-Você me ligou faz cinco minutos, -o moreno parecia exausto- e eu disse que estava assistindo televisão. -ele escutou o telefone- E agora? Ainda estou! -mais silêncio- Certo, gata. Tá. Te ligo sim se for fazer alguma outra coisa.
Jughead bufou ao desligar o telefone, e a loira riu:
-Puta menina chata. -zoou.
Jughead estava saindo com Caroline não havia nem duas semanas, e ela parecia se achar dona do moreno.
Ele não podia sair sem avisar ela -por que ela aparecia de surpresa em casa, e se o moreno não estivesse lá ela iria atrás dele-, recebia ligações da menina a cada cinco minutos, perguntando onde ele está, o que está fazendo, quem está com ele... o liga por vídeo para que confirme sua história, pede que mande fotos suas e de todos que estão com ele.
Quando ele entra no chuveiro, se ela liga e ele não atende, ela aparece na porta do apartamento. Isso mesmo; ela, mesmo trabalhando e estudando, para tudo o que está fazendo para ir atrás de Jughead caso ele não atenda.
Jughead se levantou do sofá para ir ao banheiro, e pediu para que a loira pausasse o episódio da comédia que assistiam. Ela estava rolando pelo Instagram, quando o telefone de Jughead tocou.
O moreno voou banheiro afora:
-É a Caroline! -a loira gritou, vendo o telefone dele ao seu lado.
-Atende sem falar nada e põe no vivo a voz. -A loira obedeceu e o moreno fez a melhor voz que conseguiu- Oi, gata.
-Oi, meu amorzinho! Liguei por que estava com saudade! -Então ela fez uma voz mais aguda do que a sua natural, falando enrolado- U meu nenezinho col di loza também tava tum saudadi da namolada?
A loira o encarou, parado em frente ao sofá, esperando ele responder. Ele mordeu o lábio e revirou os olhos, dizendo:
-U nenen col di loza também tava tum saudadi da namolada. -Elizabeth se dobrou no sofá, cobrindo o rosto com uma almofada para abafar o riso.
-Namolada? -Caroline exigiu mais.
-Minha plinceza doulada. -o moreno jogou uma almofada nas costas da loira, que chacoalhava com o rosto enterrado.
-Quem está aí com você? -ela voltou com o tom de voz. Betty finalmente se recompôs e voltou a observar o moreno.
-A Betty.
-Só?
-Só. -deu de ombros.
-Estão os dois aí sozinhos?! -sua voz parecia ficar mais grossa e alta a cada sílaba.
-Sim.
-E você tem certeza de que ela não vai pular em você ou tentar te agarrar? -Elizabeth novamente caiu na gargalhada, tampando a boca com as mãos.
-Posso te garantir que não vai.
-Nenhuma garota resistiria ao corpo sedutor do meu nenezinho col di losa! -a loira não conseguia parar de rir, deitando no sofá. Não conseguia deixar de imaginar a cena dele rebolando em seu quarto.
-Caroline, te garanto que estou seguro.
-Se aquela vadia der em cima de você eu corto a garganta dela! -gritou. Betty arregalou os olhos. "Minha nossa, Jughead arranjou uma psicopata.", pensou.
-Gata, não vai acontecer nada. Relaxa, eu já estou até indo pro meu quarto.
-Meu nenezinho col di losa vai fazer naninha, é bebê? -sua voz de repente se suavizou, voltando ao seu extremo agudo natural.
-Sim. -Betty já mordia os lábios em antecipação.
-Esse sim seco?! -Jughead fez que não com a cabeça, e Betty começou a assentir freneticamente, já rindo.
-Sim, minha plinceza doulada, eu fou fazer naninha. -Betty se jogou para trás, chacoalhando as pernas.
-Ti bom meu amori! Boa noitchi! -a loira ao aldo do telefone não conseguia parar de rir.
-Boa noite.
A namorada psicopata limpou a garganta e ele revirou os olhos:
-Boa noitchi amori! -ele desligou o telefone e olhou para a loira, que estava vermelha e finalmente pôde soltar uma gargalhada alta. O moreno a encarou- Você vai para o inferno.
-De tobogã! -riu- E você vai de bracinhos dados comigo! -ela riu ainda mais.
Ele pegou o telefone no sofá, enquanto a loira tomava ar e forças para respirar novamente, e disse:
-Acho que eu tenho que ir para o quarto agora. Continuamos o episódio amanhã? -ela assentiu e desligou a TV.
-Ela não consegue te ver dentro de casa, sabia?- franziu a testa, debochada.
O moreno foi seguindo corredor adentro, e se virou para ela uma última vez:
-Tenho motivos para crer que ela alugou um apartamento no prédio da frente para poder me espiar pela janela. -a loira riu- E além do mais, em cerca de um minuto ela vai pedir fotos e me ligar de vídeo.
-Certo nenezinho col di loza... boa noite então. -ela deu um risinho e o assistiu abrir um sorriso.
-Boa noite. -o moreno estava prestes a sair quando voltou bruscamente, num tom preocupado- E nem pense em ir vomitar hein?
-Não sem você para segurar meu cabelo. -piscou para ele, se arrumando no sofá. Ele sorriu e seguiu corredor adentro.
A loira continuou no Instagram, e depois foi se arrumar para dormir.
Quando estava voltando para a cozinha para pegar água, escutou três batidinhas leves na porta.
Quem seria aquela hora da noite?
-Ah, oi... Caroline? -disse surpresa, ao abrir a porta. A menina estava com uma calça jeans e uma camiseta, o cabelo loiro e liso preso em um rabo de cavalo alto- O que faz aqui?
-Eu vim ver se Jughead realmente está aqui.
-Está sim. Ele foi dormir já tem meia hora.
-Ah... eu posso entrar para vê-lo?
-Hum.. não? -franziu a testa.
O sorriso de Caroline se fechou, e seu rosto ficou vermelho. Ela gritou:
-Vaca! -cuspiu na cara de Elizabeth e saiu correndo.
-Eca! -a loira limpou o cuspe, fechando a porta.
Ela só relaxou depois de se certificar de que tinha trancado bem a porta e todas as janelas, inclusive a do quarto de Jughead. Finalmente poderia descansar.
Enquanto ia para seu quarto, Algo dizia a Betty que o pobre moreno receberia um longo texto de reclamação vindo de sua plinceza doulada na manhã seguinte.
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AMINIMIGOS -bughead
Dla nastolatkówSinopse: "Alice Cooper e Gladys Jones, duas amigas desde crianças, que cresceram na vasta e agitada cidade de Nova York. Viveram juntas, se formaram, e aos vinte e sete anos, tiveram suas vidas viradas do avesso. Uma delas separada recentemente, e a...