Eu mal tinha dimensão dos meus dias. A cada dia que passava, eu tinha mais coisas para fazer e mais eu me afundava no trabalho. Aos finais de semana, eu passava tempo com meus amigos e tentava descansar.
Tive três encontros com Nate, mas ainda não sei dizer o que eu sinto e nem como eu me sinto em relação a ele. Eu gosto dele, gosto de passar tempo com ele, mas estou completamente confusa. Já ele claramente quer alguma coisa a mais, e isso me deixa completamente apavorada e sem saber o que fazer.
- Nossos almoços semanais estão virando rotina, pelo visto. – Nate diz sorrindo quando paramos em frente ao prédio da T. Motors. Sorrio.
- Aparentemente sim! – Concordo com ele. Peter aparece, concentrado no seu celular. Volto minha atenção para Nate. – O que eu estou achando ótimo, não vou negar.
- Eu também... – Ele sorri.
- Atrapalho? – Nate e eu olhamos para Peter, parado do nosso lado, com cara de poucos amigos. – Temos uma reunião muito importante. Por favor, não se atrase. – Respiro fundo.
- Ainda faltam quarenta minutos para a reunião, Peter. Eu não vou me atrasar. – Ele concorda com a cabeça.
- Se puder chegar alguns minutos antes, agradeço. – Concordo com a cabeça. – Com licença.
Ele se afasta e Nate sorri.
- Chefe?
- Mais ou menos isso.
- Bom, não queremos que você se atrase. – Sorrio. – Até mais, Carol! – Ele beija minha bochecha.
- Até...
Quinze minutos antes do horário de reunião, vou para a sala reservada para ver o que Peter quer falar.
- Sobre o que quer falar? – Ele olha para mim e sorri antes de se encostar na cadeira de forma relaxada.
- Como está sua vida? – Olho para ele incrédula.
- Você me chamou aqui para perguntar como está a minha vida? – Ele levanta os ombros.
- Por que não? Somos colegas de trabalho, afinal.
- Não somos colegas, Peter. Apenas somos obrigados a trabalhar juntos. – Ele fica sério. – Se me der licença, tenho mais o que fazer.
Ele se levanta depressa e para na minha frente.
- Até quando você vai agir assim e vai me evitar?
- Isso não parecia te incomodar antes. – Ele trava o maxilar e se aproxima mais de mim.
Antes de falar qualquer coisa, batidinhas na porta fazem eu me afastar dele o mais rápido possível e sento na mesma cadeira que estava alguns segundos atrás. Quatro colaboradores entram e passamos duas horas analisando documentos e discutindo assuntos contratuais.
Quando acabamos, saio da sala de reunião o mais rápido que consigo, para evitar que Peter fale comigo ou que fiquemos sozinhos novamente.
Em casa, tomo um banho, preparo alguma coisa para comer e antes de deitar ligo para o meu pai. A conversa com ele não é muito longa, mas fico aliviada por ver que ele está bem e se recuperando.
No sábado, passo o dia lendo e estudando, e de noite encontro o pessoal na casa da Celina. Decidimos ir até a hamburgueria mais próxima. Quando finalmente uma mesa fica pronta, Peter chega com a loira exagerada e mais dois amigos. Assim que seus olhos encontram os meus, um sorriso maldoso aparece nos seus lábios e ele abraça a cintura dela.
Gen segura meu braço e caminhamos para a mesa preparada para nós.
- Como vocês estão? – Ela pergunta baixinho.
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Era Para Ser
RomanceCompletos opostos. Ele é mimado, rico, gosta de esbanjar, herdeiro de um império, esnobe e grosseiro. Ela é firme, determinada, dedicada e com o único objetivo de controlar as atitudes dele. Foram obrigados a conviver juntos, e apenas faziam isso p...