Pompeii

hello

A presença 👉🏻

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As almas mais escuras não são aquelas que escolhem existir no inferno do abismo, mais sim aquelas que escolhem se libertar do abismo e circular silenciosamente entre nós.

Se eu não acreditasse que podesse ter algo além da morte, acho que teria que aceitar o fato, de que terei que ficar em um caixão, sozinho, debaixo da terra, por toda a eternidade. Sem consciência ou controle do que acontece, mas seria interessante ser um fantasma, isso eu admito.

Papo de psicopata, eu sei.

A porta rangeu, e como eu odeio esse som, vontade de tacar óleo em tudo quanto é porta. Aparentemente estava tudo normal, a não ser por algumas coisas que mudaram dentro da casa, o chão antes de madeira, se tornou de piso azulado, assim como as escadas esmeraldas, brilhava como a bebê refletida pelo sol, um tapete comprido ligava a cozinha até a sala já que ficavam uma na frente da outra sendo separadas apenas pela escada, e antes de entrar completamente senti a macieira da puma nos meus pés, no tapete pequeno de entrada estava escrito:

"bem-vindo, Jimin." Estranhei, e adentrei a casa, internamente estava rindo de nervoso, claramente estou em um universo alternativo, ou sonhando. Sim! Eu estou, logo mais eu acordo na minha cama sem graça com o clima agradável da chuva diária, é por isso que pingo fala, e por isso que tudo está completamente diferente. Minha mente pregava uma peça em mim.

Comecei a andar sem medo, parei na cozinha, luxuosa com uma luminária enorme ao centro, a luz era forte quase me deixou cego, a mesa era outra um pouco maior, e suas cadeiras pareciam poltronas confortáveis, os armários são vermelhos e as paredes em azulejos verde esmeralda, algumas borboletas voavam pelo teto, todas azuis e totalmente lindas, sorri sozinho atraído demais, porém  sem razão nenhuma comecei a forçar minha garganta tocindo bastante, em um ato grosso, tampando minha boca com a mão, meus olhos se encheram de lágrimas, tinha dificuldade para respirar normalmente,  tirei minha palma a olhando.

Resíduos de sangue, em um vermelho escuro.

Franzi o cenho, me sentindo um pouco tonto, com o sabor do meu próprio sangue na boca, corri para a pia, limpando minha mão, enchendo minha boca com água, cuspindo o resto que ficou nela. Joguei um pouco  em meu rosto, e me recompus, me sentia fraco, mas não muito, passou uma briza fria diante de mim, me deixando arrepiado automaticamente, me afastando da bancada, passei a costa do braço pela boca, me virando e me assustando em seguida, havia alguém desconhecido na entrada da cozinha, me olhando profundamente.

Nunca o vi, e seu sorriso fora assustadoramente atrativo e até ameaçador, seus olhos pareciam se transformar de uma imensidão totalmente preta para um castanho escuro e brilhante, ele era alto, e seus cabelos negros como a de corvos, suas mãos estavam atrás de seu corpo cruzadas, vestia roupas tranquilas e antigas, mas que dava perfeitamente bem para o seu corpo malhado e porte forte, era capaz de ver os músculos se contraindo na camisa preta.

— Olá, Jimin.