Capítulo 24 (Christian)

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*Revisado*



📑Boa leitura😘


Não sei ao certo quanto tempo se passou desde o momento que Leila saiu do meu escritório, acessei meu e- mail e me desliguei do que estava acontecendo em minha casa, voltando minha atenção para o trabalho. Estou distraído, lendo mais um dos inúmeros e-mails que Andrea enviou para mim, com cópia para meu irmão, quando batem a porta. Peço para que entrem e minha mãe surge.

- Com licença, querido! Espero não estar atrapalhando. - ela pede, fechando a porta atrás de si.

- A senhora nunca atrapalha. Como estamos? - pergunto esperando que ela entenda qual meu real interesse nesta pergunta.

- Já a acomodamos no quarto de hóspedes. Ela vai ficar bem. - explica.

- É o que esperamos! Tomara que não demore muito. - digo a última parte mais baixo que o necessário, pois foi apenas um pensamento verbalizado, mas minha mãe escuta.

- Creio que tem alguém que não compartilha do mesmo pensamento que você! - sua afirmativa também soa como uma pergunta.

- É, eu percebi como Elliot ficou todo solícito com essa garota. Até esqueceu as circunstâncias na qual a encontramos. Eu gostaria de entender como ele mudou de ideia em relação a ela tão rápido assim? - pergunto.

- Seu irmão está apenas dando a ela o benefício da dúvida, e você deveria fazer o mesmo. - me aconselha.

- Vou pensar nisso assim que tiver o relatório que pedi a Taylor. Aí sim, vou estar a par de tudo sobre a garota que fui obrigado a trazer para debaixo do nosso teto. - explico

- Você não foi obrigado! - ela rebate e eu a olho desapontada - Mas não vamos discutir sobre isso. Quando me referi a ter alguém que não concordava com você, me referia a Isabel.

- Ela ainda é uma criança. Não tem tanta noção de que é certo ou errado. Se qualquer pessoa lhe tratar bem ela vai desejar ser melhor amiga dessa pessoa para sempre. Minha filha é muito ingênua! - quando minha mãe iria responder alguém nos interrompe, batendo na porta do escritório. Mais uma vez peço que entre, e assim Gail surge. Mas tem algo estranho, ela entra fungando, como se estivesse chorando.

- Gail! - minha mãe vai até ela - O que aconteceu? - vou até elas, pego um lenço que tinha no bolso da calça e entrego para ela.

- Eu acabei de vir do quarto da menina. Fui deixar o almoço. - ela relata ao mesmo tempo que funga.

- Ela te tratou mal? - pergunto já preocupado com o que essa garota pode estar aprontando.

Mal chegou e já está pondo as garras de fora!

- Não! - a voz de Gail dispara entre meus pensamentos - Pelo contrário, me tratou bem. - a olho sem entender.

- E porquê está assim? - agora é minha mãe que pergunta.

- A senhora precisava ver como ela ficou quando falei com ela. Isabel estava lá e disse que era melhor ela descer, que todos já deveriam estar esperando para almoçar. Ela veio na frente e eu fiquei até a menina terminar de comer. - ela pára um pouco para respirar e enxuga as lágrimas - Parecia que a dias não sabia o que era uma refeição. Me partiu o coração. E antes disso então? - suas lágrimas voltam a rolar - Ela parece uma criança indefesa, que só precisa de amor e carinho.

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