A ponte

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POV Babi

Após os incríveis 15 dias na casa, voltamos para a cidade ontem. Eu e Carol estamos bem mais próximas, mas depois do beijo não tiveram outros, mas a tensão era bem evidente. Hoje decidi chamar ela para um passeio pela cidade, já que ainda não conheço muito bem aqui. Claro, com a minha timidez toda foi um pouco demorado chamar ela, mas quando eu chamei, ela de cara já aceitou.

Agora estou a uma quadra da casa dela que está me esperando na porta. Desço do carro e ela percebe minha presença tirando sua atenção do celular. Ela vem em minha direção sorrindo após eu abrir a porta do passageiro.

- Oi! -Digo.

- Oi! -Ela diz entrando no carro. -Foi esse carro que você usou no seu primeiro dia de aula não foi?

- Foi sim.-Digo após dar partida no carro. -Agora...diz ai um lugar legal aqui pra gente ir, aqui eu conheço bem pouco.

- Você já veio aqui antes?

- Na verdade não, mas ouvi falar de alguns lugares pq meus pais se conheceram aqui.

- Nossa, sério?

- Sim, pelo que eles me falaram, se esbarraram em uma ponte e começaram a conversar.

- Uau. Mas e ai? O que acha de um sorvete?

- Qual a melhor sorveteria que tem aqui?

- Passa o GPS pra cá.

E assim fomos parar em uma sorveteria muito boa. Um dos melhores sorvetes que já comi. 

- E agora? Tem mais lugares legais?

- Vários. Mas a gente pode alternar. Agora você escolhe um dos poucos lugares que você conhece. O que acha?

- Uma ótima ideia. Mas aí é que tá. Eu só conheço as coisas perto da minha casa e aponte que meus pais se conheceram.

- Parece legal. Bora?

- Claro.

...

- Caraca, e muito mais bonito do que eu imaginava. -Digo impressionada com a beleza do lugar. Eu nunca tinha visto pessoalmente.

- É, é bonito mesmo... -Ela diz meio encolhida e apreensiva.

- O que foi? Tá tudo bem?

- Tá sim eu só...tenho um pouco de medo de altura.

- Realmente, aqui é alto. Vem cá. -Puxo ela para um banco na entrada da ponte, onde não é tão alto. -Melhor?

- Melhor. Mas e ai? Você tá com saudades do seu pai?

- Tô. Mas enquanto ele não resolver os problemas dele, prefiro ficar longe. Com dinheiro na historia, pelo que eu conheço meu pai...ele não hesitaria em sujar meu nome e o da minha mãe pra se resolver. Mas eu quero que ele resolva do jeito certo, pra voltarmos a morar juntos.

- Mas então vocês voltariam pra sua cidade?

- Não, ficariamos por aqui mesmo. Pq? Ficaria com saudades?

- Talvez...

- E agora?

- Parque de diversões?

- Adorei!

....

Chegamos no parque e fomos direto pro carrinho de bate-bate. Dentre risadas e musculos doloridos, partimos para uma montanha-russa. Carol quase arregou, mas eu convenci ela pagando um lanche depois. Sei que sai surda do brinquedo. Depois Carol me arrastou para um jogo de tiro ao alvo pq o maior prêmio era um dálmata de pelucia. Entreguei os tickets pra Carol e ela foi atirar.

- Meu Deus eu sou muito ruim... -Ela diz decepcionada por gastar todos os tickets mas não acertar nada.

- Não é não, só está mal posicionada. Olha... -Compro mais 5 tickets e entrego a moça da barraca. - Fica assim. -Me posicionei com a perna esquerda a frente, a direita atrás e o tronco ereto. Assim ela imitou. 

- Assim?

- Calma. Me aproximei dela, segurei sua cintura por trás arrumando sua postura. -Assim.

Depois de 3 tiros ela acertou, a moça lhe deu o dalmata e ela o abraçou forte me abraçando em seguida.

...

- Chegamos ao seu destino senhorita Voltan. -Digo abrindo a porta para ela.

- Obrigada pelo dia Barbara, foi incrivel.

- Foi mesmo. E você quase esqueceu seu dalmata. -Digo pegando a pelucia no banco de trás. 

- Meu Deus Paola, quase te esqueci.

- Pera, o nome dela é Paola? Achei tendencia.

- Boa noite Babi. -Ela me olhou profundamente. 

- Boa noite Carol...

Ela foi se afastando indo em direção a porta da sua casa.

- Carol espera. -Me aproximei rapido dela.

- O que foi?

- Eu... -Nos olhamos intensamente e nos aproximando. Seu olhar caiu para meus lábios, e eu revezava o meu de seus olhos para sua boca. Quando estavamos bem próximas, ela fechou seus olhos. Sua respiração descompassada batendo contra minha face, e a minha não estava diferente. Segurei seu rosto calmamente e com a outra mão sua cintura, enquanto ela com uma mão segurava o dálmata, a outra segurou minha nuca. Engulo seco e sussuro: -Posso te beijar?

Ela com os olhos ainda fechados responde no mesmo tom: 

- Você não deveria perguntar. -Ela puxou minha nuca e quebrou o espaço selando nossos lábios em um beijo intenso.

- Boa noite. -Ela diz baixo sorrindo para mim.

- Boa noite...

Assim, espero ela entrar em casa e volto para o carro com um sorriso de orelha a orelha. É, eu tô gostando dela.


Escrevi esse capitulo vendo a live na cadeira no rave. Alguem tambem estava entre as 85 pessoas?

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