Epílogo

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Quando eu ando através do clube, eu sei exatamente para onde ir. É um
terreno familiar, e este não é meu primeiro passeio.
Mas pode ser o último.

Quando eu a procuro pela sala, o meu coração praticamente salta fora
do meu peito. Louco, hein? Como dentro de algumas semanas, um homem pode ir de seu pau estourando nas calças, para isso. Uma pilha fraca de nervos ao vê-la.

Ela está tão linda, como sempre, com seu cabelo loiro, que agora se
desvanece as pontas azuis na parte inferior. Mas sua aparência física não é o que me atrai mais. É seu espírito. Sua vontade de viver e de desafiar tudo e todos ao seu redor.

Todo esse tempo, eu estava procurando por algo, algo para me fazer sentir vivo e eu achei nela. Eu tinha tanto medo de amar, porque eu só tinha conhecido um amor que foi se esvaindo. Mas Betty... ela me quis desde o dia em que a conheci. Nunca desistiu. Ela nunca teve medo de amar,mesmo quando ela recebia tão pouco dos outros.

Eu já não tenho medo. Eu já não estou tropeçando dentro e fora de seus
braços. Ela era minha desde o início.
Nós não estávamos caindo.
Nós estávamos correndo um para o outro. Assim como estamos agora. Com um sorriso de satisfação, eu me aproximo dela enquanto ela pega
sua bebida e toma um gole, casualmente olhando para o meu corpo todo.

Quando nossos olhares se cruzam, ela coloca a bebida na mesa e sorri
descaradamente.

—Hey, — eu digo. —Vejo que está usando sua identidade falsa.

—Oi. — Ela ri, um rubor aparecendo em suas bochechas. —Ela ainda
vem a ser útil.

—Como você está? Tem passado bem desde que deixou a faculdade?

—Sim... só trabalho e outras coisas. Não muito mais.

Eu estreito meus olhos.

—Então, essa coisa toda de negócio que você estava falando?

—Ainda não, — diz ela, rindo. —Mas eu vou chegar lá, eventualmente.
E você?

—O mesmo — eu digo. —Ainda procurando o emprego perfeito.

—Ahh... olha, eu sinto muito sobre

— Não sinta, — eu interrompo. —Nós dois perdemos algo. E, talvez,
ganhamos algo novo... — O lado esquerdo dos meus lábios se abrem em um sorriso.

—Hmm... verdade. Eu nunca lhe agradeci por ter feito o que fez.

—O quê?

—Com o namorado da minha mãe e tudo... — Ela encolhe os ombros.
Eu balanço minha cabeça.

—Não há nada a agradecer. Sério. Aquele idiota merecia pelo que ele
fez. E, além disso, eu precisava fazer as coisas direito.

Ela sorri.

—Eu sei. Eu só queria te agradecer.
Ela volta a ficar em silêncio, mas, em seguida, ela pergunta:
—Eu espero que isso não o mantenha acordado durante a noite.

— O quê? Que eu coloquei um homem na cadeia?

—Sim.

—Não. Nem um pouco.

—E seus outros pesadelos?

Minha testa franze por um segundo, mas então eu relaxo.

—Não os tive há um bom tempo.

—Sério? Bem, pelo menos você ficou bem...
Eu coloco a mão em seu braço.

—É por causa de você que eu não os tenho.

Bad Teacher ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora