Capítulo 08

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*Revisado*


📑Boa leitura😘


Portland 2010, noite anterior ao sequestro de Isabel

- Ora... Ora... O que nós temos aqui. - senhor Roger me observa com um olhar estranho - Se não é uma delinquente, ladrazinha, mexendo nas minhas coisas. - me levanto devagar.

Sinto nojo ao perceber que ele observa cada parte do meu corpo de forma estranha.

- Eu não estava roubando. Eu só estava... - tento me explicar mas ele não permite.

- Então estava fazendo o quê, a essa hora da noite, no meu escritório, criança? - pergunta enquanto se aproxima de mim.

- Eu... Eu estava... - não sei o que responder, até porque de certa forma ele estava certo, eu estava a procura de algo, de qualquer informação. Levaria comigo o que encontrasse, e isso automaticamente me transformaria numa ladra.

Escolho ficar em silêncio, porém sem desviar meu olhar do seu, atenta a qualquer pequeno movimento seu.

- Como eu imaginava! - afirma suas suspeitas, chegando mais próximo de mim.

Ele leva uma de suas mãos ao lado do meu rosto, pegando uma merda de cabelo e vai deslizando sua mão pelos longos fios claros, deixando a costa de sua mão tocar meu busto. Eu estou em pânico, minha respiração pesada e acelerada. Não sei o que fazer para sair daqui, mas sei que preciso sair e voltar para meu quarto. É tudo que quero fazer, mas sua presença, a expressão em seu rosto e seu olhar escuro para todo meu corpo me deixa sem reação, quase que petrificada.

E novamente o pedido silencioso do meu amigo ressurge em minha mente.

Saí daqui!

Mais uma vez sinto criar um nó na minha garganta, como na primeira vez que vi José sofrendo aqui, nesta mesma sala. Me pergunto se terei o mesmo castigo que meu amigo, por estar aqui bisbilhotando.

Volto minha atenção para o velho nojento à minha frente. Ele está mais próximo ainda.

- Vamos fazer um acordo. - ele diz com seu olhar brilhando - Eu finjo que não te vi aqui, se você fizer um favorzinho pra mim.

- Que favor? - peço agoniada para sair dali.

- Você vai me satisfazer. Depois pode ir. Vai ser bem rápido, já que só de olhar pra você já estou duro. Sente só o que você fez comigo, princesa. - ele pega uma de minhas mãos e leva até sua intimidade, por cima da calça de moletom que está usando.

- Não! - meu protesto sai como um grito, ao mesmo tempo que puxo minha mão de volta. Mas é em vão, seu aperto em volta só meu pulso é mais forte. Ele passa o outro braço em volta de mim, deixando meu corpo colado ao seu.

- Você não tem outra opção de escolha. - diz entre dentes. Ele solta minha mão, que em sincronia com a outra vão em direção ao seu peito, com intuído de empurrá- lo.

Porém seu braço em volta do meu corpo aperta mais ainda, e sua outra mão vai para meu rosto, onde segura com força, me mantendo fixa em sua direção. Ele aproxima sua boca da minha, sinto passar sua língua por meus lábios, que estão travados, fechados, enquanto me esperneio tentando a todo custo me soltar. Meu estômago embrulha ao sentir seu bafo.

- É melhor você colaborar, assim será mais rápido!

- Tá bom! Eu faço o que você quer. - ele se surpreende com minha submissão que acaba afrouxando seu aperto do meu corpo e soltando meu rosto.

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