Capítulo 24 - Betty

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Será que algum dia vamos ser mais do
que amigos, ou qualquer porra que isso seja?

Seus lábios se abrem, mas então ele os fecha novamente, um olhar duro
em seu rosto.

—Você sabe que eu não posso responder a essa pergunta, Betty.

—Você não pode, ou não quer?

Ele só olha para mim sem dizer uma palavra.
Eu minimizo.

—Valeu a pena arriscar.

Honestamente, estou um pouco
decepcionada e magoada. Quero dizer, ele poderia ter apenas dito que não,certo? Sem ressentimentos. Ou alguma coisa.
Eu suspiro na minha cabeça. Quem estou tentando enganar? Claro, há
ressentimentos. Eu não apenas fodo com qualquer cara. Na verdade, eu
nunca dormi com um cara antes dele, o que significa algo para mim. Pode
não significar algo para ele, mas, pelo menos, ele poderia reconhecer o fato
de que estou aqui e não vou a lugar nenhum.

—Eu quero saber sobre seus sonhos, Betty— diz ele. —O que você
quer fazer depois da faculdade?

—Meus sonhos? — Eu franzo a testa, confusa. —Eu não tinha pensado
sobre isso ainda.

—O que você se vê fazendo daqui a dez anos a partir de agora?

—Eu não sei. Talvez começar um negócio em algum lugar. — Eu limpo
minha garganta. —Mas você não respondeu à minha pergunta ainda.

—Eu não quero. Não podemos falar mais sobre seus pais? Ou seus
hobbies? Eu gostaria de saber mais sobre você, — diz ele.

—Eu não quero falar sobre meus pais. Qualquer coisa, menos os meus
pais. — Eu abaixei o copo com um pouco de força, respingando vinho sobre a minha roupa.

—Porra.
Ele pega um guardanapo e inclina-se sobre a mesa.
—Droga, deixe-me ajudá-la.

Ele dá um tapinha na minha camisa, mas eu me afasto dele e limpo
minhas roupas.

—Eu tenho mãos. Posso me limpar. Obrigada.

—Sem problemas. Além disso, não temos de falar sobre seus pais.
Apenas me diga outra coisa.

Eu jogo o guardanapo sujo sobre a mesa.

—O que há para dizer? Eu sou uma amante nerd de unicórnios e arco-
íris, que prefere música alta do que falar com as pessoas, e que também ama cores brilhantes e tudo o que distrai. Sou bastante estranha, mas tambémbastante normal. Eu mencionei que eu amo festa e sair com os meninos? —Eu levanto uma sobrancelha para ameaçá-lo.

—Enquanto esses meninos não tocarem em você, festeje a vontade.

—Sério? — Eu mudo no meu lugar.

—Porque eu podia jurar que eu não
era posse de ninguém, por isso todos os meninos podem querer me tocar, e
eu vou com prazer deixá-los, se eles quiserem.
Ele aperta os olhos.

—Não jogue sujo comigo, Betty. Eu não sou alguém para mexer.

—Oh, e eu sou?

—Por que você está tão chateada? Será que é porque eu perguntei sobre
seus pais? É isso, certo?
Meu nariz contorce de aborrecimento. Ele realmente está me
empurrando agora.
—Ou é porque eu nunca disse que você é minha? — Ele enfia a mão no
bolso.

Algo dentro de mim começa a vibrar. Eu grito.
Todo mundo se vira.

Jughead coloca o dedo sobre seus próprios lábios e me sussurra.

—Não faça um som.

—Que porra é essa? — Digo.

—Shh ... não tão alto. Você não quer que todo mundo aqui saiba que
você tem um plug na sua bunda, não é? — Ele sussurra.

Bad Teacher ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈOnde histórias criam vida. Descubra agora