Josh BeauchampAqueles filhos da puta!
Eu sabia a cara de cada um que havia invadido a exposição.
Eu conhecia aqueles infelizes.
Eles eram os que faziam o trabalho sujo para o Marcos García, o cara que jamais aceitou que a minha família se tornasse mais próspera que a dele e incessantemente tentava foder com todos nós.
Mas desta vez ele tinha ido longe demais.
Ele poderia ter apenas tentado me matar, mas decidira jogar muito baixo.
O salão da exposição tinha sido quase todo destruído pelo fogo e algumas pessoas haviam ficado feridas; um de seus capangas tinha invadido a sala onde eu estava e eu mal conseguia me lembrar direito das coisas, pois estava muito escuro, apenas saquei minha arma e atirei, depois fugi para procurar minha esposa.
E foi ai que o mundo parou.
Any não estava em lugar nenhum do andar de cima, por isso sai correndo aos tropeções para o andar de baixo, me embrenhei na multidão que tentava a todo custo quebrar as portas de vidro para sair, pois haviam trancado tudo.
Tentei atravessar o salão para encontrá-la, mas ela não estava.
Parecia um inferno.
Fui empurrado para todos os lados e ouvi senhoras berrando por ajuda.
O fogo tomava conta do teto e ameaçava fazê-lo cair sobre nossas cabeças a qualquer momento.
Ordenei que meus seguranças procurassem minha mãe e Sabina, mas apenas as encontrei depois que as ambulâncias e a polícia chegaram ao local.
Tínhamos conseguido sair pela porta dos fundos que dava para um jardim e, assim que as gotas de chuva caíram em cima dos nossos corpos desesperados, o alívio percorreu nossas veias.
Estavam a salvo.
Mas eu não estaria a salvo até encontrar minha esposa.
Tentei voltar para o salão, mas os bombeiros impediram que qualquer pessoa entrasse.
Gritei por Any, mas ninguém respondeu.
─ Senhor Beauchamp! Senhor Beauchamp! Por Deus!
A voz que berrava por mim era de uma senhora que eu pouco conhecia, mas que freqüentava todas as minhas festas, pois seu marido era um dos meus sócios.
Ela segurava a barra do vestido outrora elegante e me fitava com desespero no olhar.
─ O que aconteceu?
─ Sua mãe! Sua mãe foi baleada!
─ O quê?
Engoli em seco e olhei ao redor.
Isso não é possível!
•••
Noah Urrea
O sangue de Any escorria pelas minhas mãos e manchava minha roupa quando atravessei a recepção do hospital com ela em meus braços.
Seu corpo magro e pequeno estava pálido e havia menos cor ainda em seus lábios que eu havia beijado minutos antes.
Eu não podia deixá-la morrer.
Ajeitei-a melhor nos meus braços e chamei por seu nome, mas seu rosto não me dava nenhum sinal de que ela tinha me ouvido, principalmente porque boa parte dele estava coberta de sangue e caco de vidro.
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imoral [noany]
Fanfiction"permita-se envolver pelas imoralidades" 𝑨𝑫𝑨𝑷𝑻𝑨𝑪̧𝑨̃𝑶 𝑵𝑶𝑨𝑵𝒀 (todos os créditos vão para a autora original, AmandaYvina) #1- noany: 20/04 #2- noany: 24/04 #3- noany: 25/04