Capítulo 25

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Somos dois quebrados:

{S/n}

Olhei para o teto do meu quarto suspirando, respirei fundo tentando me acalmar, meus fones estavam me ajudando a focar só na música que tocava, peguei meu celular esperando que já tenha alguma mensagem do pessoal falando que tudo ocorreu bem com o Atsumu e seu pai, mas não tinha nada, quando ia largar o celular chega uma notificação, olhei rapidamente notando que era o Suna.

Suna on:

- Ta ocupada?

. Não-

- Pode sair?

Por que? –

- Quero me distrair com algo e acho que você precisa também.

Ta bom, vamos aonde?-

- Tem uma cafeteria perto da sua casa, te espero lá.

Como você sabe onde fica minha casa? –

- Tenho meus segredos, te vejo lá.

Desliguei o celular e levantei da cama, passei a mão pelo cabelo notando que ainda estavam úmidos pelo banho recente, caminhei até o guarda-roupa pegando uma calça jeans preta rasgada no joelho, passei a mão por um blusão preto com algumas listras brancas na parte das mangas curtas.

Não perdi tempo e vesti tudo rapidamente, coloquei um tênis qualquer e escovei meu cabelo, peguei meu celular com os fones e o coloquei no bolso do jeans e sai do meu quarto, desci as escadas torcendo para que meus pais me deixem sair, cheguei na sala e observei eles conversando, respirei fundo fechando minhas mãos e andei até eles.

- Oi- Disse sorrindo, meu pai nem me olho, mas pelo menos mexe a cabeça notando minha presença, sinto o olhar da minha mãe sobre mim, ela me analisava e depois me olha nos olhos.

- Vai algum lugar? – Ela pergunta voltando a mexer em alguéns papeis.

- Ia dar uma volta e ir beber algo na cafeteria, posso? – Perguntei apertando fortemente minhas unhas sobre a palma da minha mão, senti uma leve dor e então respirei fundo me acalmando.

- Pode- Meu pai diz sem me olhar- Mas volta antes que comece a chover.

- Ta bom- Disse caminhando até a porta.

Passei pela porta finalmente abrindo minha mão, olhei para a palma notando as marcas profundas que as unhas deixaram, passei meu dedo pela marcação e notei que uma delas estava mais dolorida e com um pouco da pele machucada, ignorei e peguei meu celular colocando os fones, coloquei na Still Into You e caminhei para a calçada.

Respirei fundo olhando para o céu, realmente iria chover, talvez daqui algumas horas ou até um pouco antes, voltei a olhar para frente enquanto caminhava com calma, não tinha muitas pessoas na rua, mas mesmo assim tentei ficar mais escondida e não chamar atenção, iria odiar encontrar alguém conhecido e ele vir conversar.

Quando já estava na rua da cafeteria vi o carro do Suna estacionado ali perto, olhei de um lado para o outro procurando ele, mas nada, cheguei mais perto da cafeteria e olhei para dentro do local, lá estava ele, sentado em um dos assentos esperando enquanto tomava uma xicara de café, ele pegava o celular olhava para a tela e depois guardava, acho que minha ansiedade por respostas era menor que a dele.

Entrei na loja e nossos olhares se cruzaram, sorri enquanto caminhava até a mesa onde ele estava, assim que me aproximei ele sorriu para mim guardando o celular, sentei no assento que ficava na sua frente e me ajeitei.

Drugs( Suna Rintarou )Onde histórias criam vida. Descubra agora