Bad Teacher ᵇᵘᵍʰᵉᵃᵈ

Capítulo 10 - Betty

―Saúde! ― Cheryl bate meu copo com o dela e, em seguida, toma um
gole de sua bebida.

Eu sorrio para ela, mas não bebo imediatamente.
Normalmente, eu não hesitaria em engolir o álcool, mas eu realmente
não estou com vontade agora. A festa está boa. Na verdade, está incrível.

Muitas luzes, música alta, pessoas gritando e cantando junto. O clima é
perfeito para uma noite de domingo, eu não poderia pedir mais nada.
Mas eu tenho me sentido estranha em minha própria pele desde aquele
encontro com Jughead.

Não importa o que eu faça, eu não posso esquecer.
Quer seja festas, ir a algum lugar, ou até mesmo falar com Cheryl.
Nada pode tirar a minha mente dele, o que me deixa confusa.
Eu não deveria estar tendo esses pensamentos, quanto mais estes
sentimentos.

Mas foda-se.. me senti certa quando ele tinha as mãos em cima de
mim. Eu deveria querer meu professor?

Foda-se, não.

E ele definitivamente não deveria bater em sua aluna.
Então, muitas coisas estão erradas com isso, em tantos níveis diferentes,
e ainda assim, não consigo parar de pensar nisso. Mesmo agora, faz-me
corar. Eu não coro. Nunca.
Foda-me. Eu realmente o perdi desta vez.

―Você está bem? ― Pergunta Cheryl puxando-me dos meus
pensamentos.

―Sim eu estou bem. Só pensando em amanhã.

―O que tem o amanhã quando você tem o hoje? ― Ela morde o
lábio enquanto ela pega a minha mão e me puxa de volta para a
multidão. ―Vamos, vamos dançar.

―Eu não terminei a minha bebida, ― eu falo, rapidamente tomando
um gole.

―Beba enquanto nós dançamos, eu não me importo. Apenas
divirta-se e divirta-se. Você, obviamente, precisa. Você está muito tensa ultimamente.

―Fale-me sobre isso, ― falo, tomando outro gole enquanto
caminhamos para o meio da pista de dança.

―Alguma coisa está acontecendo com você, ― diz ela. ―Você está
escondendo merda, não é?

Eu dou de ombros e balanço a cabeça.

―Não. Você está delirando.

―Certo.― Ela sorri. ―Qualquer dia vou tirar isso de você. Apenas
espere.

―Claro, você vai, ― Eu disse, tomando o último gole. ―Mas
primeiro... vamos festejar ― eu grito bem alto, e a multidão vai junto,
então eu jogo meu copo no ar e giro.

Como duas garotas loucas, nós dançamos, não dando a mínima
para o que os outros pensam de nossos movimentos malucos. Estou
apenas fazendo a minha coisa, balançando os quadris, seguindo a
batida e apreciando a música. Estou vagando em meu próprio país das
maravilhas, onde tudo é perfeito e amanhã é um longo caminho a percorrer. Eu não quero estar em qualquer lugar, mas aqui, longe, muito longe da realidade e dos trabalhos de casa que eu deveria fazer.

Mas de alguma forma, esse único pensamento me puxa de volta para o
momento. Na minha cabeça, eu ainda ouço sua voz, empurrando-me para
não decepcioná-lo.
Droga.

― Ei, vou pegar outra bebida. Quer uma também? ― Pergunta Cheryl.

―Não, estou bem.

Ela sai e eu continuo a balançar meus quadris, não dando a mínima
para quem está assistindo. Um cara dança ao meu lado, e eu não me
importo, desde que ele não me toque. Eu estou no jogo para falar, mas sem
detalhes pessoais, apenas coisas divertidas. Se ele me pedir um nome, eu não darei nenhum. Eles me chamam “a loira” ou "aquela garota com o piercing no nariz," o que está bom para mim.