Capítulo 22.

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-6 meses depois-

Uma cosquinha no meu braço direito me faz acordar aos poucos. Me remexo na cama quando sinto a mesma cosquinha caminhar para as minhas costas. Hum... Cócegas que andam?

- Nós temos que acordar. – Peter diz baixinho e dá um beijinho atrás da minha orelha. – Por mais que eu queira muito passar o dia todo aqui, a gente tem mesmo que levantar.

- Eu sei... – Finalmente abro os olhos e me viro para ele. – Mas a cama parece muito confortável e convidativa hoje. – Ele sorri.

- Você vai se atrasar. – Ele diz enquanto distribui beijinhos molhados por todo meu rosto e eu fecho os olhos aproveitando o carinho.

- Existem táxis por algum motivo. – Me espreguiço e escuto ele rir.

- Que preguiçinha toda é essa, bebê?! – Ele me abraça.

- Sono. – Resmungo e me aconchego no seu abraço. – E saudade. – Ele beija minha cabeça.

- Saudade? Carolina está dizendo que está com saudade de mim? – Sua voz risonha me faz rir e eu concordo com a cabeça.

- Você passou a semana toda longe. Eu senti sua falta e estou carente de você. – Olho para ele.

- Eu também senti sua falta. – Ele me beija devagar. – Você está conseguindo a me convencer a ficar na cama a manhã toda. – Sorrio ainda de olhos fechados.

- Eu sou boa nisso!

- Se você não levantar, eu vou fazer cócegas em você. – Abro um olho e o vejo sorrindo para mim. Antes de ele mover um único músculo para me torturar, levanto e corro para o banheiro.

Por mais que o sono e a vontade de ficar na cama fossem enormes, eu estava animada por acordar cedo em um sábado. O voo do meu pai e da minha irmã pousaria em pouco mais de uma hora, então eu tinha que correr.

Me arrumo e como algumas torradinhas que Peter preparou para o nosso café. Dirijo tranquilamente e chego ao aeroporto com quinze minutos de gorjeta. Eu realmente poderia ter aproveitado mais na cama.

- Nossa! Perece que faz um ano que não nos vemos. Tenho tanto para te contar! – Helena diz assim que me abraça apertado.

- Teremos longos dias para isso. – Sorrio para ela. – Finalmente vocês vieram me visitar. – Abraço meu pai.

- Estava com saudades, querida. – Ele beija minha testa. – Onde está Peter? Pensei que ele viria com você.

- Queria deixar claro que sua filha sou eu, ok?! – Meu pai ri e concorda com a cabeça. – Ele vai nos encontrar para o almoço. Vocês vão ter que se contentar comigo até o meio dia.

- Para de drama! – Helena revira os olhos e começa a empurrar o carinho com a mala dela e do meu pai. – Eu sei que você é uma mulher muito ocupada, uma Girl Boss cheia dos compromissos e com reuniões o tempo todo, mas, como meu cunhado é seu chefe, o mínimo que eu espero é que você tenha conseguido alguns diazinhos para ficar com a gente, certo?

- Eu estava pensando em te levar para trabalhar comigo. – Ela olha para mim com cara feia, e eu rio alto. – É óbvio que eu não vou para a empresa durante os dias que vocês estiverem aqui, sua pirralha! – Ela mostra a língua para mim.

- Pensei que vocês estavam com saudade uma da outra. – Meu pai olha para nós duas.

- Nós sentimos falta de brigar uma com a outra. – Helena responde sorrindo e entramos no carro.

Vamos direto para minha casa para que eles possam guardar as malas e trocar de roupa. Passeamos um pouco pela cidade, e vamos encontrar Peter, para a alegria do meu pai.

Era Para SerOnde histórias criam vida. Descubra agora