Capítulo 14

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— James por favor, eu só quero uma companhia para ir nessa bendita festa! — Cruzo os braços, emburrada

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— James por favor, eu só quero uma companhia para ir nessa bendita festa! — Cruzo os braços, emburrada. Estava parecendo uma criança estérica e mimada — Poxa! Você não pode simplesmente ir depois? Por uma noite, não estou te pedindo muita coisa, na verdade, eu nunca te peço nada! — O observo do chão do meu quarto, estava deitada no tapete, já havia terminado todos os trabalhos e minhas anotações, infelizmente tinha esse tempo livre, preferia ter me ocupado com qualquer outra coisa. James ainda não tinha um colega de quarto, o que significava passar o dia todo comigo — Por favor — Respiro fundo e paro de pedir, me recuso a implorar por companhia, só estava cansada de me sentir abandonada por todos. Talvez fosse drama, porém, não podia negar que era assim que me sentia ultimamente, sem ninguém e vazia.

Fecho os olhos e inspiro, cogitando seriamente a ideia de voltar a caminhar por aí, quando sinto uma repentina movimentação ao meu redor, abro lentamente os olhos e encaro a figura deitada ao meu lado, com aqueles olhos intensos fixados em mim, confesso que me arrepiei. Por alguns milésimos de segundos, desvio o olhar, desejei que ele não dissesse nada, se isso acontecesse me sentiria mal por ser uma amiga tão ingrata.

— Sei o que está pensando — Abro a boca cogitando questionar se ele realmente sabia, mas ele me conhecia a 19 anos, é óbvio que ele sabia — Não quero que se sinta abandonada Ava, só tenho algumas questões para serem resolvidas ainda, apenas isso, não vou demorar dessa vez — Prendo o meu olhar no teto branco, com a tinta perfeitamente lisa, sem nenhuma marca de pinceladas ou algo do gênero. Queria ser assim, sem imperfeições e sem marca alguma — Não posso sair hoje a noite… — Confirmo com a cabeça, de forma infantil como na maioria das vezes em que tentava o chantagear — Por favor não faz isso — Me pergunto quais seriam essas questões importantes, ele nunca fala, apenas some e aparece, fica por um tempo e novamente essas questões surgem tirando todo o seu tempo, isso me preocupava muito.

— Isso o que? — O olho de canto de olho, na esperança de convencê-lo, apesar de estar triste, eu continuava teimosa.

— Esse bico — Me viro de costas para ele, encolhendo o máximo possível meu corpo — É sério, não faz isso — Sinto seu braço me puxar para perto e em segundos estou próxima demais, o encarando — De bebê mimada

— Mas sou um bebê — Dou risada e aperto sua bochecha — Você também — Mostro a língua, ainda chateada com ele — Não sou importante o suficiente para você ir comigo — E lá vamos nós com o meu exagero.

— Você sabe que é importante, se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida — Meu coração esquenta ao ouvir tais palavras e toda a chateação se dissipou — Não sabe o quanto gosto de você, bobona — O olho por alguns segundos alternando entre seus olhos e sua boca, como se nós dois estivéssemos esperando por aquilo, por um beijo ou talvez um simples diálogo que mudaria o ritmo das coisas, mas acabo o abraçando por fim.

— Te amo seu chato — Me aconchego ao seu lado — Isso significa que você vai comigo? — Questiono, com uma leve esperança crescendo no coração.

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