Na manhã seguinte acordei bem cedo, quando o sol ainda estava saindo deixando um nascer do sol em minha janela e fui diretamente até meu notebook, não teria que ir ao emprego visto que já não tinha mais um então decidi que iria resolver o caso do meu currículo e ir procurar um outro emprego, uma vez que Lottie estivesse contando comigo para que seu futuro não fosse arruinado.
Levantei da cama e fui diretamente ao banheiro para tomar um banho caprichado, tinha que ser rápida para não atrasar a minha irmã de seu banho para ir a escola, lavei bem meu cabelo e então o mais rápido possível sai de lá seguindo até o quarto de Charlotte.
- Levante-se, vai se atrasar.- Pedi observando a garota abrir seus olhos.
- Estou indo. - Assenti e então voltei até o meu quarto me vestindo casualmente com uma calça jeans, uma camisa de mangas curtas e um tênis qualquer que encontrei no fundo de meu guarda roupas e deixei meus cabelos soltos, com as leves ondas que ele carregava roçando em meu ombro.
Enquanto o fazia fiquei pensando nas várias possibilidades que eu tinha para algo dar certo ou errado na medida do possível, havia a possibilidade de encontrar um emprego ainda essa semana, ou a de não conseguir nenhum emprego nesse mês, outros empregos que teria que pegar experiência e várias outras coisas que me assustavam só no pensamento, visto que mais palavras saindo de minha boca poderiam deixar Charlotte incerta sobre a nossa situação e uma chance de voltar ao sítio.
Suspirei fundo deixando que esses pensamentos saíssem da minha mente e peguei minha bolsa saindo do quarto, minha irmã me encontrou no corredor.
- Onde vai? - Lottie perguntou colocando seus materiais em sua mochila.
-Vou procurar um emprego. - Franzi meus lábios pegando a chave da casa.
-Okay, acha que chega em casa antes de mim?
- Talvez, você agora só passa o fim do dia na casa da sua amiga Amber, acho que chego sim. - Andei até a porta.
-Não vou lá hoje mas okay, até mais tarde. Boa sorte.
-Até! Te amo.
Abri a porta e em um passo saí de casa enquanto caminhava com alguns passos lentos pela calçada, em minha mente tudo que rodava eram as idéias ou como me portaria caso alguém aceitasse pegar meu currículo. Meu coração batia incerto em meu peito e minhas mãos suavam enquanto eu repassava em minha cabeça as respostas caso já entrasse em uma entrevista ainda hoje.
Cheguei então até a rua onde haviam várias lojas, um famoso centro e me parei em frente a porta de vidro de uma grande confeitaria jogando a cabeça de lado, eu teria uma baixa probabilidade de conseguir um emprego ali mas o que valia era tentar. Tinha experiência e amava confeitar seja lá o que fosse, talvez fosse a minha deixa de ter um emprego lá.
- Você por aqui? - Alguém se dirigiu a mim, quando virei meu rosto, vi Sebastian a alguns passos de mim com ambas as mãos no bolso, ele tinha um sorriso de lado no rosto e pelo visto ele não era o único surpreso.
-Eu pergunto a mesma coisa. - Cruzei meus braços o olhando. - O que faz aqui?
- Bom, agora que a minha cafeteria favorita foi fechada eu tenho que tomar meu café aqui. - Seu olhar virou assim como o meu para a porta de vidro. - O que você faz aqui?
- Bom, a cafeteria onde eu trabalhava foi fechada e eu tenho que encontrar um emprego. -Dei de ombros.
- Bom, você seria muito útil aí, os bolinhos estavam meio duros, pareciam ter queimado um pouco e isso é inaceitável visto que são uma rede profissional.Mas... Eles não estão contratando pelo visto.
- Como sabe sobre isso? - Perguntei cruzando os braços.
- Não tem placas, anúncios e nada que deixa a entender que estão precisando de alguém, deveria saber como isso tudo funciona. - O moreno sorriu em minha direção.
- Então terei uma grande luta pela frente. - Descruzei meus braços arrumando a alça da bolsa sobre meus ombros.
- É... bom quer ir tomar um sorvete comigo? - Arqueei a sobrancelha na direção do garoto e dei de ombros.
- Acho que sim, mas por quê?
- Sei lá, me deu vontade de ser educado com você. - Ele riu olhando para o céu. - Embora seja um ato rápido de educação.
- Então estamos na mesma pelo visto. - Pisquei de volta ele.
- Me fala mais sobre você. - Sebastian começou a andar e o acompanhei ao seu lado, por onde ele andava ele chamava um pouco de atenção. Sua beleza era vista de longe além de sua formalidade profissional. - No caso sobre as vantagens de te contratar?
- No seu caso nenhum não é?! Pois eu sou completamente incompetente. - Imitei o tom de voz grosso do rapaz.
- Ah, isso foi no começo não me julgue. - Sebastian gargalhou porém virou o olhar sério pra mim como se quisesse mesmo saber as minhas vantagens, precisei repassar tudo em minha cabeça antes de começar.
-Tudo bem , eu sou muito responsável quando se trata de trabalhar. Chego sempre no tempo, tenho disponibilidade de horário, não gosto de acumular tarefas, fico na minha onde nunca entro em espaço de patrão ao menos que seja necessário, aprendo a usar ou decoro tudo muito rápido e consigo ser muito simpática quando quero.
- A desvantagem então é tratar o cliente mal quando ele altera o tom de voz? - Paramos em frente a uma máquina de sorvete expresso e eu fiz meu pedido pedindo um misto com calda de caramelo, Sebastian pediu o seu de baunilha sem calda.Tirei o dinheiro para pagar a minha, mas ele colocou a mão sobre a minha e o fez primeiro, pensei em reclamar mas ele negou com a cabeça como se não aceitasse reclamações. Voltamos a andar.
- O seu caso é um caso diferente, eu já estava nervosa e você chamou a atenção de todos pra mim! Foi um babaca. - Comentei chupando meu sorvete.
- Claro. - Comentou sarcasticamente.
- Mas tirando isso tudo, sou bem profissional.
- Acho que posso conseguir um emprego pra você então. - Sebastian continuou chupando seu sorvete assim que virei meu rosto surpresa para ele.
- Faria isso por mim? - Perguntei esperançosa. - Ah seria muito bom.
Em um impulso apenas passei meus braços pelo corpo de Sebastian o abraçando de maneira apertada, pude então escutar ele gargalhar novamente passando um braço por meu corpo retribuindo ao abraço. Seu perfume era muito bom.
- É muita gentileza sua fazer isso por mim. - Me afastei e abaixei o olhar ao sorvete. - De verdade eu agradeço muito.
- É, só estou tentando ajudar. - Seu rosto voltou a tomar seriedade e ele jogou o copo no lixo limpando sua mão em um lenço de bolso.
-É na verdade uma grande ajuda, acho que te julguei um pouco mal.
-Não, você não me julgou mal. - Ele piscou para mim. - Eu sou exatamente como pensa que eu sou, minha mãe já me falou isso, consigo ser insuportável quando quero mas também posso ser bem legal.
- Quer uma dica? Não seja insuportável e eu posso jurar que você será bem mais feliz. - Limpei as mãos e respirei fundo. - Eu te garanto isso.
- Bom talvez se você fosse menos fechada.
-Não! Nem venha com um discurso, eu sou fechada com pessoas que eu não conheço é meu natural, verá como sou diferente caso um dia eu me conheça melhor.
- É acho que teremos a chance de nos conhecer melhor, pelo visto nos encontramos em todos os lugares. - O homem olhou em seu relógio. - Eu tenho que ir agora, te deixarei informada sobre o emprego.
Sebastian esticou um papel pra mim e ali tinha seu e-mail pessoal. Agradeci baixo e acenei em sua direção.
-Obrigada pelo sorvete e uh... pela ajuda. - Sorri de lado e em seguida dei um passo para trás me afastando de seu corpo até que Sebastian voltasse a andar pelas ruas sumindo da minha visão.
Capítulo revisado!
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Temporary Fix [Concluída]
Teen FictionMary Anne é uma funcionária novata em uma das melhores cafeterias de Londres e logo de cara ela se vê em problemas ao que percebe que um dos clientes é um bilionário mesquinho o que faz que ambos percebam que eles são inimigos. As trocas de farpas d...