Do you know who this Jungkook is?

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lets go bicha compra pão! ✨

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Talvez Deus não seja onipresente. Talvez realmente existam lugares onde ele não esteja presente e tampouco vigie. E são nessas brechas que a mais profunda escuridão se coloca em atividade.

Vagamente me vejo pensando se isso foi o destino, se foi preciso, necessário eu me durar, acredito que tudo vem a mim por uma razão, e isso é chato pra caralho.

"Jimin...Jimin..."

"Jimin... Nós ajude, ajude!

"Se não conseguir..corra, se não conseguir..."

"Jimin....JIMIN!"

Dou um sobressalto na cama angustiado, meu corpo inteiro estaca em brazas, quente como o lar de lúcifer, suava bastante pelo rosto deslizando pelo meu pescoço, respirava pesadamente ainda raciocinando o terrível pesadelo que havia tido.

Descreveria se não tivesse esquecido assim que abri meus olhos, só me lembro da sensação horrível, e pavorosa como se pessoas me chamassem, milhares delas. Rondavam a minha cabeça em ordem circular, me fazendo ficar tonto.

Engoli o acúmulo de saliva em minha boca e venho pingo miar para mim do lado da cama.

— Está tudo bem— o confortei, mas no final nem eu sabia se estava.

Depois de ontem pensei bastante sobre o que iria fazer, e sobre as palavras ditas pela vó de Taehyung

— Você sabe quem é esse Jungkook?— O acizentado me fitava, porém tudo que eu entendia era plena barbela, meu mundo se transformou em preto e branco, e meu único pensamento positivo era que Jungkook me esperava.

Mas isso me fez ficar em alerta com a avó do maior, naturalmente ela sabia demais, via demais, viviam demais. Talvez eu não devesse contar a Taehyung, não queria passar a sensação de que sua vó era louca, teoricamente todos daqui são assim.

Taehyung parecia ser alguém "normal" estranhamente familiar, era o que mais não sabia de nada do que acontecia ao seu redor, e como eu queria que fosse assim comigo, agora eu vejo fantasmas, gatos falantes,  portais mágicos e sabe mais lá o que.

— Não, não sei quem é.— Minha cara entregava que eu possívelmente estava mentindo, mas o acizentado pareceu releva.

— Bom, então ela confundiu ou deve ser a idade— Deu de ombros— Eu tenho que ir, se não seu pai sobe.— confirmei, antes de sua partida Taehyung veio até mim, me dando um breve beijo na bochecha no tanto da boca, pude sentir seus lábios macios mesmo que por poucos segundos, depois se dirigiu a porta e foi embora— Obrigado por me receber senhor Park, já estou indo!

Sorri, pois era sobre isso que significava ser um adolescente prodígio, esconder coisas dos pais deixava sua vida mais emocionante, o frio na barriga por saber que era proibido e errado transformava tudo melhor, e a coisa que você mais quer é de novo, de novo e de novo, em um loop infinito.

Mas eu não sei porque, não sinto as mesmas borboletas que antes por Taehyung, não sinto o frio, nem a sensação de querer mais daquilo, depois que vi Jungkook.. tudo mudou, inclusive minha sanidade.

— Eu disse que era sete, não cinco!— rolo meus olhos com tédio descomunal, meu pai ainda se irritava com seu trabalho e eu com sua voz, voltei a dormir mas não antes de fechar a porta.

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Já era noite, nuvens pairava sobre o céu, os raios não caiam, eram contidos por elas.

Enquanto permaneceria debaixo do chuveiro, me permitir pensar que talvez voltar para o outro plano, não seja tão ruim assim, eu poderia fugir da minha realidade por horas se eu quisesse, e era o que eu queria de fato.

Então, quando eu desliguei o registro e  me sequei indo para o meu quarto, vesti uma roupa adequada. Mas não tão desconfiante para que os meus pais não perguntassem nada imprudente ou que me levem a responder eles de uma forma que eu não queria. Rebobinando a minha idéia, só poderia me arriscar a sair quando todos dormissem, mas para o meu plano dar certo e descobrir que não estava louco, precisaria da chave, e é onde estou indo agora.

Descia as escadas, meus pais se encontravam na cozinha nós computadores, arrastei meus pés para fora de casa, fechando a porta com clemência. Fui a casa de Jin

— Jin?— bati meio apressado e sem paciência pois o homem não abria a porra da porta— Jin?— Falei um pouco alto, e depois de duas partidas finais, a porta de abriu ficando encostada, não havia ninguém do outro lado, ela abriu sozinha e para melhorar, a casa estava no breu.

Engoli seco, a empurrando lentamente procurava por algum sinal da existência do mais velho, porém não via nada, rapidamente peguei meu celular e liguei minha lanterna.

E tudo que eu vi, foi absolutamente nada, não tinha mais móveis, mesa, cadeiras, incenso ou aquele tapete horrível na parede, havia apenas a poeira e o vazio da escuridão, fui mas para dentro, mesmo assim não encontrei nada ali, franzi o cenho sentindo minha cabeça pesar, fui até seu quarto e nada por lá havia também, tudo sumiu.

— Tá de brincadeira?— fiquei frustado, como se uma parte importante houvesse sumido, lembranças do que ele me disse me apareceram

"Jimin, coisas aqui acontecem sem explicação, sem contexto, fiz isso tantas vezes que quase me surpreende ter dito isso a você."

Com certeza as coisas aqui acontecem sem explicação, então minha pergunta era:

— Pra onde você foi Jin Hyung?

Me virei apontando a lanterna para a porta,  e instantâneamente um brilho se fez perante o reflexo da luz, notei que era onde o maior pendurava suas coisas pequenas, espremi as sobrancelhas me aproximando e percebi que de tudo que se foi, uma única coisa ainda estava por ali.

Era sem descrição, sozinha com seu aspecto vermelho e com a ilustração de um osso, me chamou atenção, meus olhos brilharam e antes de tocar senti que minha pupila transformou por inteiro em preto, mesmo assim conseguia olhar tudo com clareza.

"Jimin..."

De forma arrastada me chamava excitante, me mantendo em paralisia incomum, toquei e recebi uma carga elétrica e anormal, reconheci que se era o meu destino, deveria o seguir.

— A chave.



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