Capítulo Três

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- Essa aí ainda mora aqui? Tenho certeza que ninguém te quer. (risos)

Você acorda com lágrimas pelo rosto e assustada levanta rápido;

- Que sonho horrível!

Todos os dias estão sendo iguais para você, a mesma rotina de se levantar, tomar o café e ficar estudando o dia inteiro. Eram dias produtivos e cansativos, e até mesmo "divertidos" comparando com o outro lugar que morava antes. Tinha muitas coisas que você queria fazer naquele lugar tão imenso, de vez em quando sentia vontade de brincar com as crianças, sair correndo gritando, só para sentir a sensação de liberdade, mesmo dentro de um orfanato. Você se sentia vazia...

Algumas semanas haviam se passado desde que você encontrou aquele menino na biblioteca, raramente o via passando pelos corredores ou indo a sala de Watari. Mas em nenhuma vez ele olhou para você, e então pensou na possibilidade de ele não querer uma amizade.

- E se eu ir até a sala do Watari? Posso fingir ir até lá para pedir uma indicação de um novo livro a fim de ler. - Você pensou. Mas será que vai ficar muito óbvio que estou indo lá afim de saber um pouco mais sobre aquele menino? Não vou.

- Posso entrar?

- Sim. - Watari disse.

- Então...gostaria de saber se o Sr. tem mais algum livro para me indicar, terminei de ler todos aqueles ontem...estou sem opções. (risos)

- Eu não esperava por essa... tenho algumas opções disponíveis, quer dar uma olhada?

- Claro!!- Disse animada.

Depois de olhar e pegar uns, você sorriu e agradeceu.

- Fico grata por o Sr. me ajudar!

- Fico feliz em poder ajudá-la, [ Nome ].

Você não conseguiu o ver, e nem teve coragem para perguntar sobre o garoto para Watari.

Você agarrou a maçaneta da porta para se retirar, no mesmo momento, ficou cara a cara com o estranho. Ele te olhou com uma expressão não muito agradável, e assim desviando o olhar.

- Ele é ainda mais pálido de perto. - Pensou alto demais. O garoto a ouviu e deu um longo suspiro.

- O quê?

- Não é nada...se me der licença, preciso ir.

- Se você quiser, pode fica, [Nome]. -Watari fala dando um meio sorriso. Você não sabe o que falar, queria ficar lá, mas ao mesmo tempo tinha receio.

- Tem certeza? - Você ficou pensando por longos minutos. O garoto mantinha o dedo na boca, observando o diálogo entre vocês. O silêncio estabelecia no local, até Watari confirmar que tinha certeza.

- Ok.

Minutos e minutos se passaram desde que você ficou na sala, só ouvindo a conversa daqueles dois. Será que eram família, pai e filho? Ou avô e neto? Se ele está aqui no orfanato, obviamente não teria um familiar junto.

Já estava cansada de fazer absolutamente nada, estava tedioso, então resolveu abrir a boca.

- O que estão fazendo?

- Estamo- Watari foi interrompido.

- Não confio nela.

Você sentiu seu sangue ferver de raiva, mas se controlou para não falar coisas que não devia.

- Você não me conhece para falar isso, mas mesmo assim moramos no mesmo lugar, não acho que tem motivos para ficar desconfiado.

- Por isso que eu digo que não confio. Eu não te conheço, e não importa se você mora aqui também.

- Tudo bem, você tem os seus "motivos".
Todos continuaram ali no mesmo canto, mas seus pensamentos ainda estvam na frase dita: "Não confio em você".
Você sabia que não faria mal algum, principalmente ao Watari, que sempre foi tão gentil desde o começo.

- Que dia! - falou dando um longo suspiro em sua cama.

A noite logo chegou e sua dor de cabeça também, mas dessa vez era forte até demais. Suas lágrimas de dor escorriam pela sua face, esperou algum tempo pra ver se passava, mas isso não aconteceu, assim resolve ir até a enfermaria.

Chegando no destino, bateu na porta uma vez, ninguém a atendeu; novamente bate na porta, e ninguém abre, e foi assim até alguém chegar por trás de você, abrindo e entrando na sala na sua frente.

- O que faz aqui a essa hora?

- E-eu estou com uma dor de cabeça muito forte. Preciso de um remédio, por favor!

As luzes estavam apagadas, sendo assim, você não estava conseguindo enxergar quem era. Quando elas se acenderam, conseguiu ver quem era.

- Ah, é você.

- Sim, agora que abri a porta, pode pegar o que quiser para sua dor.

- Ok, obrigada. - você deu um sorriso de canto.

Ele olhou mas não falou nada, isso era esperado.

- Me pergunto o que ele estava fazendo acordado a essa hora, acho que não dorme, as olheiras dele são enormes. - você falou enquanto pegava o remédio.

Encontrando-se na sua cama, você estava sem sono, obviamente pelos efeitos do remédio, ficou virando para um lado e para o outro, só pensando no seu dia e como ele foi.

Para tentar dormir, pegou um livro e o folheou, chegando ao sono.


esse cap tá horrível, me perdoem....

𝖆𝖋𝖋𝖊𝖈𝖙𝖎𝖔𝖓 𝖋𝖔𝖗 𝖞𝖔𝖚-{L.Lawliet}Onde histórias criam vida. Descubra agora