backache

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Meu pacotinho de salgadinho já estava quase acabando, assim como a minha paciência.

Essa tal de Sasha não desgrudava do Taeyong, desde que ela chegou hoje mais cedo. De acordo com o que eu ouvi falar, ela era da Rússia e veio para ficar dois meses aqui, e pensa que só porque fala uma língua diferente, virou a rainha da cocada preta.

Bom, eu pensei que era.

De todas as pessoas dentro dessa enorme faculdade, porque ela tinha que ficar grudada no Taeyong? Está certo que ele a salvou de uns caras babacas e bem imbecís, mas não foi uma declaração de amor.

Bufei pela milésima vez, na esperança de que eles percebessem que eu estava parecendo um candelabro- até porque vela era pouco, e se desgrudassem.

-O que você quer?

-Nada.- amassei a embalagem do salgadinho e tomei um gole do meu suco de maçã.

-Eu te conheço melhor do que imagina Chittaphon.

-Não me chama assim na frente das outras pessoas.

-Está tomando suco de maçã.

-Porque, não posso?- levantei uma das minhas sobrancelhas.

-Você não gosta de suco de maçã.- ele pegou a minha caixinha e, trocou com a de chá verde dele.

-Não haja como se me conhecesse.

-Acontece, que eu conheço, e muito bem ainda.

Semicerrei os olhos e vi ele sorrir. Ah, aquele sorriso maravilhoso que só ele tinha. Ele era lindo, tão lindo que dava vontade de bater nele.

Suspirei cansado. Juntei minhas coisas e coloquei minha mochila nas costas.

-Onde você vai?- Taeyong segurou meu pulso.

-Para minha aula de cálculo avançado.- sorri cinicamente- Mas não se preocupem, podem continuar com essa novela mexicana.

-Cálculo avançado?- ele juntou as sobrancelhas.

-Ele está sendo irônico.- a russa revirou os olhos.

-É, acho que uma cobra, reconhece a outra.

Ela me encarou feio.

-Minha filha, para mim, cara feia é fome.

O rosto dela começou a ficar vermelho, e acho que ela ficou com raiva, porque começou a falar em russo e, tenho certeza que ela estava me xingando. Dei de ombros e saí do refeitório.

-Ten!

Revirei meus olhos, e parei no meio do quase deserto corredpr, esperando a pessoa chegar perto.

-Ah, é você.- cruzei meus braços- Não tenho tempo para traidores.

-Sei que errei, mas precisamos conversar.

-É?- sorri de lado- Sobre o fato de ter chifres enormes na minha cabeça? Porque a coisa está feia, é tão pesado que está começando a me dar dor nas costas.

Johnny riu ironicamente.

-Porque está rindo?- franzi o cenho.

-Acho que quem deveria estar reclamando, esse alguém seria eu.- ele ficou sério.

-O que?- perguntei indginado.

-Qual é a sua com o cara da aula de dança.

-O Donghyuck?

-Não, o outro.

-Taeyong?

-Ele mesmo.

-O que tem ele?- respirei fundo- É só meu amigo, nos conhecemos desde criança.

-Só seu amigo.

-É, só meu amigo.- bufei.

-Só amigos, não saem se beijando por aí.

-Mas

-Nunca passou pela sua cabeça, que talvez ele pudesse gostar de você?

Na verdade, nunca parei para pensar sobre isso. Sempre achei que fosse normal ele me... Beijar.

peck kiss↟taetenOnde histórias criam vida. Descubra agora