Capítulo 19.

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A claridade que invade o quarto me faz acordar. Eu estou com a cabeça apoiada no peito de Peter, e seus braços estão em volta da minha cintura. Demoro alguns segundos para identificar o lugar onde estou, e sinto ele se mexer embaixo de mim.

- Bom dia! – Ele diz baixinho e eu olho para ele.

- Bom dia! – Sorrio.

- Eu não quero sair da cama hoje. Quero ficar o dia todo aqui com você. – Ele beija minha bochecha.

- O dia todinho? – Ele sorri e concorda com a cabeça.

- Uhum... Sem desgrudar um minuto. – Sorrio.

- Eu gosto dessa ideia. – Ele concorda com a cabeça e me beija com carinho.

Peter sempre me tratou com carinho quando estávamos juntos, e eu sempre fui ao céu com o jeito que ele me beija ou me abraça. E não é diferente agora.

- Me desculpa por ter magoado você. – Ele diz baixinho assim que separa seus lábios dos meus. – Me desculpa por tudo o que eu disse naquele dia. Eu estava irritado, e descontei em você.

- Está tudo bem, já passou! – Sorrio de leve e faço um carinho no seu rosto.

- Sinceramente, eu não sei porque eu disse aquilo. Eu não acredito no que eu te disse. E, além disso, eu não poderia ser mais sortudo por você ter se envolvido com alguém do seu trabalho, então... – Ele nega com a cabeça e eu dou risada. – Me desculpa, mesmo.

- Já passou; não vamos mais falar disso. – Ele concorda com a cabeça.

- Eu não sei como eu consegui ficar tanto tempo longe de você. – Ele acaricia meu corpo. – Eu estou completamente viciado em você. – Sorrio.

- Era só você ter vindo falar comigo antes...

- Eu tentei, eu juro que eu tentei. – Ele olha para mim. – Eu fui cinco vezes até sua casa para tentar falar com você, mas nunca tive coragem suficiente para fazer isso. – Levanto as sobrancelhas, surpresa ao saber disso. – E eu ficava com mais raiva quando lembrava de você aos beijos com aquele cara. – Sorrio.

- Quer dizer que você foi até a minha casa, mas não teve coragem para falar comigo? – Ele concorda. – Precisou de uma dura da mamãe? – Ele revira os olhos.

- Na verdade, ela me fez abrir os olhos. – Ele ri. – A simples ideia de você ir embora me deixou apavorado. Então eu corri até e você e falei tudo que precisava. E de quebra, ainda ouvi que você também está apaixonada por mim. Não foi uma declaração tão perfeita quanto a minha, mas foi melhor que nada.

- Você é insuportável! – Ele ri.

- Você já me disse isso... Algumas vezes. – Ele me beija mais uma vez e aperta seus braços em volta de mim. – Vamos tomar café? – Concordo com a cabeça.

- Eu só quero ir ao banheiro antes.

- Tudo bem, eu te espero na cozinha.

Depois de usar o banheiro e lavar meu rosto, visto a camisa branca que ele usava ontem, checo as notificações do meu celular e vou para a cozinha. Lá, encontro Peter vestindo apenas uma calça de moletom concentrado em uma panela, e o balcão forrado de frutas, suco, presunto, queijo e algumas panquecas com caramelo.

- Temos um homem prendado aqui, então? – Abraço sua cintura e beijo seu ombro. – Por que tudo isso?

- Porque você merece. – Ele vira para mim e sorri.

- Você é meloso e carinhoso assim sempre? – Ele ri.

- Depende... – Ele abraça minha cintura. – Com você, sempre que você quiser. – Sorrio e lhe dou um selinho nos lábios.

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