CAPÍTULO 17-LIAM FICA DEPRIMIDO

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"Quando se ama, podemos estar longe dos olhos, mas com certeza estaremos sempre  perto do coração!"


Liam agradecia a Deus por confirmar finalmente que dona Eva ficaria boa.

_Nossa, vida...eu nem acredito que mamãe conseguiu vencer mais esta batalha._repetiu João Pedro deitado num sofá confortável numa sala reservada para os acompanhantes das pessoas que faziam tratamento na clínica.

Parecia que ele tinha entrado num mundo paralelo, num lugar totalmente surreal ao perceber o luxo daquele lugar. Dimensões exageradamente absurdas, a clínica ocupava todos os dez andares daquele prédio. Eram consultórios, laboratórios, CTI, praça de alimentação, estacionamento, heliporto, dormitórios...

_Isso aqui é  coisa de primeiro mundo!_ admitiu  encantado._Até agora parece que eu estou sonhando, amor!

João Pedro havia relatado tudo o que havia acontecido desde que percebera que a mãe caíra nas graças do benfeitor. Realmente tudo aquilo era um grande milagre!

_Na verdade, Deus nos deu um grande presente de Natal, amor!_disse Liam contagiado pelo entusiasmo do outro.

_Imagine você eu entrando num helicóptero com mamãe, guiado por um enfermeiro que parece que foi escolhido para ser o meu guia turístico neste lugar, porque ele estava a todo momento de prontidão para o que eu precisasse. Muito atencioso mesmo, Liam!_confessou João Pedro._Me explicou o que estava acontecendo, me guiou até o helicóptero, quando chegamos aqui me trouxe para este espaço que é bem confortável, enquanto colocavam mamãe já em tratamento, sabe? Posso dizer que a clínica inteira parou só pra receber mamãe, Liam!

Liam estava feliz por ver que finalmente Deus ouvira as preces dos dois e que dona Eva seria salva. Ao que tudo indicava, Deus permitiria que ela ficasse por mais tempo com o filho amado, apesar de ter saído de sua cidade totalmente desenganada pelos médicos.

Apesar de João Pedro estar mantendo contato constante com Liam, o namorado sentia que estava em dívida com o amor de sua vida por não estar ao lado dele naquele momento tão importante. Fosse a clínica na mesma cidade e ele teria ido lá para ficar junto a João Pedro e dona Eva.

Mas não dava pra abusar mais ainda da boa vontade do dono da lanchonete onde trabalhavam pedindo um adiantamento só para viajar para a capital a fim de ficar poucas horas juntos com aqueles a quem amava. O dinheiro era contadinho para as despesas do mês e aquele gasto extra não estava incluído.

_Neste pacote milagroso, não tem uma cláusula que envolve buscar o seu namorado pra passar a noite aí com você?_brincou Liam tentando aliviar um pouco a solidão._Fale com o médico que eu me considero filho da dona Eva!

_Quem dera, minha luz...quem dera..._disse João._Sinto tanto a sua falta e gostaria que você estivesse aqui ao meu lado.

_Pois é...e agora estou aqui nesta casa enorme dando até eco!

_Casa enorme? A nossa casa é pequena, lindo!_corrigiu João sorrindo.

_Pequena pra caber todo  o nosso amor, mas enorme e solitária quando a metade de mim está tão longe._falou Liam romanticamente._Sinto que me falta um pedaço, amor...e é a melhor parte de mim!

_Também me sinto assim, coração...faltando a melhor parte de mim._soluçou João Pedro.

Liam andou pela casa a fim de que João pudesse perceber o quanto ele estava se sentindo só.

A casa parecia monstruosamente vazia, oca, sem vida.

_Você já jantou?_João Pedro quis saber._Não vá ficar sem comer, querido! Cuide de você pra mim!

ENTRE DOIS AMORES-Armando Scoth Lee-romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora