Prólogo

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Aviso: Estou começando a revisar os capítulos e provavelmente mudarei algumas coisas, como por exemplo o nome da Phoebe. Agora ela se chamará Isabel.


*Revisado*


📑Boa leitura😘

Eu sabia que esse dia iria chegar, mas jamais imaginei que seria por esse motivo. José sempre me alertou e protegeu, se não fosse por ele minha vida teria acabado a muito tempo.

Vou até o carro acompanhada por dois dos brutamontes mais fiéis da bruxa. Um deles abre a porta de trás do carro para que eu entre. Quando olho para dentro do mesmo vejo uma garotinha sentada, encolhida no canto. Ela parece ter no máximo cinco ou seis anos, mais nova do que eu quando cheguei aqui.

Fico estática, apenas a observando.

Ela está com uma saia de pregas, camisa de botão brancas, uma gravatinha preta e um blazer com o emblema de um colégio. Parece até o fardamento que eu usava no meu primeiro e último dia de aula a anos atrás. 

O fatídico dia que mudou a minha história. Me recordo com uma tristeza grande em meu coração.

Seu olhar, brilhante pelas lágrimas que transbordam, demonstra o quanto ela está nervosa e com medo. Eu não lembro de ter visto essa menina aqui no orfanato um dia sequer. E suas roupas evidenciam minha suposição. Mas de uma coisa tenho certeza, se ela está aqui, seu futuro não será nada bom.

Sua face me faz lembrar o meu estado quando vim parar aqui. Eu estava como ela. Perdida, sem entender o que estava acontecendo e com medo, muito medo. Porém seu olhar também me passa algo a mais. Um pedido silencioso de socorro.

Paro de observá-la quando sinto um dos brutamontes me empurrar para que eu entre no carro.

- Já vou, já vou! Não precisa empurrar! - digo entre dentes.

Entro e não consigo tirar os olhos da garotinha. Assim que a porta por onde entrei é fechada, os dois seguranças se voltam para a bruxa.

- Oi! - digo baixinho.

- Oi! - ela me imita.

- Qual seu nome? - peço em um sussurro.

- Isabel. - seu murmúrio sai quase que inaudível.

- Oi Isabel, eu sou a Anastasia! - me apresento com um pequeno sorriso - Mas pode me chamar de Ana. Posso te chamar de Bel? - seus olhos arregalam ao escutar o apelido, como se o reconhecesse, e confirma com um aceno rápido com a cabeça.

Nessa hora os dois cães de guarda da bruxa entram no carro.

- Ei! - diz o brutamontes que ocupa o banco do carona - Eu não quero conversa ai atrás! - completa nos olhando com raiva.

Eles falam algo entre si e o responsável pela direção dá partida no carro, nos colocando em movimento. Olho para a pequena ao meu lado.

O que será feito dela?

Uma criança tão linda, grandes olhos azulados, cabelos castanhos amendoados e uma pele branquinha. Será que tem alguém a sua procura, ou ela está como eu, sem ninguém mais na vida?

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