Capítulo 11.

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O barulho que me acorda é irritante. A cama mexe ao meu lado e escuto a voz do Peter sair abafada.

- Você está brincando comigo, não é? Agora? Tem mesmo que ser agora? – Ele suspira alto. – Ok, ok. Tudo bem.

Ele fala mais alguma coisa que eu não consigo entender e caminha até onde suas roupas então.

- Eu não queria te acordar... Desculpa por isso. – Ele levanta o celular e eu me apoio nos meus cotovelos.

- Que horas são?

- São 8 horas. – Ele responde enquanto veste sua calça. – Eu tenho que ir. Eu não consegui entender direito, mas parece que aconteceu alguma coisa e estão me esperando.

Engulo em seco enquanto o vejo terminar de se vestir. Me levanto, visto um roupão e descemos em silêncio. Destranco e abro a porta.

Ele tenta falar alguma coisa, mas tudo que ele faz é balbuciar um "tchau" e sair da minha casa. Respiro fundo quando fecho a porta e volto para dentro de casa.

Eu não conseguia dizer o quão péssima eu estava me sentindo.

- Bom dia, Carol! – Jane diz sorrindo.

- Bom dia, Jane! Como foi o final de semana? – Sorrio para ela.

- Foi ótimo, e o seu?

- Tudo certo... – Tiro meu notebook de dentro da minha bolsa e o coloco em cima da minha mesa.

- Apenas para relembrar que tem a reunião com a equipe do Controle sobre o fechamento agora pela manhã.

- Ah, claro! Obrigada, Jane!

- E mais uma coisa... – Ela olha para mim de novo. – Peter pediu para você enviar para ele o relatório da reunião de sexta assim que puder.

- Eu tinha me esquecido disso! – Ela ri. – Eu vou mandar. Obrigada, Jane!

Termino de revisar o relatório da reunião com o Sr. Cox e envio em seguida para Peter. Meu Skype pisca e uma mensagem dele aparece na minha tele.

"Pode vir até a minha sala, por favor?"

Respirando fundo, e afastando das as lembranças do final de semana da minha cabeça, caminho até sua sala e entro depois de bater. Ele levanta assim que me vê, e dá a volta na sua mesa, parando na minha frente.

- Bom dia... – Ele diz baixo.

- Bom dia. – Respondo. – Precisa de alguma coisa?

O clima era estranho e desagradável. Nenhum de nós dois sabíamos como agir, e aquela situação toda me incomodava. Ele me olhou por alguns instantes e abriu e fechou a boca algumas vezes. Ele caminha para mais perto de mim, e olha nos meus olhos. Minha boca fica seca e meu coração dá um salto.

- Na verdade, eu...

Seu telefone toca estridentemente em cima da mesa. Ele olha para o celular, e depois para mim.

- Pode atender. Nos falamos depois...

A semana passa voando, eu se quer vejo Peter na empresa e me ocupo o máximo que consigo com tudo que eu tinha que fazer. Quando o sábado chega, um sentimento quentinho me abraça. Era o casamento da Belinda, e eu não podia estar mais feliz por ela.

- Eu ainda não acredito que a Belinda vai abandonar o grupo das solteiras e vai se casar! – Becky disse enquanto arrumavam o seu cabelo. – E isso é tudo culpa sua, Carolina! – Ela aponta e estreita os olhos para mim.

- Minha?!

- Sua sim; afinal, quem foi que apresentou os dois? – Rolo os olhos.

- E é exatamente por isso que ela é a minha madrinha! – Belinda me abraça e eu dou risada.

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