Capítulo 60 (Christian)

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*Revisado*


📑 Boa leitura 😘

Eu estava mais que encantado, talvez me apaixonando. Ainda era difícil distinguir exatamente se era apenas encantamento, paixão ou amor, mas sem sombra de dúvida eu estava gostando de Anastasia mais do que poderia imaginar. A forma como se entregou para mim, a confiança para mim apesar de tudo pelo que passou, me encanta e me deixa muito feliz.

Confiar em alguém não é fácil. Às vezes você põe pessoas em um pedestal e cedo ou tarde elas vão cair, e suas expectativas caem com elas. O mínimo que posso fazer agora é valorizar ao máximo essa confiança que ela dispõe sobre mim. Nosso relacionamento não é segredo para mais ninguém, felizmente Isabel aceitou, e ficou muito feliz, exceto pelo fato de que sua melhor amiga não estar mais morando conosco.

Os primeiros dias foram difíceis, quase toda noite ela dormia chorando, fato que omiti de Ana para não deixá-la preocupada ou até mesmo com peso na consciência. Entendo que ela desejava ter seu espaço, recomeçar sua vida, e não queria que nada atrapalhasse. E mesmo ainda a conhecendo pouco, sei que ela ficaria muito sensibilizada com o estado de Isabel, e até mesmo poderia adiar seus planos.

Mas felizmente depois de muita conversa e várias promessas (ato que aprendi com o especialista em fazer promessas, Elliot) de deixá-la passar os finais de semana com Anastasia, minha filha finalmente acalmou seus prantos noturnos. Ela queria ir no mesmo instante para o apartamento de Anastasia, mas eu ainda precisava resolver uma questão que me deixou muito inquieto e preocupado.

Em uma das noites que fui visitar Ana, tive o azar de encontrar com Suzana. Poderia não ser nada demais, exceto se eu não lembrasse como ela é, e recordar da nossa última conversa em meu escritório, quando a dispensei. Não tenho receio pelo que ela pode vir a fazer contra mim, mas sim o que pode inventar para Ana, ainda mais depois de saber que ela está morando no mesmo prédio que minha namorada.

Estava saindo do elevador, no andar onde fica localizado o apartamento de Anastasia, quando a encontrei saindo do apartamento localizado em frente ao da minha namorada.

- Eu sabia que mais cedo ou mais tarde você viria atrás de mim. - diz sorrindo ao fechar a porta por onde saiu.

- O que você faz aqui, Suzana? - perguntei surpreso e olhei rapidamente para porta do apartamento de Ana.

- Ah, não precisa se fazer desentendido. Eu adorei a surpresa! - diz vindo em minha direção - Na verdade, conhecendo você como conheço, sabia que uma hora ou outra você encontraria meu novo endereço. - continua caminhando e, quando perto suficiente, suas mãos pousaram em meu peito, acariciando o local, e quando se deslocam em direção ao meu pescoço eu as detive.

- O que você faz aqui?! - perco a paciência e seguro seus pulsos com mais força do que o desejado.

- Você está me machucando... - reclama - Mas sabe que eu adoro! - completa assim que a solto e continua enquanto acaricia os pulsos - Estou morando aqui, mudei a pouco tempo, mas sabia que me encontraria.

- Não estou aqui por sua causa! - olho mais uma vez para a entrada do apartamento de Anastasia, temendo que ela saísse e acabasse vendo a cena e se deixasse ser enganada por Suzana. Ela com toda certeza não pensaria duas vezes em fazer uma cena para chamar atenção a seu favor. Ela percebe minha preocupação e olha na mesma direção que eu.

- Ah, você conhece minha nova vizinha? - ela perguntou, mas já sabendo a resposta, não exatamente a correta - Deixa eu adivinhar?! É seu novo brinquedo? Se quiser eu posso ensinar a ela as coisas que você adora fazer entre quatro paredes, ou até mesmo fora delas. - suas mãos volta a tocar meu peito, e mais uma vez a detenho.

- Não chegue perto de Anastasia, ou eu não respondo por mim! - afirmo entre dentes olhando no fundo de seus olhos. Solto seus pulsos bruscamente e sigo para o apartamento de Ana, sem dar a Suzana nenhuma outra oportunidade de continuar com aquela conversa.

- Aí está você! - diz Elliot, trazendo- me de volta dos meus devaneios, ao entrar na biblioteca que também usamos como escritório em casa, deixando a porta encostada - Cheguei e não te vi. Perguntei para a Ana e ela disse que estava aqui, atendendo uma ligação. - era fim de semana, e como sempre dona Grace solicitou que todos estivessem aqui para o almoço, evento que tem sido difícil de acontecer durante a semana.

- Sim, recebi um telefonema de um cliente importante e não poderia deixar para depois. Acabei me perdendo em pensamentos. - explico o fato de não estar com o restante da família. Todos estão na beira da piscina, papai está pilotando a churrasqueira como fazia antigamente, quando éramos pequenos.

- Não me diga que já está pensando em pedir a Ana em casamento? Eu posso te dar super idéias de como fazer o pedido. - diz sorrindo animado.

Ele só pode estar brincando com a minha cara.

- Claro que não, idiota! Ainda é muito cedo para pensar nisso. Eu e Anastasia estamos apenas nos conhecendo. - explico.

- Já vi que você vai ser daqueles tipos de namorados que enrolam a parceira por anos, até decidir se casar. - suspira balançando a cabeça negativamente.

- Você e Kate estão a quanto tempo juntos ? - pergunto com ar debochado.

- Touché! - ele volta a sorrir - Aprenda comigo querido irmão, e veja se não vai engravidar Ana como fez com Leila, acertou de primeira! - ele brinca e eu fico pensativo.

Não me preveni em momento algum com Anastasia, mas creio que ela faça uso de algum método contraceptivo, pois lembro de ter ido ao ginecologista com minha irmã algum tempo atrás. Isso me trás um alívio momentâneo.

- Não vou fazer a mesma besteira outra vez. Não penso em ter mais filhos no momento. Isabel já é o bastante! - alguém bate a porta, autorizo a entrada. A porta é aberta apenas o bastante para que Ana apareça.

- Grace está chamando. O almoço já está servido! - sua voz soa estranhamente desapontada. Sem esperar por alguma resposta, ela sai.

- Será que ela escutou o que você falou? - meu irmão não esconde que também notou algo estranho em minha namorada.

- Creio que não! - respondo despreocupado pois acho que Ana não é o tipo de pessoa que fica escutando conversa atrás da porta.

- Você estava falando sério quando disse que não quer mais ter filhos? - meu irmão pergunta sério.

- Eu não disse que não quero ter mais filhos, disse que não é o momento para pensar nisso! Anastasia tem muito o que viver. E quero ter um relacionamento normal com ela, da forma que tem que ser, tudo no seu tempo. Portanto, nada de ficar pensando no futuro. Eu só quero pensar no agora e no momento que estamos vivendo. Não sabemos o que pode acontecer amanhã, vai que ela deixa de gostar de mim? - peço levantando da cadeira onde estou um tanto exaltado por continuar nesse assunto, muito menos em pensar que um dia ela possa vir a deixar de sentir algo por mim - Teremos muito tempo para pensar em casamento ou filhos. Agora vamos, você sabe que dona Grace não gosta de esperar! - saio da biblioteca com meu irmão em meu encalço.










Até o próximo capítulo 😘
Ps.: Perdão pelos possíveis erros!

: Perdão pelos possíveis erros!

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