Choices [Tradução]

Capítulo 28:As Iniciações

Pouco antes da hora de voltar para a escola, uma reunião completa foi convocada às dez da noite. Harry aparatou de sua casa para a Mansão Malfoy em sua capa e máscara e parou na frente da sala com o resto do Círculo Interno. Quando o Lord das Trevas entrou, ele se ajoelhou como era esperado dos membros mais confiáveis ​​e valiosos do exército do Lord das Trevas.

"Levantem-se", disse ele a eles. "Desde a nossa aquisição bem-sucedida do Ministério da Magia, muitos acharam por bem se juntar a nós. Alguns dos meus mais confiáveis ​​falaram com cada novo Comensal da Morte em potencial para determinar sua sinceridade, e esta noite nós iniciamos aqueles que passaram." Harry se perguntou se as entrevistas, por falta de um termo melhor, haviam sido atribuídas a algum do Círculo Interno e ele havia sido preterido ou se os novos recrutas simplesmente abordaram Comensais da Morte conhecidos. Enquanto ele estava meditando sobre isso, uma longa fila de pessoas entrou na sala. Harry notou suavemente que a maioria dos Sonserinos e alguns da Corvinal em seu ano estavam presentes, e alguns alunos do ano abaixo dele. Ele não conseguiu conter um suspiro silencioso quando viu Remus entrar na sala no final da linha. Os olhos de Remus se voltaram para ele, Ele está fazendo isso por mim.

Harry se perguntou se Remus sabia o que teria que fazer esta noite. Ninguém o avisou que matar fazia parte do processo de iniciação, afinal, mas não foi exatamente uma surpresa. Um por um, os prisioneiros foram trazidos perante os Comensais da Morte congregados e os iniciados os mataram. Alguns hesitaram e alguns foram decisivos. Alguns usaram a maldição da morte, enquanto outros usaram algo menos intenso e alguns poucos mataram seus prisioneiros de maneira criativa e sádica. Após cada morte, o Lorde das Trevas deu a um novo recruta a marca do crânio e da cobra. Cada um deles reagiu à dor de alguma forma - um estremecimento, um gemido, uma careta - e Harry se lembrou das razões pelas quais ele achou isso tão suportável. Ele afastou o pensamento de sua mente quando Remus se aproximou.

O rosto de Remus estava impassível. Harry assumiu que foram anos controlando-se com tanta força para evitar seus instintos de lobo que tornavam possível para ele esconder as coisas que sentia agora. Quando ele lançou uma maldição cortante silenciosa sobre o homem amarrado à sua frente, sua expressão apertou ligeiramente. Quando ele se ajoelhou para receber a Marca, ele não reagiu. Harry supôs que a queimação era menos dolorosa do que a lua cheia.

Cada novo Comensal da Morte agora marcado, o Lorde das Trevas dispensava todos, exceto os novos recrutas e o Círculo Interno. O discurso que o Lorde das Trevas fez sobre como a Marca funcionaria foi quase idêntico ao que Harry recebeu há pouco mais de um ano. Ninguém precisava ser confundido com varinhas não registradas agora, com o Ministério sob o controle do Lorde das Trevas, mas os sextos anos presentes receberam Chaves de Portal como Harry e Draco haviam usado. Assim que o Lorde das Trevas saiu, Harry puxou Remus para um abraço. Ele não se incomodou em remover sua máscara primeiro, sabendo que o lobisomem o teria reconhecido pelo cheiro agora.

"Por que você faria isso?" ele sussurrou.

"Você é meu filhote, Harry. Eu faria qualquer coisa para estar aqui, para estar com você."

Harry apertou seu padrinho substituto um pouco mais forte antes de soltar e remover sua máscara. Os dois saíram do salão juntos, em silêncio por enquanto. Harry podia ver a dor que Remus estava escondendo em seu andar agora que eles estavam lado a lado. "Você está bem, Remus?"

"As últimas duas luas foram difíceis. Acho que agora vão melhorar."

Harry sorriu, e então um pensamento o atingiu. "Onde você tem morado? Você morava no quartel-general."

Remus fez uma careta então. "O novo Quartel General. Não me inscrevi para espionar para a Ordem - não que eles estejam conseguindo muito para espionar - então vou precisar encontrar outro lugar para ir."

"Venha morar comigo."

"Você está em Grimmauld Place?"

Harry balançou a cabeça. "Não. Eu nem estive lá neste verão. Isso me lembra que devo remover o Fidelius dele, ou pelo menos restaurá-lo para que eu seja o Guardião do Segredo. Eu comprei uma casa! Eu tenho um quarto extra. Não precisa ser para sempre se você preferir procurar sua própria casa, mas pode ficar o tempo que quiser. "

Remus sorriu cansado. "Podemos ver como vai, e eu decidirei se preciso me mudar."

"Brilhante. Vou acompanhá-lo esta noite, já que você nunca esteve lá antes. Além disso, você parece exausto." Eles haviam chegado ao saguão de entrada da Mansão agora, e Remus permitiu que Harry segurasse seu braço sem fazer comentários. Um aperto depois, os dois estavam no gramado da frente de Harry.

Por dentro, eles não foram para os quartos ainda. Remus se sentou na mesa da cozinha enquanto Harry fazia um chá de ervas.

"Quando você foi iniciado, você tinha que-" A voz de Remus vacilou

"Matar alguém? Sim." O tom casual de Harry continha uma pitada de dor, e ele colocou uma garrafa de firewhiskey na mesa com o chá depois de adicionar um respingo em sua própria xícara. "Eu usei uma maldição explosiva na cabeça dela. Cortar foi muito menos bagunçado, gostaria de ter pensado nisso. Eu estava um pouco desligado. Mas minha iniciação foi praticamente igual à sua, exceto que era só eu e Draco, eu passei a noite na Mansão depois. "

Remus riu sem humor e adicionou um pouco do álcool ao seu chá. "E você teve que fazer de novo desde então?"

"Você quer dizer além de Dumbledore?" Harry disse com um estremecimento. "Sim. Com bastante frequência, na verdade. Há uma poção que tomamos antes dos ataques, e embora definitivamente não seja o melhor mecanismo de enfrentamento, ela ajuda."

"Você esteve sozinho por tudo isso. Sinto muito, Harry. Eu poderia ter estado lá para ajudá-lo se visse o quanto você estava sofrendo."

Harry balançou a cabeça com veemência. "Foi logo depois que Sirius morreu, Remus. Você também estava sofrendo."

"Sem mencionar que você me obliviou. Eu deveria estar bravo com você por isso, mas não estou."

"Como você sabe disso?"

"Hermione conseguiu remover o feitiço de sua carta que a fazia parecer em branco. Toda a Ordem viu o que você escreveu."

"Eu deveria ter previsto isso", disse Harry com uma careta. Ele fez uma pausa. "Eles estão seguros? Eles estão usando a proteção que eu tenho para eles?"

"Hermione se mudou para a América com seus pais no dia em que o Ministério caiu e está terminando seus estudos em Ilvermorny. Ron está ficando com sua família, mas acho que o convenci a continuar planejando ao invés de lutar."

Harry acenou com a cabeça uma vez, o nó na garganta muito apertado para falar. Ele ansiava por um cigarro, mas hesitou em fumar na frente da coisa mais próxima de um dos pais que ele tinha. Então ele percebeu que Remus definitivamente podia sentir o cheiro da fumaça nele, e pegou sua mochila. "Outra coisa pela qual eu deveria estar bravo," foi a única resposta de Remus.

"Não posso dizer que tenho os melhores mecanismos de enfrentamento. Ninguém nunca me ensinou como lidar com meus sentimentos de maneira adequada. E embora eu me recuse a me arrepender da escolha que fiz, isso não significa que seja fácil para mim."

Remus parecia entender tudo muito bem. A dupla passou mais vinte minutos sentados à mesa em silêncio, bebendo mais firewhiskey do que chá, antes de Harry mostrar a Remus o quarto de hóspedes e o banheiro e eles se retirarem para passar a noite.

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