Noah UrreaAquele desgraçado não havia poupado esforços para me colocar ali.
Desde o começo ele sabia que eu era irmão do Nico e sequer demonstrou.
Um psicopata.
Eu estava andando de um lado para o outro na cela minúscula que haviam me colocado e só conseguia pensar na Any.
Ele a faria muito mal enquanto ela estivesse em suas mãos, em seu domínio...
Fui até as grades e as segurei com força.
Não me deixaram dar um telefonema sequer e não falavam nada.
Se eu tivesse... Se eu tivesse me controlado e deixado de lado a ira, eu estaria com ela e saberia o que de fato aconteceu.
Eu só devia ter ficado quieto, depois eu daria todos os murros que ele merecia.
Mas eu acabei caindo na armadilha escrota dele.
Soltei o ar pela boca com força e soltei as grades, caminhei até a cama e me sentei no colchão duro que era a única coisa "confortável" daquele lugar.
Ele ia mandar me matar.
Claro que ia.
Ia me manter ali até que cansasse e depois mandaria que me matassem para que eu me afastasse da Any.
Filho da puta!
E eu não podia fazer nada, NADA!
Fiquei de pé novamente e tentei pensar em alguma solução, mas não havia saída. Eu já tinha implorado para fazer uma ligação, mas os brutamontes que me colocaram na cela fingiam não me ouvir e ameaçaram me "apagar" caso eu continuasse berrando.
─ Ei!
Levantei a cabeça rapidamente e fitei um dos policiais que me trouxeram até a cela; era um homem branco e muito alto, devia ter o dobro do meu tamanho, que mastigava um chiclete pálido e me encarava como se eu fosse um ser desprezível.
─ Veio me matar por acaso? Se não for isso, melhor me deixar sozinho.
Ele riu e eu senti nojo.
─ Corajoso, né? Deveria ter mais cuidado.
Cruzei os braços rentes ao peito.
─ Não tenho mais nada que perder. - Falei. - A mulher da minha vida deve ter morrido e minha família...
─ Que pena que eu tenho de você... - Zombou. - Deixa de ser idiota e me segue.
O policial abriu a cela e arrastou as grades fazendo um barulho agudo que ecoou por todo o ambiente imundo; caminhei até ele e estiquei os braços, ele me algemou e eu sai. Eu poderia ter tentado fugir, mas não iria longe. Eu daria um passo e ele daria um tiro certeiro.
Não era a hora de deixar a burrice falar mais alto.
Ele me mandou ir na frente e eu obedeci; seguimos por um longo e mal iluminado corredor e, pelo caminho, vi alguns caras sentados nos fundos da cela enquanto outros falavam aos berros; quando os presos nos viram passar, me olharam com um misto de "Tá fodido" com "Quem é esse idiota?", ignorei todos.
Eu tinha agido como um idiota e, claramente, eu estava fodido mesmo.
Se pelo menos eu pudesse vê-la uma última vez...
─ Foi o Joshua Beauchamp que te mandou me matar, não foi? - Indaguei.
Um outro policial abriu uma pesada porta de ferro e passamos por ela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
imoral [noany]
Fanfiction"permita-se envolver pelas imoralidades" 𝑨𝑫𝑨𝑷𝑻𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑵𝑶𝑨𝑵𝒀 (todos os créditos vão para a autora original, AmandaYvina) #1- noany: 20/04 #2- noany: 24/04 #3- noany: 25/04