Capítulo 11

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— O que foi? — Desço do colo do James e arrumo meu cabelo, acho que nasci para passar vergonha

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— O que foi? — Desço do colo do James e arrumo meu cabelo, acho que nasci para passar vergonha. Ainda bem que somos amigos, se fosse alguém estranho eu nunca mais colocaria meu pé nesse ’campus’.

— Desculpa incomodar, mas você está na frente da minha porta e eu gostaria mesmo de entrar — Aponta a porta atrás de mim

— Que cabeça a minha — Dou espaço para ele passar — Me desculpa

— Sem problemas — Escuto o barulho das suas chaves — Aliás, oi James fico feliz que tenha voltado, vai ser definitivo?

— Vamos ver como as coisas se desenrolam, se ficarem interessantes então fico — Sinto o olhar do meu melhor amigo sobre mim, mas me faço de desentendida

— Entendo — Abre a porta — Bem, então nos vemos depois Ava — Entra no quarto e fecha a porta de maneira educada

— Aonde íamos mesmo? — Me viro para o meu acompanhante

— Encher a cara? — Fico um pouco confusa e cruzo os braços

— Pensei que não quisesse mais beber hoje — Ponho as mãos na cintura, encarando seu rosto, era todo perfeitinho e fofo. Cabelo bagunçado, um lindo maxilar marcado e olhos castanhos tão intensos, que de repente qualquer outra cor tinha ficado sem graça.

— Mudei de ideia, mas sério sem exageros — Concordo com a cabeça

— Tudo bem, tenho que trabalhar amanhã mesmo — Dou de ombros — Sem exageros

**

Respiro fundo sentindo a minha cabeça latejar, sabia que se eu abrisse os olhos naquele momento só ia piorar a minha situação, mas tinha que fazer isso. Viro contra a direção em que entrava a pequena claridade pela persiana, abro os olhos devagar e percebo que não estava no meu quarto, as coisas ainda giravam um pouco.

Puta que pariu

Observo a colcha cinza-escuro e reconheço o perfume, me sento arrumando o cabelo. Olho ao redor me dando conta de onde provavelmente estava, tiro a colcha das minhas pernas e vejo que estava vestida em uma camiseta larga demais para o meu tamanho.

Me jogo novamente na cama, pegando um post-it  que estava grudado no travesseiro ao lado e leio o bilhete.

“Nunca mais acredito no seu ‘sem exageros’, não se preocupe eu não vou sumir igual das outras vezes. Não, não fizemos nada se é o que está pensando.

Mesmo você querendo meu corpinho, te amo bobona ;)”

Dou risada desse bilhete ridículo, tiro mais um cochilo e depois de um tempo me levanto. Escrevo uma mensagem curta e deixo onde anteriormente estava a que ele havia deixado. “Não vai sumir? Milagres acontecem, te vejo depois bobão”

Pego as minhas coisas e volto para o meu quarto na intenção de dormir mais um pouco, antes do inferninho começar.

**

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