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Mais um amores e espero que gostem de como solucionei esse momento!!! Um beijo no coração!!

Renato estranhou não ser avisado e deduziu ser algum vizinho intrometido querendo alguma coisa, saiu do quarto o trancando e foi até a porta. Ele olhou pelo olho mágico, mas não viu ninguém e novamente a campainha tocou o fazendo abrir e quando a viu ficou branco.

— Cadê as minhas filhas desgraçado?! — apontava a arma para ele e suas mãos tremiam de nervoso.

Maria estava disposta a tudo e diante do silencio dele, ela engatilhou a arma o fazendo raciocinar e pensar rápido para não ser pego, mas ele mal sabia que Estevão também estava ali e esperando o melhor momento para aparecer. Estevão achou melhor deixar que ela aparecesse sozinha para ver qual seria sua reação, mas estava ali pronto para tudo também.

— Maria, do que está falando? — tinha as mãos para o alto.

— Você me ouviu muito bem e eu não vou repetir de novo! — gritou.

— Maria, eu não sei do que fala e você está muito nervosa! — aparentou uma calma que não tinha. — Abaixa essa arma e vamos conversar!

— Eu não quero conversar! — e sem pensar mais ela atirou para qualquer lado.

Era o modo de mostrar a ele que não estava para brincadeira e Renato no mesmo momento avançou nela para tirar a arma de suas mãos, Maria gritou e Estevão entrou no mesmo momento o agarrando pela cintura e ambos caíram no sofá. Maria se desesperou porque ele não estava recuperado o suficiente para aquele embate e Estevão o socou na cara por três vezes com toda sua fúria, mas Renato não deixaria barato aqueles socos e num movimento só caíram no chão com ele por cima.

— Vai Maria e procura nossas filhas! — ele gritou para que ela se movesse.

Renato o socou muitas vezes e a vantagem era que a perna dele estava em sua ferida e isso doía muito, mas ele não se deu por vencido e revidou como pode o jogando para o lado. Maria mesmo querendo ficar ali, saiu pelo apartamento que ela conhecia muito bem e procurou pelo quarto dele e nada encontrou, mas um ruído veio do quarto da frente e ela tentou abrir sem conseguir.

— Estrela é você? Manu é a mamãe! — bateu na porta atordoada e com lágrimas nos olhos.

O choro foi ouvido a fazendo se desesperar e somente assim ela viu a chave no trinco e a girou, seu coração batia forte e as lágrimas rolaram por seu rosto quando ela viu suas meninas ali dentro. Alivio é o que ela sentia e com mais alguns passos ajoelhou com Estrela vindo para seus braços a abraçando forte.

— Meu amor que saudades a mamãe estava de você! — beijou onde conseguiu e a afastou para olhar seu corpinho. — Você está bem? Ele te machucou? — olhou Manu que estava sobre a cama desacordada.

— Mamãe, Manu está dodói. — deitou em seu ombro.

Maria se aproximou de imediato de sua menina e tocou sua testa, ela estava com febre e não era baixa e isso a preocupou.

— Meu amor, fala com a mamãe! — a beijou querendo que ela acordasse. — Manu!

— Ela não acorda mamãe! — chorou diante do desespero da mãe.

— Calma meu amor que a mamãe já está aqui! — beijou as duas.

Estevão mesmo sentindo dores horríveis apareceu ali e entrou no quarto.

— Maria! — tentou se fazer de forte, mas seu rosto estava bem marcado.

— Meu Deus, Estevão! — o olhou chorando. — Precisamos levar nossa filha ao hospital!

— Vamos agora! — falou com dificuldade. — Vem Estrela com o tio!

Estrela mesmo querendo ficar com a mãe foi para seu colo e deitou em seu ombro o abraçando forte e ele a beijou muito mesmo sem forças para carregá-la.

— Tem certeza que consegue carregá-la? — Maria já estava com a filha nos braços.

— Vamos logo!

Eles caminharam para fora do quarto e deram de cara com a policia, Estevão não deu muitas explicações naquele momento e apenas saiu com as filhas direto para o hospital. O caminho foi rápido já que a viatura abria caminho na avenida, desceram frente ao hospital e entraram pedindo ajuda e foi o ultimo que Estevão viu por desmaiar nos pés de Maria, ele sangrava no local do tiro e ela se desesperou pedindo ajuda e todos se encaminharam para exames.

***

HORAS DEPOIS...

Maria pediu que as meninas ficassem no mesmo quarto que Estevão, assim não precisaria ir de um quarto para o outro, ele e Manu ainda estavam adormecido por conta da medicação e Estrela ia do colo da mãe até as camas para ver se eles já estavam acordados. Maria podia rir agora com mais calma e a todo momento se certificava que Manu já não tinha mais febre, falou com a policia e o pai também tinha passado por ali para dar um beijo em suas meninas e deixar que muitas lágrimas rolassem por seu rosto com alivio.

Estrela subiu na poltrona e logo estava na cama de Estevão o olhando bem seria e Maria se aproximou dela para evitar que ela caísse.

— Ele não vai acordar mamãe? — segurou a mão dele.

— Vai sim, mas ainda precisa de mais algum tempo descansando.

— Ele se machucou né? — a olhou. — Tio Renato disse que ele é o meu papai! — se recordou das palavras dele.

— E o que você disse para ele?

— Que eu gostava muito dele ué! — sorriu pedindo colo dela.

— Como foram esses dias sem a mamãe? — sentou na poltrona porque sabia que ela iria contar tudo.

— Eu senti muita saudade e o tio falou que você logo ia chegar pra gente ser uma família, mas eu não queria não porque eu gosto mais do meu tio Estevão! — fez cara feia e Maria acariciou seu rosto rindo.

— E você se alimentou direitinho?

— Um papa ruim de mais e eu não quis não e Manu só chorava e chorava querendo a mamãe e eu disse: Fica quieta chorona, mas ela não parou e chorou mais ficando dodói!

Maria sentiu um aperto no coração e a trouxe para seus braços e deixou que as lágrimas rolassem por seu rosto, cinco dias sem vê-las e tinha certeza que Manu tinha sofrido bem mais por ser muito apegada a ela, Estrela era mais comunicativa e por isso já estava ali correndo e falando por todo o quarto. Maria perguntou muitas outras coisas para a filha e ela contou a sua maneira, era esperta de mais e ali ficaram até que ela adormeceu, Maria a colocou no sofá que ali tinha e se aproximou da cama de sua Manuzinha, deitou e a trouxe para seus braços.

— A mamãe está aqui! — beijou muito seus cabelos e ela a agarrou.

— Mamãe... — falou chorosa e Maria a olhou sorrindo.

— Oi meu amor! — beijou a ponta de seu nariz.

— Não me deixa mais não! — chorou e Maria chorou junto a ela a abraçando mais.

— Não te deixarei nunca mais meu amor! — ficou ali ninando sua pequena que logo adormeceu novamente e ela olhou para Estevão que estava acordado e os olhos estavam cheios de lágrimas.

— Elas estão bem? — falou num sussurro.

— Estão sim! — deu um meio sorriso enquanto acariciava os cabelos de sua menina. — Você está bem?

— Eu vou ficar! — respirou fundo. — O importante são elas!

— Vai ficar tudo bem, você vai ver!

Ele concordou e apenas ficou observando as três com lágrimas nos olhos, mas logo adormeceu por conta dos remédios. E aquele dia se foi!

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