agora para Taehyung. Talvez eu estivesse romantizando demais tudo isso, levanto a problemas futuros, mas e daí? Né? É só dor, passageira e até lenta, mas é isso.
O ônibus me deixou na metade do caminho, tive que andar pela estrada de terra amaldiçoando até os pássaros que voavam pela minha cabeça, nesse meio minuto tive tempo para pensar, recapitulando, JJ era o antigo dono, e com suas próprias palavras ele disse que não se suicidou apenas enlouqueceu, Hoseok desapareceu na casa e Namjoon morreu em batalha, a mãe de Taehyung também se foi, basicamente todos tem uma morte familiar.
Mas havia alguém, e esse alguém era espero o bastante, e sabia demais, e esse alguém era a vó de Taehyung, a velha escondida alguma coisa, eu conseguia sentir nós meus ossos tal coisa, eu precisava falar com ela.
Suspirava bastante não prestando atenção em nada a não ser em meus pés em movimento, levantei a cabeça olhando a casa em minha frente e meu olhar parou em uma janela, especificamente a minha. Tinha uma pessoa ali, seu rosto não aparecia pelo sol bater baixo e eu estava distante demais para ver direito, meu coração gelou quando o que eu vi em meus braços fazendo um carinho ardiloso e lento era o meu gato.
— Pingo.— falei baixo, o suor caia em minha testa e com adrenalina que subiu em min depois de ver que o tal sujeito deu passos para trás até sair de minha vista, corri, não importava se meus pés queimavam, o bichano era como um filho para mim.
A porta estava aberta, olhei por todos os lados pensando que meus pais estavam em casa, mas não, engoli seco subindo as escadas, minha mão tremia, a mochila nas minhas costas foi largada em algum degrau, facilitando minha locomoção, e quando finalmente cheguei no andar de cima, olhei que tinha um pedaço de metal no canto da parede para alguma ignição, respirei e peguei aquilo, eu mataria quem quer que fosse, ou correria com meu gato até o quinto dia infernos, talvez lá eu estivesse seguro.
Já estava achando que era verdade, a casa era amaldiçoada, e ficar procurando saber mais sobre tudo só alimentou isso, e se um membro de cada família morria, eu possívelmente seria o próximo, se não parasse de bisbilhotar no que não era da minha conta, era quase impossível.
Meu pulmão podia explodir a qualquer momento de tanto que eu respirava rápido, andei até em frente da minha porta, que estava entreaberta. Empurrei com uma mão ouvindo o rangido infernal, enquanto a outra segurava o metal com força pronta para enfiar no orifício anal de alguém.
Mas assim que abri, não havia ninguém, e muito pior, não havia pingo ali.
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Pompeii
FanfictionPark Jimin tem sua vida de cabeça para baixo, após se mudar para uma casa antiga, onde muitos mistérios ficaram por debaixo do tapete. Jimin se arrependeria, se não tivesse gostado tanto do pesadelo. *╔═══❖•ೋ° °ೋ•❖═══╗* Começo: 2 de abril de 2021 T...