Capítulo 6 - Betty

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Mais tarde naquela noite

Eu abro a porta para a casa da minha mãe para encontrá-la deitada no chão
perto do sofá.
Uma poça de sangue, como uma piscina, em torno de sua cabeça,
e seus olhos estão bem abertos. Eu corro para ela tão rápido quanto eu posso.

―Mãe ― Eu grito, mas ela não responde.

Seu corpo está sem vida quando eu a pego e seguro-a perto de mim.
Lágrimas correm pelo meu rosto, e quando eu olho para minhas mãos, elas estão embebidas em sangue. Minha respiração para no momento em que vejo o buraco em seu coração.

Uma porta à esquerda se abre entra um homem carregando um rifle.

―O Que você está fazendo aqui?

Ele segura e aponta o rifle para mim.
Um grito tão alto quanto o tiro que se segue, irrompe dos meus pulmões.

Eu me sento reta na cama. Coração batendo forte, o suor está
escorrendo em minha testa. Eu toco minha pele, mas não há nenhum
buraco. Eu olho para minhas mãos e não vejo sangue.
Então eu toco meu rosto... lágrimas por todo ele.

―O que há de errado? ― Pergunta Cheryl, quando ela se levanta da
sua cama e se senta ao meu lado. ―Está tudo bem? ― Ela coloca a mão
na minha testa. ―Você está queimando.

―Estou bem, ― eu minto.

Eu não estou.
Eu não estou bem, em nada, mas o que eu devo dizer a ela?
São apenas pesadelos. É isso aí.

―Você estava sonhando de novo, não é? ― Pergunta ela.

Eu aceno devagar, e ela agarra a minha mão e a aperta com força.

―Se você quer falar sobre isso, eu estou aqui.

―Eu só... continuo o vendo, ― eu disse, mordendo meu lábio para testar
se estou realmente acordada.

―O novo namorado de sua mãe?

―Sim, mas ele está segurando uma arma, e...― Eu engasgo.

Cheryl me agarra e me puxa para ela, abraçando-me apertado.

―Foi apenas um sonho. Basta lembrar disto.

―Eu sei, mas e se se tornar verdade? E se estes são sinais de aviso e eu
estou ignorando-os?

―Você não é psíquica, Betty. Ninguém pode prever o futuro.

―Mas eu não posso deixar nada acontecer com ela.

Ela me empurra para que ela possa me olhar nos olhos.

―Ela ficará bem. Ela é uma mulher adulta; ela pode lidar com isso. E se
você não tiver certeza, ligue pra ela.

Eu tomo uma respiração e, em seguida, pego meu celular e disco o
número da minha mãe.

―Mãe? ― Eu digo quando alguém atende.

―Você novamente? ― É ele. ―Você se atreve a ligar-nos depois de
deixar sua mãe assim? Não. Você mostra o seu rosto em primeiro lugar,
então nós falamos.― Antes que eu possa responder, o telefone desliga.

Eu puxo o telefone longe da minha orelha e olho para ele como se
eu não pudesse acreditar que ele fez isso.

―O que aconteceu? ― Pergunta Cheryl.

―Ele desligou, ― eu digo.

―Oh... foda-se.

Em um ataque, eu jogo o telefone. Ele acaba contra a parede,
provavelmente quebrado em pedaços.

Bad Teacher ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora