Noah UrreaEu fui um imbecil!
Eu devia ter contado tudo antes.
Deveria ter aberto o jogo e dito tudo o que eu senti e tudo o que pensei em fazer com ela antes de ficar perdidamente apaixonado.
Foi um erro atrás do outro.
Quando cheguei no saguão do hotel, ela já havia entrado no táxi e quando corri atrás do veículo, ela ignorou meus gritos.
Fiquei parado no meio da pista esperando que o táxi fizesse a volta e ela tentasse me ouvir, mas nada aconteceu.
Nada.
E eu sequer podia culpá-la por me odiar. Eu mesmo me odiava.
Abaixei a cabeça e enxuguei as lágrimas. Não adiantava mais.
Mas isso não queria dizer que eu iria desistir. Eu iria atrás dela e do meu filho nem que pra isso eu tivesse que atravessar o inferno.
Um carro buzinou e eu me assustei e só então me dei conta que ainda estava no meio da pista; corri para a calçada e precisei de alguns segundos para me situar de onde estava e de que precisava voltar para o hotel.
Pessoas passavam por mim de forma apressada e por alguns segundos me desliguei do mundo a minha volta.
O jeito que Any me olhou antes de ir embora não saia da minha cabeça e eu tinha a impressão que passaria a vida inteira tendo pesadelos com aquele momento.
E a culpa era apenas minha.
Quando passei por uma barraquinha de doces e faltava pouco para entrar no prédio, senti meu corpo ser levemente empurrado para a frente e em seguida uma voz baixa sussurrou para que eu ficasse em silêncio e continuasse andando.
Nas minhas costas, o cano de uma arma.
Os capangas do maldito haviam me encontrado.
(autora: fudeu k)Sabina havia me alertado inúmeras vezes para não sair do hotel, pois era arriscado, mas eu não havia pensado nisso.
E como eu iria pensar quando o que estava em jogo era o amor da minha vida?
O homem atrás de mim ditava ordens sutis, mas eu podia sentir o cano da arma amassar minha pele.
Um arrepio subiu pela minha espinha e se alojou na minha nuca.
Fui guiado para longe da movimentação dos carros e das pessoas e por um momento pensei em gritar, mas e se eles fossem atrás dela? E se ele se vingasse nela?
Não. Antes eu do que a Any e o meu filho.
─ Se você fizer qualquer movimento diferente, eu mato você aqui mesmo, filho da puta.
Eu esbocei um sorriso frio.
─ Eu não sou idiota.
─ Eu acho que é sim. Tipo, foi comer logo a mulher do patrão? Que burrice, cara. Que burrice.
Fechei a mão com força e tranquei os dentes.
O ódio estava pulsando nas minhas veias.
─ Cala a boca.
Ele riu e me empurrou na direção de um carro que estava estacionado perto de um beco.
─ Entra ai, Vagabundo.
Olhei ao redor e, como eu já imaginava, mais capangas saíram de dentro do carro.
É claro. Claro que teriam muitos deles.
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imoral [noany]
Fanfiction"permita-se envolver pelas imoralidades" 𝑨𝑫𝑨𝑷𝑻𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑵𝑶𝑨𝑵𝒀 (todos os créditos vão para a autora original, AmandaYvina) #1- noany: 20/04 #2- noany: 24/04 #3- noany: 25/04