Quando a noite caiu, Sebastian decidiu por si próprio que nós dois precisávamos nos divertir em uma balada conhecida na cidade e que pelo visto ele já tinha ido várias vezes antes.
Com certeza aceitei acompanha-lo por vários motivos, desde a diversão de uma noite em uma boate e com ele, até a chance de ver Sebastian se soltar e dançar.
Acabamos por parar em uma balada chamada Chet Bar, logo na entrada já era fato que o lugar estava lotado, tinha uma fila enorme do lado de fora e as pessoas dançavam ali mesmo a música animada e alta que tocava lá dentro.
— Vamos ficar a noite toda esperando para entrar. — Gemi triste mas desci do carro. Não podia desperdiçar o lindo vestido que tinha escolhido para aquela noite.
Optei por um vestido curto cor prata brilhante, tinha uma alça fina e um decote na frente, além de ser bem justo em meu corpo. Os saltos agulha preto era um acompanhante ideal para a roupa e as joias eram suficientes para me colocar a altura de Sebastian. Além disso, foi uma das primeiras vez que optei em usar meu cabelo liso.
De todas as razões, meu companheiro aprovou que ao me ver saindo do banheiro já maquiada fez um sinal positivo com a cabeça.
Sebastian Não estava diferente do que ele normal usa, tinha calças jeans escuras, uma blusa social azul e seus sapatos sociais de sempre. Claro que eu tive a oportunidade de reclamar, mas tenho que admitir que vê-lo assim era meu ponto mais fraco.
— Não se preocupe. — Ele agarrou minha mão e andou comigo até a entrada, todos agora nos olhavam passar na frente e eu pude ver as garotas na porta cruzarem o braço e falarem algo, mas como odiava qualquer discussão fingi não ver nada.
Sebastian sussurrou algo no ouvido do segurança e ele abriu a passagem deixando que nós dois entrássemos.
— Problema resolvido. — E sem soltar minha mão Sebastian me guiou balada a dentro, tinha várias pessoas de estilos diferentes dançando, bebendo, se pegando e várias outras coisas.
— Tinha esquecido de como você é influenciável. — Brinquei mexendo meu corpo na batida da música passando pelos corpos suados, a mão de Sebastian ainda estava apertada na minha.
— O que você quer beber? — Pergunto em alto som em meu ouvido fazendo meu corpo ficar próximo ao seu ao segurar minha cintura.
— O mesmo que você. — Disse de volta em seu ouvido, pousando a mão em seu peito. Sebastian sorriu mas negou com a cabeça fazendo o pedido para o barman logo movendo seu corpo na batida, comecei a acompanhá-lo como antes e passei os braços por seu pescoço até ver a dose da bebida em minha frente.
Não demorou para que o líquido estivesse queimando minha garganta.
As luzes da boate giravam acima de nós deixando o clima ainda mais quente e depois de beber da sua dose fomos até o meio da pista de dança onde o nosso corpo se movia juntos e colados. Como se fossem um só.
Perto do bar nós bebemos mais uma, duas, três, quatro... doses até que eu sequer me lembrava quantas havíamos bebido. Era informação demais.
Meu corpo estava mais quente do que o normal, o lugar abafado.
Virei meu corpo de costas ao de meu companheiro e mexi meu corpo contra o do mesmo lentamente sentindo sua mão pousar em minha barriga enquanto sua boca trabalhava em meu pescoço.
Nada naquela noite podia nos abalar, a gente era um do outro e só.
— Mary... — A voz de Sebastian estava arrastada e lenta. — Você é a mulher mais linda do mundo, puta merda eu sou muito sortudo.
—Você está bêbado, Sebastian.
— Naaaaaaaao. — Embora ele negasse, a palavra comprida provava o contrário. — Estou levemente embriagado de amor por você.
Gargalhei me virando de frente e o beijei sem dar tempo para seus pensamentos enquanto nossas línguas travavam uma batalha. Tocando seu peito e sua nuca eu me embriaguei junto a ele.
— Eu vou ao banheiro. — Reclamei baixo contra seu ouvido, minha bexiga explodiria qualquer segundo se eu não a esvaziasse.
— Não demora, se não eu me perco do meu amor.
— Claro, Sebastian. Que tal sentar ali e me esperar? — Perguntei apontando para um banco e cambaleante segui até a porta do banheiro a abrindo e por sorte encontrando vazio, entrei em uma das cabines e me sentei ali.
A porta do banheiro abriu novamente e duas garotas entraram pelo que pude ver nos pés, me limpei certo e levantei saindo da cabine, elas então me olharam pelo reflexo do espelho.
Respirei fundo mas decidi ir até a pia lavando as mãos.
— Hey... — Uma delas disse pra mim. — Qual seu nome?
— Mary, por que?
— É um prazer, Mary. Amei seu batom. — A maior disse com um sorriso.
— Ah obrigada, foi amostra do hotel. — Gargalhei me encostando na pia mas escutei um soluço de choro.
A outra menina chorava desconsolada e só agora pude perceber.
— Vai amiga, respira como eu ensinei. — A que antes falava comigo pousou a mão nas costas da amiga.
— Mas eu o amo!! Como ele pôde?! Com outra aqui! — Ela se debruçou sobre a pia chorando.
— Homens são assim, eles agem como se não ligassem no começo mas quando os planos dão errado com a outra eles correm de volta, mas aí a fila já andou... certo?! — Perguntei.
— Certo! Ele já fez isso várias e várias vezes mas ela era minha amiga... — Ela me olhou, usei os dedos para limpar o rímel borrado dela.
— Exatamente, ela não era sua amiga pois ela não se preocupou contigo. Relaxa que um dia você vai encontrar alguém que te mereça e que vai fazer você se sentir especial.
— Você promete? — A garota fez um beicinho adorável e me abraçou quando eu assenti. — Obrigada, amiga.
.
Quando sai do banheiro tempo depois de conseguir fazê-la parar de chorar, encontrei Sebastian sentado exatamente onde havia o deixado, sentei ao seu lado.
— Demorou, achei que tinha ido embora. — Reclamou em meio a um sorriso.
Não demorou muito para que o Sebastian bêbado do amor revelasse uma nova fase do que ele era ao estar embriagado.
A fase de ser safado.
Sem esperar que eu respondesse, ele passou o braço por meu corpo me colocando próxima ao seu corpo beijando meu ombro.
— O que acha de voltarmos para o hotel?
Capítulo revisado!
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Temporary Fix [Concluída]
Teen FictionMary Anne é uma funcionária novata em uma das melhores cafeterias de Londres e logo de cara ela se vê em problemas ao que percebe que um dos clientes é um bilionário mesquinho o que faz que ambos percebam que eles são inimigos. As trocas de farpas d...