nightmare

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Atenção: o conteúdo a seguir pode conter gatilhos.

A vida de algumas pessoas é tão ruim que elas até gostariam que estivessem mortas, assim se livrariam desse tormento.

Sinceramente, acordei ótimo. O sorriso não saia de minha boca, e meus pés balançavam freneticamente, acordei com ansiedade, nervoso e excitado.

Por Deus, o que foi que aconteceu ontem, claramente era um sonho pois foi tão bom que tive que imaginar como um loop infernal na minha mente, as mão de Jungkook me levavam a loucura! Percorrendo pelo meu corpo como serpentes, era demais.

Estranhamente minha barriga roncou, alegando que eu estava com fome, estava disposto então me levantei ainda cedo, tomei um banho cantarolando uma música sentindo a água filtrar entre meus poros, esquecendo que havia Shampoo no meu cabelo até foi para nós meus olhos, gritei de dor.

— Puta que partiu de quatro!— grunhido me apresso a limpar meu rosto tirando o sabão, boa parte da água entrou em minha boca e eu cuspi enjoado, estava tudo bem até isso.

Era sábado, mesmo assim desci as escadas já vestido com uma calça moletom cinza e sem camisa já que estava só em casa, porém o frio lá fora me fez repensar a ideia de eu me vestir por completo agora, mas antes fui tomar café.

Meus pais saíram em uma coletiva juntos, suspirei, como filho me sentia sozinho e largado, mas ao mesmo tempo eu tenho Jungkook, e eu estava tão absorvido por ele que nem sabia o que eu estava fazendo, sorri com meus pensamentos passando manteiga na torrada, a coloquei na pequena máquina para esquentar esperando ficar pronto.

— Isso— falei enquanto a tirava da torradeira e colocando no prato.

— Jimin..

Alguém me chamava, me virei olhando para tudo não encontrando ninguém, franzi o cenho me aproximando da entrada da cozinha.

— Oi?— chamei quem quer que fosse, sem resposta, me vi bufante, decretando ser só coisa da minha cabeça, porém quando fui voltar para pegar meu café ouvi novamente.

— Eu vi...— dizia arrastado e áspero, uma briza gelada passou por mim e eu senti todos os pelos do meu corpo ficarem  eriçados, me abracei por estar ainda sem camisa.

— Tem alguém aí?— decidi procurar o dono da voz, indo até a sala, investigando tudo— Mãe é você?— talvez fosse a mais velha, falando no telefone após chegar do trabalho, mas não sei como me lembro dela falando que chegaria tarde, pois isso me preocupei.

Cheguei no meio da sala, ouvindo um zumbido fino e baixo vindo de uma das paredes, me aproximei prestando mais atenção, o som ficava mais rápido e encostei meu ouvido na parede ouvindo uma pessoa dizer como um cochicho.

— Eu vi um Jikininki, Jikininki, Jikininki— falava repetidamente, era quase difícil acompanhar.

— Olá?— perguntei agora na altura dela, pois era uma voz feminina, de repente foi como se essa mulher gritasse grosso e eu me afastei rápido respirando descontrolado.

— Isso é loucura Jungkook!— me espantei com outra voz atrás de mim, e vi um homem desconhecido a minha frente, não tão alto cabelos meio vermelhos sua expressão era um pouco irritada e severa, parecia brigar com o moreno, mas eu não o via, foi quando sua voz grossa se fez presente ao meu lado. O vi sério, e rígido mas parecia alterado e até feliz.

— Não estou louco Hoseok, falo a verdade, é lindo lá e eu sei que você vai gostar— Jungkook afirmava e eu só conseguia ver o quanto ele era perfeito até de lado, porém algo estava estranho.

— Eu não vou colaborar com isso, não fale disso mais para mim, já chega— O tal Hoseok deu um basta na conversa se virando prontamente para ir embora, a faceta que antes era calma de Jungkook se transformou em uma monstruosa e mais seria, abaixou a cabeça antes de sorrir novamente, caminhou em passos largos antes de pegar um martelo que havia do lado da porta, olhei aquilo sem entender nada na verdade, mas o segui.

— Hoseok tente confiar em mim, é isso que ele quer!— ele se referia a outra pessoa, que eu não fazia ideia de quem era, Jungkook escondeu o martelo entre as pernas de trás enquanto falava com Hoseok que negou.

— Eu não vou me matar Jungkook — o olhei franzido, aquele papo era estranho, mas o que veio depois, me assombrou

— Tudo bem— Jungkook parecia se der por vencido, olhando Hoseok se virar apenas disse— Então farei isso por você.— e se mais nem menos, o maior lançou o martelo pesado na cabeça do de cabelos de fogo, fiquei pasmo no lugar, minha boca ficou entreaberta e de alguma forma o sangue de Hoseok vôo até meu rosto o respingando, Jungkook não parou, lançou dez vezes no mesmo lugar mesmo tendo Hoseok já como morto no chão, seu sangue vermelho atrativo manchava o tapete.

Estava com falta de ar, não sabia que Jungkook seria capaz de fazer isso, mas não conseguia sair de perto, não conseguia me mover, estaca em piloto automático olhando ele largar o martelo no chão suspirando cansado, limpou com a costura do braço sua testa suada e sorriu minimamente feliz.

— Jungkook.— tentei chamar ele mas sem resposta, apenas prosseguiu começando a puxar o corpo morto de Hoseok pelos tornozelos até para o andar de cima, o som era emitido pelos degraus e o rastro de sangue era vívido. Pensei em seguir mas não demorou para que ele descesse novamente, parando no final da escada, fiquei desconfortável pois seu olhar era direto para mim, e um vento forte ultrapassou a sala indo até nós dois rodeando o lugar o de estávamos dizendo palavras nada reconfortantes.

"Eu vi um Jikininki, andando sem parar, comprando um gato falador que o rato foi caçar, todos eles juntos vão morar"

"Jungkook..."

"Eu vi um Jikininki"

"Pelo seu caminho torto  pegou sua faca torta  para seus próximos tortos matar"

Os olhos de Jungkook ficaram pretos totalmente, era possível ver um certo brilho, mas só havia escuridão e o vazio, seu sorriso ficou mais amplo e ele deu sua palavra a mim.

— Jimin— arregalei meus olhos com o coração desenfreado— Nem Deus irá lhe salvar.

E depois de ver Jungkook gritar horroroso  tendo sua boca com o dobro do tamanho e correr em minha direção eu acordei, respirando pesado, tentando regular minha ânsia, a porta do meu quarto era batida desenfreada pelo meu pai

— Jimin levanta, vai perder o ônibus!— Eu o ouvia, porém ainda estava bastante assutado para responder alguma coisa, o ouço descer as escadas e me jogo novamente na cama suspirando e lubrificando meus lábios recados, sinto pingo subir em tórax olhando minha situação.

— Estou ficando louco.

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