"O ᴍᴜɴᴅᴏ ᴇ́ ᴜᴍ ʟᴜɢᴀʀ ᴄʀᴜᴇʟ﹐ ᴇɢᴏɪ́sᴛᴀ ᴇ sᴏᴍʙʀɪᴏ.
Qᴜᴀʟϙᴜᴇʀ sɪɴᴀʟ ᴅᴇ ᴀʟᴇɢʀɪᴀ ϙᴜᴇ ᴇʟᴇ ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴀ﹐ ᴇʟᴇ ᴅᴇsᴛʀᴏ́ɪ."
__𝐄𝐧𝐫𝐨𝐥𝐚𝐝𝐨𝐬
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Audrey já estava acostumada o bastante com sua condição, ela era só uma oferenda na qual somente serviria para dar mais poder ao coven de seu pai –se é que ela podia chamá-lo assim, afinal, ela nunca soube o real significado dessa palavra. Killian Leblanc não era o tipo de homem no qual alguém pudesse se apegar, ele usava aquilo que precisava, não importando se era mulher, homem, velho ou sua própria filha. Até o nome da menina havia sido escolhido por uma senhora qualquer que a olhava quando pequena para que pelo menos ela conseguisse chegar viva aos nove anos.
Audrey possuía longos cabelos ruivos, ondulados, mesmo um pouco maltratados. Os olhos azuis celestes, iguais ou até mesmo mais intensos que os de Killian, a pele branca e pálida pela falta de sol, sua voz quase nunca era escutada por ninguém naquele ambiente onde estava, o medo de receber qualquer castigo era presente a qualquer momento. Seu corpo pequeno e frágil denunciava maus tratos e a falta de um alimento descente que lhe desse um pouco de sustância ao invés de deixá-la em pele e osso.
Lágrimas silenciosas escorregavam de seus olhos todas as vezes que lhe era jogado em sua cara como sua existência só era de utilidade para trazer mais poder ao coven. Seus únicos momentos onde seu tormento era acalentado, era com a presença de Magnólia Leblanc, a mãe de seu pai. Uma mulher de meia-idade considerada elegante com cabelos ruivos, e olhos azuis –mais parecida com Audrey do que sua própria mãe jamais seria. Magnólia detestava toda aquela situação com a garota, mas quanto mais tentava a ajudar, mais tudo piorava para a menina.
Mas naquela noite de lua cheia tudo pareceu ficar pior, quando descobriu que Killian sacrificaria a própria filha.
Audrey estava conformada, até demais para alguém de sua idade. O pensamento de que seria livre era maior do que o medo de morrer.
Seus olhos contemplaram pela primeira e ultima vez o brilho da lua naquela noite, enquanto todas aquelas pessoas a sua volta sorriam e gritavam em comemoração por se fortalecerem, e então deixou seus olhos fecharem.
Magnólia deixou o papel queimar em sua mão, enquanto virava as costas para seguir seu rumo, ela já deveria saber que aquilo seria um mar de sangue se seus planos dessem certo, era só esperar.
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Rebekah havia finalmente saído do caixão, estava aliviada, porém confusa por ter acordado sem ninguém ao seu lado e com um papel com letras tremidas "salve-a", a vampira original não fazia ideia do que aquilo significava. Ainda estava vestida como 1920, o vestido clássico flapper branco, com longos colares de perolas e joias correspondentes no pulso e na orelha, seu cabelo ainda estava enrolado, perfeitamente impecável para alguém que passou um bom tempo no caixão. Não fazia ideia de onde estava, e também não encontrou nada que lhe dissesse que estava em Brenham, Texas.
Um barulho insuportável tomou conta de seus ouvidos, pessoas rindo e gritando alucinadas. Um rosnado saiu de sua garganta quando sentiu sua cabeça doer como se estivesse sendo puxada para algum lugar, como se seu corpo estivesse sendo comandado por algo "salve-a" uma voz surgiu em sua cabeça. E mesmo a contragosto ela se deixou ser guiada até um condomínio grande, ele estava iluminado por algumas tochas, bem poucas, a lua cheia em si já iluminava quase o ambiente todo.
Se aproximou, empurrando as pessoas até chegar a onde todos estavam em volta. Pode ver o enorme altar feito de pedra, Rebekah arregalou os olhos ao ver o que acontecia, viu uma pequena garotinha deitada, imóvel enquanto um homem ajoelhado se preparava para enfiar um punhal em seu peito.
Eram poucas as vezes que Rebekah se sensibilizava com alguma coisa, mas ver aquela garotinha tão magra e indefesa ali, sentiu suas veias aparecerem despudoradamente e seus olhos estavam negros avermelhados, muito mais de que os outros vampiros e as presas apareceram, já se era de esperar que Rebekah atacou primeiro Killian, arrancando sua cabeça e depois como uma leoa, atacou tudo e todos que tentavam chegar perto da menina ruiva. No final, tudo havia se transformado em um banho de sangue e muitas pessoas mortas.
Audrey abriu os olhos quando escutou tudo ficar quieto novamente, sem gritos de dor, ou risadas eufóricas. Tudo em sua visão ficou vermelho, ela se viu colocando-se de joelhos, seus olhos azuis curiosos vagavam por todo lugar a procura de alguém, até que se cruzaram com ela, a mulher linda manchada de vermelho com cabelos impecavelmente loiros e enrolados, a boca suja com sangue e os olhos mais azuis e amáveis que já havia visto em sua vida.
Rebekah se aproximava cautelosamente.
- Qual o seu nome?_perguntou primeiramente obtendo silencio._Pode me dizer, não vou te machucar.
- Audrey.
Rebekah sorriu.
- É um lindo nome. Onde estão seus pais?
- Meu pai não gosta de mim, ele falou que eu tenho utilidade somente para dar a ele poder e minha mãe não me ama._sua voz frágil e levemente chorosa soou, tudo o que ela sabia sobre Bella Swan é que a mulher jamais tinha a amado por isso não a quis, –claro que essa era a versão de Killian.
Rebekah sentiu um enorme aperto no peito, almejava tanto uma família, almejava tanto um filho. E as pessoas normais que podiam ter uma família simplesmente faziam esse tipo de coisa, Audrey parecia tão frágil, como se ela a tocasse poderia quebrar. Mesmo assim ela se aproximou, se ajoelhando como ela e acariciando levemente os fios ruivos.
- Você é linda querida._Rebekah deixou as palavras saírem assim como seu sorriso. As mãos da loira passaram para debaixo dos braços de Audrey, e então ela a pegou. A ruiva era tão leve, mesmo assim ela pareceu não se importar e se aconchegou nos braços de Rebekah, agarrando seu pescoço. Não era preciso ler pensamentos para se saber que Rebekah se sentiu extremamente confortável com aquilo, era como se seus sentidos maternos adormecidos a mais de mil anos tivessem aflorado.
Aquela menina na qual o mundo havia quase destruído, Rebekah jamais deixaria, não a partir de agora.
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𝐌𝐚𝐤𝐭𝐮𝐛 | ᴷᵒˡ ᴹᶤᵏᵃᵉˡˢᵒᶰ
Vampiri𝐌𝐚𝐤𝐭𝐮𝐛 | "Qᴜᴀɴᴅᴏ ᴇsᴛᴀ́ ᴘʀᴇᴅᴇsᴛɪɴᴀᴅᴏ ﹐ ɴᴀᴅᴀ ﹐ ɴᴇᴍ ɴɪɴɢᴜᴇ́ᴍ﹐ ᴘᴏᴅᴇ ᴀᴘᴀɢᴀʀ ᴏ ϙᴜᴇ ᴊᴀ́ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴇsᴄʀɪᴛᴏ." E se Bella Swan tivesse um segredo que ninguém soubesse, somente ela e Reneé, mas nem seu próprio pai sabia? Em seus dezesseis anos, em uma tenta...