Capítulo 2

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James Hunter

Depois que termino de arrumar a casa e fazer o almoço, me preparo para ir a faculdade, minha madrasta não está em casa, ainda bem.

Almoço com meu irmão, mando ele tomar um banho e depois dele sair do banheiro pego minhas roupas e vou banhar também, depois de me arrumar pego minha bicicleta e levo Noah até a casa do amiguinho dele, de lá vou direto para a faculdade, fiquei sabendo que a dona vai lá hoje ver como andam as coisas.

Chego no portão e já vejo o grupinho dos populares, eles adoram me perturbar, sempre me ofendem e querem ficar me humilhando, faço de conta que não ligo, mas sempre sinto vontade de chorar, sou sensível mas tenho me manter firme, a primeira pessoa do grupo que me nota é Patrick, ele é o capitão do time de futebol americano da faculdade, além de ser o filho da diretora, ela sempre passa a mão na cabeça dele quando ele faz coisas erradas, por isso não falo nada do bullying e das humilhações que sofro aqui, sei que não vai dar em nada mesmo.

ー Olha pessoal o esquisito chegou, acho melhor botar uma máscara ou vai assustar todo mundo com essa cara deformada nerd. __ Ele diz olhando pra mim e logo começam a rir.

Tento fazer o máximo para não me abalar e passo longe de onde eles estavam, mas antes de chegar ao pátio ouço sua voz falar alto para todos ouvirem.

ー Aposto que teu pai se matou naquele carro porque não aguentava mais olhar pra tua cara todo dia, e ver essa cara estranha que tu tem. __ Ele grita alto para todos ouvirem e todo mundo começa a gargalhar me olhando.

Encolho meu ombro, e sinto as lágrimas se acumularem em meus olhos, aperto as alças da minha mochila e começo a correr rumo a sala que sempre fica vazia, corro sem olhar para nada e acabo esbarrando em alguém.

ー Meu Deus, eu te machuquei rapaz? __ ouço uma voz doce e suave me perguntar.

Olho para a pessoa e vejo a mulher mais linda que já vi na minha vida, fico ali no chão a encarando de boca aberta sem saber o que falar, estou nervoso e com as mãos suando, meu coração está acelerado não sei se é pela correria que dei ou se pelo belo anjo a minha frente, e sinto coisas estranhas no estômago.

ー Rapaz? Você está bem? Se machucou em algum lugar? __ Pergunta me encarando, desvio o olhar sentido minhas bochechas arderem aposto que estou corado.

ー E-Eu estou moça, não precisa se preocupar. __ respondo baixinho ainda desviando o olhar.

ー Vem, vou te levar a enfermaria, você pode ter torcido o pulso quando o apoiou no chão na hora que caiu. __ Disse me ajudando a levantar e me levou a enfermaria.

Ela me ajudou a sentar e exigiu a enfermeira que fizesse todos os exames possíveis dali, fiquei observando tudo calado, ela deve ser aluna nova e não sabe quem eu sou, para se preocupar com um esquisito como eu, só pode ser isso ou ela é bondosa demais.

ー Vou resolver algumas coisas, quando acabar as aulas venho te ver bebê, tchau. __ Diz me olhando carinhosa e beijando minha bochecha.

Só faço acenar para ela ainda em choque com o que acabou de acontecer, e só depois que ela saiu percebi do que ela me chamou, fiquei olhando para a porta sentindo meu rosto corado e meu coração acelerado.

Primeiro Olhar ( Em Breve).Onde histórias criam vida. Descubra agora