Capítulo 17

1 0 0
                                    



I've been roaming around
Always looking down at all I see
Painted faces, fill the places I can't reach
You know that I could use somebody
You know that I could use somebody
Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street
You know that I could use somebody
You know that I could use somebody
Someone like you

•••

Tenho andado por aí
Sempre menosprezando tudo que vejo
Rostos pintados preenchem lugares que não consigo alcançar
Você sabe que eu preciso de alguém
Você sabe que eu preciso de alguém

Alguém como você, tudo que você conhece, e como você fala
Inúmeros amantes disfarçados na rua
Você sabe que eu preciso de alguém
Você sabe que eu preciso de alguém

Alguém como você

Betty simplesmente bateu a porta e foi embora. O perfume do moreno agora estava em suas roupas, e seus lábios estavam dormentes.

Ela bufou, presa em um turbilhão de emoções. Nunca tinha se sentido daquela maneira.

Marchou corredor afora, entrou no elevador meio cambaleante e uma lágrima escorreu por sua bochecha.

Ela a secou rapidamente se apoiando na parede do elevador. Estava tonta. Não sabia se realmente estava ou se era só impressão, mas sentia como se fosse desabar no chão.

"De tão gorda é capaz de fazer um buraco no elevador com a queda". Ela pensou.

Então a culpa lhe tomou. Deveria ter falado com ele. Dito a verdade. Ela sabia que podia ser sincera com ele. Então por que não foi?

Suspirou pesado, mas se arrependeu profundamente; o perfume do moreno ainda a envolvia.

O elevador chegou no térreo, e ela sorriu para o porteiro enquanto saía do prédio. Não sabia aonde estava indo.

Começou a observar a cidade, olhar os prédios altos e majestosos que a cercavam. As folhas das árvores farfalhando, o som dos carros passeando pela cidade.

Seguiu sem saber para onde ia, sem pensar em nada.

Nada além do perfume de Jughead que parecia tomar conta do ar.

Quando percebeu, estava na praia. Se sentou em um banco do calçadão, arrumando seu casaco no corpo.

Viu duas crianças correndo pela areia, e um casal que pareciam seus pais os assistiam com olhares apaixonados.

Se lembrou de seu pai. Nunca o conhecera, mas viu muitos vídeos e fotos. Sua mãe contava histórias. Ela já havia visitado seu túmulo algumas vezes.

Imaginou como ele estaria se ainda estivesse vivo. Se ainda estaria casaco com mamãe, se ele seria carinhoso com ela...

Suspirou, e depois se arrependeu, já que o perfume do garoto ainda a cercava.

O garoto. Pobre garoto. Havia o deixado plantado, depois de dividirem um beijo. O garoto merecia explicações.

"Depois eu falo com ele", ela pensou, assistindo o sol.

Ele começou a se por, o seu escurecendo no horizonte. Uma das crianças chorou. Sua mãe a puxou para seus braços e a abraçou, fazendo-a parar de chorar.

Esperou mais um tempo, até que o já não houvesse nenhum vestígio do Sol.

"Até amanhã." Ela pensou com um sorriso.

Se levantou do banco, mas antes de ir embora, se virou para a praia para um último olhar.

Voltou observar a cidade, olhar os prédios altos e majestosos que a cercavam, agora com as luzes acesas vistas das janelas. As folhas das árvores farfalhando, os vários carros fazendo seu caminho até suas casas.

AMINIMIGOS -bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora