Capítulo 30 - Betty

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Isso é quando um homem vem para se sentar ao meu lado, sorrindo
sem jeito quando ele pede uma cerveja.

—Oi. — diz ele.

—Oi.

—Como vai?

—Bem.

Eu tento não me envolver, mas ele continua a falar.

—Parece que você está tendo um momento de merda, — diz ele.

—Uh-huh.

—Deixe-me pedir uma bebida para você. — Ele acena para o barman.
— Outro aperitivo para a senhora aqui.

O barman me derrama um outro, e agradeço-lhe por isso, assim como o
homem ao meu lado, mas, realmente, eu só quero que ele cale a boca.

—Então, de onde você é? — Ele pergunta.

—Desculpe, mas eu estou aqui para ficar sozinha por um tempo. Sem
ofensas.

—Oh, uau, sossegue, menina. Não há necessidade de ficar com raiva.
Eu olho de lado para ele.

—Eu não estou brava. Eu só quero ser deixada sozinha. Obrigada pela
bebida, no entanto.

—Claro. — Ele faz uma cara. —Tome uma bebida de um homem e, em
seguida, aja assim. Que classe.

—Eu nunca disse que tinha classe, e eu nunca pedi por uma bebida. —
Eu me viro totalmente para ele.
—Aqui, bebe você.

—Não, obrigado. — diz ele, empurrando-o de volta tão forte, que
derrama em minha camisa.

—Ei! Porra. — Eu rosno, passando longe do álcool. —Droga.

—Desculpa. Talvez você devesse apenas ter sido boa. — diz ele, e eu
dou-lhe um olhar de merda.

Eu saio do meu banco e vou para o banheiro para pegar alguns papéis
que possam secar a minha camisa, mas não é de muita ajuda. Quando eu
tento sair do banheiro, o cara de repente está na minha frente.

—Precisa de ajuda com isso?

—Não, eu estou bem. — Eu tento passar, mas ele coloca a mão na
parede ao meu lado, prendendo-me dentro. —Por favor…

—Por favor, o que? Você sabe, não iria machucá-la ser grata por uma
bebida.

—Uma bebida que você derramou toda sobre a minha camisa? Puxa,
obrigada. — Eu levanto uma sobrancelha para ele. —Você pode por favor se mover?

—Não, não até que você me diga o seu nome.

—Eu não quero dizer o meu nome. Eu não estou interessada. Eu tenho
que soletrar para você?

—Ah, vamos lá... — Ele agarra meu pulso, que é quando eu puxo para
trás.

—Não me toque.

—Qual é o seu problema? — Ele faz uma cara. —Pare de agir como se
você não estivesse interessada. Eu sei que você não tem um namorado. Por
que mais você viria a este bar sozinha?

—Isso não é da sua maldita conta. Agora, deixe-me passar. — Cada vez
que eu tento passar, ele me empurra de volta para o banheiro, até que a
porta se fecha atrás de nós e eu fico sozinha com um homem com o dobro
do meu tamanho. — Cai. Fora. — Eu rosno.

— Ou o quê? — Ele ri, dando um passo mais perto.
Eu rapidamente vasculho minha bolsa e tiro o spray de pimenta que
minha mãe disse-me para transportar.

—Ou eu vou usar isso.

—Ooh... eu estou supondo que tenho que estar com medo disso? — Ele
balança a cabeça.
Por medo do que algo vai acontecer, eu também pego meu telefone e
coloco o nome de Jughead na discagem rápida. É o primeiro número que eu tenho na lista que de chamadas feitas...

—Venha aqui. — O cara de repente avança e pega a minha mão.

—Me solta! — Eu grito conforme nós lutamos sobre a lata de spray de
pimenta.
Enquanto isso, eu ouço os gritos de Jugheadna parte de trás.

—Betty? Betty?

— Jughead! Socorro! — Eu grito, e no calor do momento, eu ainda de
alguma forma consigo dizer-lhe em que bar eu estou. Um segundo depois,
o cara me empurra com tanta força que caio no chão.

—Cadela. — diz ele, cuspindo no chão.
—Você quer usar essa porra de
spray de pimenta em mim?

—Fique longe! — Eu digo, rastejando para trás.

—Porra. — Ele joga a lata longe em um canto, e seus olhos se fecham
em mim. —Te dou um bom cocktail de graça e este é o agradecimento que
recebo? Eu deveria ter ganhado um beijo, pelo menos, mas com você
agindo assim... eu ganho muito mais do que apenas isso.

—Não! — Eu grito, chutando quando ele se aproxima. Tento fazê-lo
perder o equilíbrio, mas quando ele me tem pela garganta, eu não sou
nenhum jogo.

—Vamos lá então, um beijinho para o problema e eu poderia deixá-la ir.
Quando os lábios estão centímetros mais perto, eu reúno toda a minha
força e o soco na lateral, causando-lhe uma dor e o afastando.
—Cadela do caralho. — Ele tosse, quase engasgando com sua própria
respiração. —Você me deu um soco, porra.

Eu uso o último pedaço de força para chutá-lo na cabeça, fazendo-o
tombar de costas, e então eu dou outro chute direto em suas bolas. Ele uiva como um maldito lobo, e eu uso o tempo que ele gasta
colocando a mão em suas coisas, para fazer uma corrida para a porta. Pena
que ele agarra meu pé no meio do caminho.

—Você não vai a lugar nenhum.

—Deixe-me ir! — Eu grito. —Seu babaca!

—Babaca? Eu? Você é a idiota. — ele rosna, tentando me puxar de volta.
Eu o chuto novamente.

—Você sempre coloca suas mãos em meninas sem a sua permissão?

—Se elas estão pedindo por isso, sim. — Ele tenta rastejar em cima de
mim, mas eu continuo a chutá-lo, tentando afastá-lo. Seu nariz está
sangrando por causa da batida, e o sangue está derramando sobre minhas calças.

De repente, a porta se abre, e quando eu olho para cima, vejo um rosto
que me faz querer enrolar em uma bola e chorar.

—Jughead!

Bad Teacher ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora