Capítulo 23

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DREW PETTERSON (+18)

-Fala sério, essa foi quase! - Gabriela reclama e se remexe no sofá, apertando os botões loucamente na tentativa de conseguir tempo ou algum especial. Sinceramente não tenho ideia do que ela está tentando fazer.

-Você tem um bom potencial. Se continuar praticando pode me vencer um dia.

-Não vou descansar até conseguir te vencer, espero que saiba disso. - Seus olhos cresceram o dobro do tamanho quando ela finalmente conseguiu seu especial. Estava longe de ser um risco para mim, mas lhe darei o crédito.

-Você disse que nunca foi ao Porto Rico, certo?

-Sim. - Um beicinho fofo se forma em seus lábios e não posso deixar de sorrir - Por que não consigo te dar uma surra?

-Por que jogo praticamente todos os dias desde que tive grana suficiente para comprar meu primeiro videogame. Você está começando hoje e já é melhor que o Ethan. - Aplico os golpes finais e para minha surpresa Gabis consegue bloqueá-los. Ela está aprendendo mais rápido do que eu esperava.

-Ninguém pode ser bom em tudo. Ser melhor que um baterista imperativo e descontrolado não parece grande coisa.

-Tem razão, mas é melhor que nada. - Gabis consegue deferir uma sequência boa de golpes antes que eu revide seus ataques - Se nunca foi ao Porto Rico como você tem sotaque?

-É tão perceptível assim?

-De modo geral é um sotaque bem leve, mas você usa muita expressão em espanhol.

-Eu nunca tentei me misturar com os americanos e sua cultura de modo tão profundo. Em casa minha avó, minha mãe e eu sempre conversamos em espanhol, ninguém usava inglês. Tanto que considero o espanhol como minha primeira língua. Usar o inglês na escola ou no trabalho não parece muito válido para ser nomeado como minha língua materna.

-E não é estranho que você seja tão apegada a sua cultura latina se nunca esteve lá de fato? Desculpe se fui rude, mas é que nunca conheci alguém assim e se estou falando algo errado já peço perdão, porque sou leigo sobre isso.

-Não é problema algum. Por muito tempo me senti perdida sobre isso, eu era uma mistura estranha de dois mundos que nunca se sobressaíram em mim. Agora sinto que minha avó é meu maior laço com a minha herança latina. Nunca serei totalmente porto-riquenha, assim como também não serei totalmente estadunidense, entende? Gosto de pensar que sou eu mesma, uma mistura maluca dos dois mundos.

-Entendi. - Finalizo a luta, aplicando uma sequência de golpes que terminou com seu score de vida - Eu ganhei,  o que ganho pela minha vitória?

-O que você quer ganhar? - Gabis abre um sorriso levado, pegando o controle de minhas mãos e colocando tanto o seu quanto o meu sobre a mesa de centro. Ela então levanta e se coloca em seu colo, suas pernas em minhas laterais, suas mãos subindo por meus ombros até segurarem meu rosto e obrigando-me a olhá-la.

-Quero ganhar você. - Minha voz sai mais rouca do que eu esperava. Uma puta descarga de adrenalina jorrou em minhas veias no instante em que os olhos de Gabriela ganharam um brilho próprio, algo entre excitado e malicioso, com minha resposta.

-Gosto desse prêmio.

Seguro sua cintura com força e a beijo. Nada pacífico e romântico, mas um beijo com necessidade. Aprofundamos o beijo e exploramos um ao outro. Gabriela movimenta-se contra mim enquanto minhas mãos sobem por dentro de sua camisa para brincar o fecho de seu sutiã.

Ela começa a levantar minha própria camiseta e sou obrigado a me separar dela para nos livrarmos da peça. Aproveitando o momento retiro sua blusa também, amando ver seus belos seios amparados pelo belo sutiã adornado, como um presente pronto para ser aberto.

Não demorou muito para jogarmos longe o restante das peças, pesquei o preservativo no bolso da calça antes que ela fosse parar em alguma lugar entre a sala e a cozinha. Bendita seja Abby e suas regras de mantermos sempre uma camisinha conosco, não importando as circunstâncias.

Eu já lambia dos lábios com a ideia de estar entre suas pernas novamente. Posso afirmar com propriedade que chupá-la está na minha lista de coisas favoritas, mas infelizmente, antes que eu conseguisse deitá-la no sofá, Gabriela já estava sentada sobre mim outra vez. Não que eu esteja mesmo reclamando, não dá para reclamar com seus seios bem diante dos meus olhos. Ah, a perfeição dos dotes femininos.

-Podemos compensar depois. - Ela fala, seus dedos cravando em meus ombros e as pupilas de seus olhos tão dilatadas de desejo que quase não há vestígios do habitual castanho - Tenho certa pressa agora.

-Então me coloque onde você me quer.

Meu comando foi suave apesar da voz rouca. Gabriela me segurou e mesmo com a proteção do preservativo, sentir sua mão quente em mim fez minha ereção crescer ainda mais. Vê-la nua e segurando meu pau tornou a ereção quase dolorosa.

Ela me posicionou em sua entrada, segurando firme em meus ombros e respirando fundo antes de descer lentamente. Preenche-la tão devagar foi o suficiente para me arrancar um gemido, é a melhor amostra de paraíso que já tive.

Agarrei sua cintura quando ela fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, deixando o pescoço em plena exibição para mim e não contive o impulso de me estender e beijá-la ali, mordiscar a área e subir uma de minhas mãos para brincar com seu mamilo. Seus gemidos são baixos, quase suplicantes enquanto sinto meu pau ser apertado dentro dela. Recosto-me mais no sofá, apoiando nosso peso em minhas pernas para que ela posso começar a se mover.

Usei minhas mãos para ajudá-la, incentivando seus movimentos até que ela conseguisse estabelecer um ritmo próprio. Quando me certifiquei de que estava bem, me permiti explorar seu corpo. Indo para sua bunda deliciosa, agarrando com força enquanto Gabriela me cavalga ou roça contra mim. Um de meus polegares começa a estimulá-la enquanto a outra mão aperta firme em seu quadril. Preciso me desculpar depois se ficar marcado, o que provavelmente acontecerá.

-Drew. - Sua súplica veio com um sotaque carregado e foi o suficiente para me jogar mais perto do limite.

-Isso, querida. - Sinto-me hipnotizado pela visão de seus seios saltitando diante dos meus olhos. Nunca conheci algo tão bem projetado como o corpo feminino, em especial este corpo feminino. Deixo o aperto em seu quadril e escorro para sua nádega, apartando a região que realmente quero apertar, nunca deixando de brincar com seu clitóris - Perfeito, Gabis.

Seu corpo treme e os espasmos de seu corpo me apertam dentro dela. Sabendo que também estou perto me obrigo a esperar, ela me chama novamente com aquele sotaque sexy e cai ofegante em seu peito, parecendo esgotada. Nos arrumo no sofá, agarrando seu quadril eu o mantenho erguido no ar e volto a bombear dentro dela.

Um gemido baixo escapa dela enquanto estou concentrado perseguindo meu próprio orgasmo. Meu corpo tensiona, um rubor forte se espalha por meu rosto, pescoço, tronco e braços, minhas veias parecem saltar para fora quando meu gozo vem. Desabo no sofá buscando por ar com Gabis ainda acomodada em cima de mim. Acaricio suas costas, desde a base do quadril até o ápice do pescoço.

O Baixista - A5 livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora