Os dois combinaram ainda no caminho para o porto: não falariam para as mães sobre eles. Não queriam deixar as coisas estranhas e nem enlouquecer as mães, então contariam quando elas voltassem.
E eles seguiram o combinado: encontraram as mães, deixaram as coisas em seus respectivos quartos; que estavam distantes demais na opinião do moreno, foram almoçar, Jughead roubou alguns beijos enquanto as mães não estavam olhando, foram nadar nas piscinas do navio, passaram o resto do dia relaxando e ao fim do dia foram jantar em um dos restaurantes do grotesco navio. Tido isso sem citar nada às mães.
Mas é claro que aquilo não impediu Betty de bater na porta do quarto do moreno ao fim da noite.
-Quem é? -o moreno perguntou ao escutar três batidinhas na porta de sua cabine.
-Serviço de quarto. -ela se arrumou em uma posição sensual.
-Já vai... -ele abriu a porta e arregalou os olhos surpreso ao vê-la- Ah, Betty!
-Sim, eu. Ué, parece decepcionado. -franziu a testa.
-Não decepcionada, é que... -ele suspirou- Eu pedi um queijo quente e estou esperando faz um tempo já. Estou com fome.
-Jantamos não tem nem quarenta minutos. -ela riu.
-E daí?
Ela entrou no quarto, rindo. Os dois esperaram o lanche do moreno, que o devorou em questão de segundos.
-Agora sim, a sobremesa... -ele disse, empurrando a loira deitada na cama e subindo sobre ela, que riu.
Betty estava roncando quando Jughead acordou.
Tinha pedido um café da manhã especial para Betty, logo depois que ela caiu no sono na noite anterior. Ele pediu para deixarem na porta que ele pegaria.
Quando acordou, se perguntou já o teriam deixado lá.
Olhou o relógio; ainda era cedo, seis da manhã.
Ele se levantou, pelado, e andou até a porta -nenhum hóspede estaria acordado aquela hora, então ninguém o veria nu abrir a porta, pegar a refeição e fechar a porta em questão de segundos.
Ele abriu a porta, e viu a bandeja ao lado da porta. Ele saiu do quarto por um momento, para pegar a bandeja, e quando se abaixou, escutou um click. Olhou para trás desesperado, e viu: a porta tinha fechado, e trancado automaticamente. E agora, o que ele ia fazer?!
-Merda... -sussurrou. Deu batidinhas leves na porta para não acordar os outros quartos- Betty! Betty! -sussurrou. A loira nem sinal de vida deu- Betty, pelo amor de deus abre essa porta! -falou um pouco mais alto. Então escutou passos no corredor. Desesperado, começou a rodopiar como uma barata tonta, em um balé grotesco, e rezou para que não virasse na parte do corredor em que ficava sua cabine. Ninguém apareceu, e os passos se afastaram- Bettyyyy! -suplicou, agora dando tapas um pouco mais altos. Quando grudou o ouvido na porta, conseguia escutar os roncos da loira.
Certo. Precisava assimilar a situação: ele estava completamente pelado no meio do corredor e sua namorada estava dormindo e não o escutava. Quais era suas opções?
Ele poderia arranjar algo para tampar as partes baixas e ir na recepção pegar outra chave. Mas as tamparia com o que? Não havia nada ao redor.
Certo, descarte essa.
Ele poderia correr feito um louco até o quarto de sua mãe e rezar para não ser visto, para então pegar algo para se cobrir. Não, isso provavelmente o faria ser expulso do navio.
Mais uma descartada.
Ele poderia gritar para que Betty acordasse. Não, isso provavelmente acordaria os outros, que chegariam antes dela à porta -Betty era um ser muito lerdo com sono.
Esta também estava fora da mesa.
O que fazer, o que fazer? Ele andava de um lado para o outro, seu coiso pendurado e balançando e sua bunda tensa do nervosismo.
Então escutou um click -a porta da frente da de sua cabine estava se abrindo!
Ele puxou a bandeja rapidamente, derrubando tudo no chão, e grudou a bunda na porta, tampando a parte da frente com a bandeja.
Uma senhorinha abriu a porta, e deu um berro:
-Ahhh! Tarado! -ela gritou- Pervertido!
Com a gritaria, os curiosos dos outros quartos começaram a abrir sias portas para ver o que era.
-Oh, céus! -um homem gritou.
-Filha, não olha! -gritou alguém.
-Menino pervertido! Isso não é de deus! -gritou.
Com o estardalhaço que estavam fazendo, a loira acabou acordando. Ela andou até a porta e assim que a abriu, encarou a bunda do menino, caindo na gargalhada.
Ele correu para dentro do quarto, e a loira bateu a porta.
-Cala a boca. -ele murmurou, sério, a bandeja ainda tampando a parte da frente.
-Eu não disse nada... -ela gargalhou alto.
-Vamos se trocar logo e ir para o café. -ele gesticulou.
-Você que manda rainha. -ela lhe deu um tala na bunda nua, ainda gargalhando.
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AMINIMIGOS -bughead
Teen FictionSinopse: "Alice Cooper e Gladys Jones, duas amigas desde crianças, que cresceram na vasta e agitada cidade de Nova York. Viveram juntas, se formaram, e aos vinte e sete anos, tiveram suas vidas viradas do avesso. Uma delas separada recentemente, e a...