Capítulo Um

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Abro os olhos e sinto uma dor de cabeça infernal, parece que estou dormindo há dias, mas só estava meio tonta pois havia acabado de acordar.

Essa sensação de que estou em um lugar totalmente diferente de onde eu moro não sai da minha mente. Me senti como se estivesse fora do meu 'habitat natural'. Não estou reclamando, porque realmente me parecia um local confortável de se ficar.

[ Nome] havia se mudado para outro orfanato há pouco tempo, visto que era uma das únicas restantes 'crianças' que ficara sozinha na instituição passada.
Se perguntava quem foi que a levou embora, não tinha sentido na mente dela como alguém iria querê-lá.

A jovem ainda estava na cama se questionando sobre todos esses acontecidos, até que alguém bate na porta:

- Com licença, posso entrar? - Um velhinho de terno falou girando a maçaneta.

- Sim.

- Bom dia, [Nome], vejo que já está acordada.

- Ah, sim estou. Me desculpe perguntar, mas o que eu faço aqui? Eu não o conheço de nenhum lugar.

- Vim aqui mesmo para lhe falar. A Srta se transferiu de orfanato há dois dias pela questão de idade máxima.

- C-como? -Você pergunta com inseguridade.

- A idade máxima para o seu antigo orfanato não era permitido depois dos 16. - Disse o velho.

- Não é possível! Fiquei mas 1 ano e não me falaram absolutamente nada. - Você disse indignada.

- O recado está dado, se me der licença irei resolver outras coisas. E antes que eu me esqueça, meu nome é Watari. - Disse se retirando do quarto.

- Ah, ok, meu nome é [ Nome], prazer em conhecê-lo e obrigada!

Você resolveu dar uma olhada em volta, era um quarto de um tamanho razoável, bem melhor do que outro que você ficava. Se levantou e viu que tropeçou em algo, era sua bolsa, com alguns livros que tinha ganhado de doações de pessoas que iam visitar a outra instituição. Você apreciava os livros, adorava ler todos os gêneros não importa do que se tratam, todos são essenciais e importantes e com assuntos magníficos. Mas o seus gêneros favoritos são romances e mistério, eles lhe chamavam a atenção de qualquer maneira.

Mas compreendia que isto era somente ficção e era algo muito difícil de se conquistar.

Você estava cansada para sair da cama, era tão boa que não queria sair de lá, mas a curiosidade falava mas alto, queria saber como era esse novo orfanato que morava, ficava se perguntando se iria fazer alguma amizade, mas prevê que só encontraria crianças lá, não que fosse ruim, só estava pensando no que ia falar com alguma, que provavelmente é mais inteligente que você. Já tinha ouvido falar sobre aqui, era um lar de crianças super dotadas ou consideradas "gênias", por isso e perguntava o que faria lá, só lia livros e tinha um bom vocabulário e gostava de pesquisar, nada impressionante.

Andando, você se depara com as crianças do local, elas tinham os olhos em você e enquanto isso cochichavam bem baixinho, entendia o porque disso, você era uma das mais velhas de lá, não conhecera alguém próximo a sua idade. Apesar de ter muito interesse em fazer alguma amizade, também não se importava muito, sempre foi sozinha e sua companhia eram os livros de alguma forma ou não.

Pensou se poderia ir até Watari, era a unica pessoa que conversou desde que chegou e provavelmente seria a única. Mas por outro lado ia ser meio estranho conversar com alguém que nem conhece direito, então desistiu.

Você acabou indo de qualquer jeito, o tédio falava mas alto, mas havia bolado uma desculpa para ir até ele. Caminhou há vários lugares, e nunca achava o destino, esse casa era enorme, várias portas, salas, quartos, ficou totalmente perdida, mas finalmente conseguiu achar a sala onde queria.

- Com licença, posso entrar? - Você disse com receio.

- Quem se encontra? - Disse com uma voz firme

- [Nome]. - Você diz com uma voz mais fina que o normal.

- Há sim, pode entrar. - Diz em um tom amigável. Você entra de fininho e logo após fecha a porta novamente.

- Eu queria saber onde fica a biblioteca, por favor?

- Uh, você realmente parece que gosta de ler, bom saber que tem estes interesses.

- Ah, claro, leio desde pequena que se tornou parte da minha rotina! - Você diz com um sorriso de canto. Como eu não tinha amizade com as crianças de onde morava, ia me esconder na biblioteca, passava um bom tempo apreciando uma boa leitura.

- Interessante, [ Nome ]. Se a srta quiser, posso lhe recomendar alguns.

- Sim, eu quero! - Você diz animada, você realmente estava animada com a situação.

Se passaram longos minutos, Watari e você ainda conversavam sobre os livros e chegaram em outros assuntos, como invenções. Ele lhe disse que gostava criar, tinha várias invenções, você ficou impressionada com cada coisa que ele te falava. O seu rosto demonstrava como estava deslumbrada.

- Sr. Watari, estou encantada com suas obras feitas, muito difícil acreditar que um ser humano é capaz de criar coisas tão exuberantes.

- A Srta. é muito agradável, fico grato pelos elogios! - O Sr. fala de forma gentil.

Depois disso, você sai e vai para a biblioteca, encontra livros do seu interesse. É cada um mais intrigante que o outro, ficou até perdida pelos pensamentos. Um tempo após pegar alguns, voltou para a sala de Watari, se sentiu a vontade perto dele e ficou por lá mesmo.

O silêncio pairou no ar, você apreciava a calmaria, o som dos pássaros, do vento batendo na janela, era realmente adorável.

Já estava quase anoitecendo, você se encontrava dormindo em uma poltrona com livros jogados na cara, mas acordou quando alguém bate na porta suavemente. Você se afunda na poltrona novamente fingindo estar dormindo, não queria conversar com ninguém no momento, estava com medo de falar algo errado ou gaguejar. Passou pela porta um garoto com a coluna totalmente desajeitada, com uma camiseta de mangas compridas e brancas e calças jeans. Você não conseguiu ver muito bem o seu rosto por mais que queria muito, continuou com o disfarce de bela adormecida.

Ele falou algo para o Watari e saiu acompanhado por ele. Ele nem sequer percebeu que havia uma pessoa no mesmo local, na verdade nem parecia que ele estava lá, seus passos eram totalmente despercebidos. Não consegui comer nada então voltei para o meu quarto, resolveria se perguntaria ou não para o Sr. Watari quem era aquele garoto.







𝖆𝖋𝖋𝖊𝖈𝖙𝖎𝖔𝖓 𝖋𝖔𝖗 𝖞𝖔𝖚-{L.Lawliet}Onde histórias criam vida. Descubra agora