Sabe, as vezes acho que preciso colocar um lembrete do tamanho do mundo na minha cortina, só assim, não vou esquecer de fechá-la.Levantei da cama, me xingando e obviamente, xingando a cortina, que claramente não tem culpa. Escutei alguns barulhos vindos da cozinha, Hyuck deve ter acordado cedo, o que não é muito comum.
-Hyuck?- entrei na cozinha.
-Desculpe, te acordei?- me olhou por cima do ombro.
-Não.- neguei.- A luz do sol me acordou.- balançou a cabeça.- Como foi na casa dos pais do Mark?- Hyuck parou de cortar as maçãs.- Foi muito ruim?
-Foi melhor do que eu imaginava, sabe que os pais dele nunca gostaram de mim.- deu de ombros.- Não esperava que eles fossem me aceitar.
-Hyuck...
-Está tudo bem hyung.- ele sorriu e colocou as maçãs em um prato.
-Eles te trataram mal?
-Quando é que eles me trataram bem?- ele riu, mas continuei sério.- Hyug.
-Donghyuck, isso não é engraçado.
-Eu sei, mas não quero chorar.- seus olhinhos estavam lacrimejando.- Tenho que ficar forte, por nós dois.- passou a mão no rosto.- Foi a primeira vez que o vi tão indefeso e eu não pude fazer nada, a sensação aqui dentro,- descansou a mão no lado direito do peito.- ainda está me machucando. Então, eu preciso estar bem.
-Hyuck?- escutei a voz de Mark.
-Já estou indo.- secou as lágrimas e colocou um sorriso no rosto.
-Se precisar, sabe onde me encontrar.
-Muito obrigado.
Ele pegou o prato com as maçãs e voltou para o quarto. Donghyuck é um menino alegre e cheio de energia - as vezes até de mais, e poderia ser irritante a maior parte do tempo, mas era melhor do que vê-lo triste desse jeito.
•
•
•-Como ele está?
-Bem tristinho.- tomei um gole do meu refrigerante.- Mas os pais do Mark, nunca gostaram muito de nós. Vai ser muito difícil eles aceitarem o relacionamento dos dois.
Taeyong soltou um longo suspiro.
-Isso me faz lembrar, de quando falei para meu pais que era gay.- deu uma mordida em seu sanduíche.- No começo foi bem difícil eles aceitarem, tinham muita vergonha de saírem comigo e encontrar algum conhecido.
-Nunca me falou sobre isso.- segurei sua mão.
-Não achei que fosse muito importante.- deu de ombros.- O que importa, é que agora, eles me aceitam e me apoiam.- sorriu.- Mark é um menino muito bom, sei que os pais dele o amam, então, não se preocupe. No momento, ele pode não estar recebendo apoio dos pais, mas ele nos tem.- apertou minha mão.- Somos a família dele também, ele sabe que sempre vamos estar ao seu lado.
Taeyong tinha um sorriso carinhoso no rosto, ninguém amava e cuidava dos meninos mais do que ele, então a dor deles, era a dor dele também.
-Eu te amo.
-Assim, de repente?- semicerrou os olhos.- O que você quer?
-Idiota.- revirei meus olhos.- Também não falo mais.- levantei da cadeira e saí da lanchonete.
-Ten!- ele segurou meu braço e começamos a andar pelo shopping.- Você fica tão lindo irritado.
-Vai se fuder Taeyong.
-Só se você vier junto.- deu um sorriso malicioso.
-Meu deus.- coloquei a mão no peito.- Sou um moço de família.
-Até parece.- soltou uma gargalhada.- Tenho certeza que você queimaria se entrasse na igreja.
-Todos nós queimaríamos.
-Tem razão.- ele segurou minha mão e depositou um breve selar na mesma.- Eu também te amo, muito.- colocou a cabeça no meu ombro.- Muito mesmo.
bjoss
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peck kiss↟taeten
Fanfictionchittaphon não achou que selinho entre amigos pudesse significar outra coisa #1 taeten 15/01/2021