Capítulo12

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-Você me ligou faz cinco minutos, -o moreno parecia exausto- e eu disse que estava assistindo televisão. -ele escutou o telefone- E agora? Ainda estou! -mais silêncio- Certo, gata. Tá. Te ligo sim se for fazer alguma outra coisa.

Jughead bufou ao desligar o telefone, e a loira riu:

-Puta menina chata. -zoou.

Jughead estava saindo com Caroline não havia nem duas semanas, e ela parecia se achar dona do moreno.

Ele não podia sair sem avisar ela -por que ela aparecia de surpresa em casa, e se o moreno não estivesse lá ela iria atrás dele-, recebia ligações da menina a cada cinco minutos, perguntando onde ele está, o que está fazendo, quem está com ele... o liga por vídeo para que confirme sua história, pede que mande fotos suas e de todos que estão com ele.

Quando ele entra no chuveiro, se ela liga e ele não atende, ela aparece na porta do apartamento. Isso mesmo; ela, mesmo trabalhando e estudando, para tudo o que está fazendo para ir atrás de Jughead caso ele não atenda.

Jughead se levantou do sofá para ir ao banheiro, e pediu para que a loira pausasse o episódio da comédia que assistiam. Ela estava rolando pelo Instagram, quando o telefone de Jughead tocou.

O moreno voou banheiro afora:

-É a Caroline! -a loira gritou, vendo o telefone dele ao seu lado.

-Atende sem falar nada e põe no vivo a voz. -A loira obedeceu e o moreno fez a melhor voz que conseguiu- Oi, gata.

-Oi, meu amorzinho! Liguei por que estava com saudade! -Então ela fez uma voz mais aguda do que a sua natural, falando enrolado- U meu nenezinho col di loza também tava tum saudadi da namolada?

A loira o encarou, parado em frente ao sofá, esperando ele responder. Ele mordeu o lábio e revirou os olhos, dizendo:

-U nenen col di loza também tava tum saudadi da namolada. -Elizabeth se dobrou no sofá, cobrindo o rosto com uma almofada para abafar o riso.

-Namolada? -Caroline exigiu mais.

-Minha plinceza doulada. -o moreno jogou uma almofada nas costas da loira, que chacoalhava com o rosto enterrado.

-Quem está aí com você? -ela voltou com o tom de voz. Betty finalmente se recompôs e voltou a observar o moreno.

-A Betty.

-Só?

-Só. -deu de ombros.

-Estão os dois aí sozinhos?! -sua voz parecia ficar mais grossa e alta a cada sílaba.

-Sim.

-E você tem certeza de que ela não vai pular em você ou tentar te agarrar? -Elizabeth novamente caiu na gargalhada, tampando a boca com as mãos.

-Posso te garantir que não vai.

-Nenhuma garota resistiria ao corpo sedutor do meu nenezinho col di losa! -a loira não conseguia parar de rir, deitando no sofá. Não conseguia deixar de imaginar a cena dele rebolando em seu quarto.

-Caroline, te garanto que estou seguro.

-Se aquela vadia der em cima de você eu corto a garganta dela! -gritou. Betty arregalou os olhos. "Minha nossa, Jughead arranjou uma psicopata.", pensou.

-Gata, não vai acontecer nada. Relaxa, eu já estou até indo pro meu quarto.

-Meu nenezinho col di losa vai fazer naninha, é bebê? -sua voz de repente se suavizou, voltando ao seu extremo agudo natural.

-Sim. -Betty já mordia os lábios em antecipação.

-Esse sim seco?! -Jughead fez que não com a cabeça, e Betty começou a assentir freneticamente, já rindo.

-Sim, minha plinceza doulada, eu fou fazer naninha. -Betty se jogou para trás, chacoalhando as pernas.

-Ti bom meu amori! Boa noitchi! -a loira ao aldo do telefone não conseguia parar de rir.

-Boa noite.

A namorada psicopata limpou a garganta e ele revirou os olhos:

-Boa noitchi amori! -ele desligou o telefone e olhou para a loira, que estava vermelha e finalmente pôde soltar uma gargalhada alta. O moreno a encarou- Você vai para o inferno.

-De tobogã! -riu- E você vai de bracinhos dados comigo! -ela riu ainda mais.

Ele pegou o telefone no sofá, enquanto a loira tomava ar e forças para respirar novamente, e disse:

-Acho que eu tenho que ir para o quarto agora. Continuamos o episódio amanhã? -ela assentiu e desligou a TV.

-Ela não consegue te ver dentro de casa, sabia?- franziu a testa, debochada.

O moreno foi seguindo corredor adentro, e se virou para ela uma última vez:

-Tenho motivos para crer que ela alugou um apartamento no prédio da frente para poder me espiar pela janela. -a loira riu- E além do mais, em cerca de um minuto ela vai pedir fotos e me ligar de vídeo.

-Certo nenezinho col di loza... boa noite então. -ela deu um risinho e o assistiu abrir um sorriso.

-Boa noite. -o moreno estava prestes a sair quando voltou bruscamente, num tom preocupado- E nem pense em ir vomitar hein?

-Não sem você para segurar meu cabelo. -piscou para ele, se arrumando no sofá. Ele sorriu e seguiu corredor adentro.

A loira continuou no Instagram, e depois foi se arrumar para dormir.

Quando estava voltando para a cozinha para pegar água, escutou três batidinhas leves na porta.

Quem seria aquela hora da noite?

-Ah, oi... Caroline? -disse surpresa, ao abrir a porta. A menina estava com uma calça jeans e uma camiseta, o cabelo loiro e liso preso em um rabo de cavalo alto- O que faz aqui?

-Eu vim ver se Jughead realmente está aqui.

-Está sim. Ele foi dormir já tem meia hora.

-Ah... eu posso entrar para vê-lo?

-Hum.. não? -franziu a testa.

O sorriso de Caroline se fechou, e seu rosto ficou vermelho. Ela gritou:

-Vaca! -cuspiu na cara de Elizabeth e saiu correndo.

-Eca! -a loira limpou o cuspe, fechando a porta.

Ela só relaxou depois de se certificar de que tinha trancado bem a porta e todas as janelas, inclusive a do quarto de Jughead. Finalmente poderia descansar.

Enquanto ia para seu quarto, Algo dizia a Betty que o pobre moreno receberia um longo texto de reclamação vindo de sua plinceza doulada na manhã seguinte.


AMINIMIGOS -bugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora