Decidimos entre o bem e o mal, mas e se aos olhos fechados o bem...sempre foi o mal.
Não fui a escola, não me sentia bem para levantar da cama, era meu último ano e não estava afim de ouvir a professora falando sobre coisas que eu já sabia, então teoricamente, não perderia nada, mas ganharia uma bela advertência. Chovia bastante e já havia perdido o horário do almoço, então só fiquei em posição fetal por longas horas ouvindo o barulho que não cessava da água caindo no telhado e minha boca seca.
Pingo tentava me decifrar, saber qual era a razão do meu problema, e de minha palidez cutânea. Sentado perto do meu rosto, miando baixo como se conversasse comigo. Um turbilhão de pensamento rodavam a minha cabeça, sabia que tudo pioraria ao me mudar, mas não sabia que era tanto assim.
Suspirei esticando meu corpo com meu braço curtindo meus olhos cansados, até sentir a pequena pata fofa do bichano, que me tirou da minha situação depressiva, ele me encantou com os olhos, mas nada fez. Porém sua pose se tornou ameaçadora quando ouviu um pequeno ruído logo próximo ao meu guarda-roupa, suas costas se esticaram para cima e mostrou suas presas, mirei para onde ouvi o som, e mais uma vez o ruído se apresentou.
Era um rato.
Arregalei os olhos, instantâneamente eu lembrei o que Jin disse a mim.
" Se ouvir os ratos, durma. Se não consegui dormir.... Fuja"
Com agilidade peguei meu lençol, e antes de que pingo descesse para ir atrás dele, o peguei. Se escondendo debaixo do pano, tive que usar um pouco de força para segurar o bichano, que queria sair, não dei ouvidos, o tranquei junto comigo ali, tentaria dormir mesmo não tendo um mísero sinal de sono, fechei meus olhos fortemente, repetindo sempre a mesma coisa.
—Dorme, dorme, dorme.— era perceptível meu medo, a sensação de algo acontecer ficou gigantesca, mas eu caí na real, achando tudo isso patético, como eu pude acreditar nas palavras de alguém que não batia bem da cabeça?— Que droga Jimin, é apenas um rato.
Suspirei arrancando o lençol do corpo com tudo, quase caiu no chão se não tivesse se formado no ar como se um corpo humano tivesse por baixo, em pé, do lado da minha cama. Meu susto foi tanto que cai da mesma, com a respiração descompensada, minha vontade foi de gritar, mas quando vi, o lençol se desmoronou no chão, e como se não fosse o bastante, desmaiei.
— Jimin— minha voz era chamada ao longe— Jimin acorde!— pisquei vagamente voltando a realidade em poucos minutos, Taehyung me olhava de cima, e minha cabeça estava em seus joelhos ainda no chão— Graças a Deus, você tá vivo.
— o que?— tentava me adaptar a luz do meu quarto— oque aconteceu?
— Eu cheguei agora pouco da escola, e quis saber se você estava bem— Seu tom era ardiloso— mas você não respondeu, então entrei e vi você no chão.
Levantei sentindo minha cabeça pesar, sacudi meus cabelos ficando sentado reparando em tudo. Lembrei do que havia acontecido e procurei pingo, o encontrando nas mãos do acizentado, querendo carinho, estranhei mas relevando.
— Ah— Sentia uma dor de cabeça chata— Acho que estou louco.
— Porque diz isso?— Taehyung perguntou, se levantando junto a mim.
— Não sei explicar, mas se explicasse, você também acharia que sou. — me sentei agora na ponta da cama
— Todos nessa casa são loucos Jimin, vivemos no país das maravilhas.— brincou sorrindo
— Não tem nada de maravilhoso aqui.— o deu um olhar mortal.
— Claro que tem. Você só ainda não procurou.— deu de ombros, estava exausto para responder alguma coisa, esgotado demais, como se minhas energias tivessem se acabando.— Bom, agora que você está melhor, tenho que ir.
Andou até a porta, e porra, eu não queria ficar só.
— Aonde vai?— o parei.
— Ué, pra casa.
— Deixa eu ir com você.— Ele parecia pensativo.
— Não dá, minha vó não gosta de intrusos, desculpe.— melancólico apenas confirmei com a cabeça, entendendo. Deixei que fosse, por mais que não quisesse.
Fiquei só, e foi até um pecado dizer isso, pois pingo estava lá, mas veja bem, ele não me protegeria de nada, meu peito ficou pesado e o ar denso, por isso saí dali. Indo para fora da casa, me sentindo aliviado, melhor.
Pensei ir na casa de Jin, mas quando fui a sua porta tinha um aviso.
"Estou se saída, qualquer encomenda deixe com os Park's".
Então é isso, ele tinha saído, não sou de cuidar da vida dos outros, mas me mantive curioso por sua saída. Subi os degraus quase entrando na casa novamente quando ouvi:
— Jimin— meu nome foi dito arrastado, baixo e quase inaudível, me virei a procurar o dono da voz, mas não havia ninguém ali— Jimin...— de novo e eu descobri de onde vinha.
Era estranho a sensação de querer adentrar a floresta, ainda mais naquele tempo de névoa e raivosos trovões, parecia que Deus estava em guerra. Mas ao ouvir alguém me chamar, como se fosse um pedido de socorro, meus dedos gelaram, e inebriante andei até lá, sumindo nas grandes árvores, ainda conseguia ouvir meu nome ficando cada vez mais próximo, aparentemente já estava no meio da floresta, mas tinha muito caminho para frente.
Continuei, não comandava meus pés eles simplesmente iam, com o desejo de saber, a meu ver...era uma inclusão que eu deveria entender, descobrir. Foi o meu pior erro.
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Primeira vez que apareço por aqui. ✨
O cap n tá muito bom, mas prometo melhorar🦋❤️
Ficaram cientes que o book é sem aviso nenhum, nenhum mesmo. Então esperem qualquer coisa.
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Pompeii
FanfictionPark Jimin tem sua vida de cabeça para baixo, após se mudar para uma casa antiga, onde muitos mistérios ficaram por debaixo do tapete. Jimin se arrependeria, se não tivesse gostado tanto do pesadelo. *╔═══❖•ೋ° °ೋ•❖═══╗* Começo: 2 de abril de 2021 T...