Capítulo 68 (Christian)

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*Sem revisão*


Boa leitura 😘

Eu ainda não acredito que me deixei enganar pelo meu pai. Ele não me enganou, eu sei, apenas omitiu que que não estaríamos no orfanato na hora que o mandato fosse posto em ação.

Estamos agora na sala, meus pais sentados em um sofá, com Isabel entre eles. Mia, Elliot e Kate em outro. E Richard, pai da Kate em uma poltrona. Enquanto eu estou em pé, sem conseguir ficar parado, andando em círculos e dividindo minha atenção entre o Richard que aguarda um telefone com informações da operação e a porta.

Isabel chegou a pouco tempo, assim como todos os outros, já almoçou junto com eles. Eu por outro lado, nem cheguei a me dirigir a sala de jantar. Sinto um nó na minha garganta desde o momento que fiquei ciente que não poderia seguir meu desejo de estar no local no momento em que Ana fosse encontrada. Isso me impediu de conseguir ingerir qualquer coisa.

- Senta aqui, papai. - Isabel pede, batendo a mãozinha no local de onde minha mãe acabou de sair - Vai cansar assim! Eu também tô ansiosa para ver a Ana, mas já já ela chegar com a tia Gail.

Pois é, Mia respondeu para Isabel que Ana foi em casa buscar Gail, para poder vir para cá, quando minha filha a questionou. Mesmo eu tendo avisado que só traria Ana a noite, Isabel pôs na cabeça que ela viria com Mia.

Eu sigo em sua direção e me sento ao seu lado, como solicitado. Seguro uma de suas mãos e com carinho faço um pedido, mas como um tipo de concelho.

- Por que você não sobe um pouco, para descansar?

- Quero estar aqui quando a Ana chegar! - a resposta é rápida.

- Mas se você subir e descansar um pouco, vai ser melhor! E assim que a Ana chegar ela vai te encontrar. - tento mais uma vez e olho para meus pais em busca de ajuda.

Mamãe voltou a pouco, com uma bandeja com café para todos. E ela quem entende meu pedido e chama a atenção de Isabel.

- Seu pai está certo, querida. Vamos lá?! - Isabel parece pensar, mas se dá por vencida e segue com a vó para o segundo andar. E é quando as duas desaparecem das minhas vistas, que libero um pouco do tormento que está dentro de mim.

- Já deveriam ter dado alguma notícia. - falo ao sair do local que estava sentado e voltar a andar.

- Precisa ter calma. Tem pouco tempo que o delegado encarregado do caso, ligou para avisar que estavam se deslocando para o local. - explica Richard.

- Sim meu filho. De certo eles vão vasculhar todo o local, antes de informar qualquer coisa. - completa meu pai.

- Vai dar tudo certo, Chris! - diz Mia, se levantando e vindo até mim. Eu paro e ela envolve seus braços em minha cintura. Eu a aperto contra mim, porém não consigo me sentir calmo.

Eu queria outra pessoa dividindo este abraço comigo.

O som da campainha me faz soltar minha irmã e seguir para porta da frente, com o coração a mil, torcendo para que seja Ana com a polícia do outro lado. Mas ao abri-la a decepção toma conta de mim.

- Eu vim o mais rápido que pude. - diz Gail com certo receio. E perceptível em seu rosto o quanto está preocupada e abalada com a situação - Já tiveram alguma notícia? - pede assim que dou espaço para que ela entre.

- Ainda não. - respondo dando mais uma olhada para fora e fecho a porta.

Entramos e Gail pergunta como tudo aconteceu, Mia explica e eu me sinto mais culpado ainda. Sei que todos podem dizer que não foi por minha causa e que quem quer que tenha levado Ana, poderia estar a espreita, apenas esperando o momento certo, e ele chegou. Mas nem isso tirar o sentimento que está esmagando meu peito agora.

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