Olá amores desculpem a demora, mas aqui está um capitulo bem intenso!!!! beijos e boa leitura!!!
Ana Rosa sentiu seu sangue ferver e as bochechas queimaram demonstrando a ele que estava mais furiosa agora com aquela revelação, mas ela tentou manter o foco e disse para finalizar aquela discussão:
— Pois então, Estevão, eu vou tirar esse filho que está aqui... — tocou o ventre. — Não quero uma criança cujo pai não ame se quer a mãe!!! — jogou sujo. — Você quer ir? Vá!! Mas saiba que é você quem mata seu filho hoje!!! — e sem mais ela saiu dali o deixando só.
Estevão sentiu o ar faltar, dois filhos num mesmo dia era demais para ele que caiu no sofá sentado sem saber o que fazer naquele momento... era tanta informação pra ele num dia só que somente pegou o telefone e tentou ligar para Maria, mas o telefone dela só dava desligado e ele suspirou ficando de pé e indo até seu pequeno bar para pegar uma dose, a tomou toda de uma vez e saiu de casa depois de pegar suas chaves.
Ana Rosa do andar de cima o viu sair pela janela e os olhos estavam negros de ódio, aquela maldita não iria estragar sua vida, antes ela acabaria com ela primeiro, pegou seu telefone e fez uma chamada misteriosa enquanto via o carro do marido sumir... Estevão dirigiu até o prédio onde Maria morava e ao chegar foi informado que ela não estava mais ali e que tinha ido com uma mala embora.
Estevão se desesperou e subiu correndo para o apartamento dela e ao chegar vasculhou todos os cômodos e apenas encontrou o cheiro dela e tudo que ele tinha dado a ele ao longo daquela relação. Ele passou a mão no cabelo e em segundos começou a destruir tudo que viu pela frente enquanto chorava por perder aquela mulher maravilhosa que era Maria, sentou no chão e com as mãos no rosto lembrou-se do primeiro beijo deles...
(...)
Maria já trabalhava nas empresas San Roman a um ano, era sempre a mais elogiada e a que mais se empenhava no trabalho mesmo sendo uma simples secretaria. Naquela manhã ela chegou quarenta e cinco minutos mais cedo para adiantar seu serviço e quando adentrou a sala de Estevão a sua surpresa foi tão grande que deixou o café cair ao chão ao vê-lo sentado em sua cadeira analisando seus documentos.
— Me desculpe senhor... — falou envergonhada e com os pés molhados de café.
Ele ficou de pé e foi a ela.
— Se queimou? — falou atencioso.
— N-não... — falou nervosa. — Me desculpe.
Ele sorriu com o nervosismo dela e a puxou para o lado para sair da sujeira e a porta se fechou sozinha.
— Está tudo bem. — sorriu mais uma vez. — Me desculpe por te assustar, mas está cedo para você estar aqui!!! — tinha a voz calma mais era um pedido de explicação.
— Eu tinha um trabalho para adiantar e por isso cheguei mais cedo... — a voz saiu trêmula.
Estevão sorriu pelo nervosismo dela, ela trabalhava ali a um ano e mesmo assim ficava nervosa sempre que estava na presença dele. Ele segurava a mão dela e ao perceber o quão frias estava a apertou de leve.
— Está gelada... — levou a outra mão até a dela e acariciou para que ficasse calma.
— Eu preciso limpar isso... — soltou sua mão da dele e caminhou para sair da sala, mas escorregou no café. — Aaah meu Deus...
Estevão com um movimento conseguiu segurá-la em seus braços e evitou a queda que seria bem feia para ela. Ele a observou em seus braços como já a observava a muito tempo, ela era linda e tinha um cheiro tão único que ele não sabia como não olhá-la mesmo sabendo que era errado e naquele momento que estava com ela ali tão cerca de si ele não resistiu e a beijou.
Maria no primeiro momento resistiu e tentou afastá-lo, mas sua rejeição não durou por muito tempo já que ele a segurou ainda mais em seus braços aprofundando o beijo e a deixando molinha em seus braços. Estevão tinha os lábios doces como uma fruta melada e ela o segurou com o braço e sorveu de seus lábios com desejo, mas o momento não durou muito e ela logo o afastou levando a mão aos lábios.
— Você...
— Eu...
Ele a ofegaram juntos e ela não conseguiu mais olhá-lo nos olhos e mesmo escorregando ela saiu correndo da sala dele. Estevão olhou para o teto e respirou pesado, os lábios dela eram ainda mais intensos do que ele tinha sonhado algumas vezes, sorriu e voltou a sua mesa porque tinha muito o que fazer e logo conversaria com ela...
(...)
— Onde está Maria? — falou com desespero enquanto suas lágrimas caíam. — Eu vou te encontrar, meu amor, eu vou!!!! — sentenciou, mas o destino as vezes não ajuda quem é fraco em seus sentimentos ou em suas decisões...
(...)
DIAS DEPOIS...
Maria por fim tomará coragem de ir ao tumulo de sua mãe, tinha o coração despedaçado naqueles cinco dias em que tinha passado ali ao lado de seu pai e não teve coragem de contar a ele que estava grávida, mas assim que saísse dali contaria a ele para que tivesse confiança nela mesmo que as conversas fossem somente o necessário. Ela sofria, mas sabia que a única culpada daquela situação toda era ela mesma.
O homem informou a ela onde estava a sepultura e ela caminhou com as pernas tremulas e as lágrimas já rolando por seu rosto a dor corroendo seu coração e a culpa pesava suas costas e ela nunca se perdoaria por não estar no momento mais difícil de sua mãe e pior por um homem casado. Caminhou com seus remordimentos por mais ou menos cinco minutos e ali estava o tumulo de sua mãe, ela não precisou de muito para cair de joelhos diante da foto da mulher que tinha sido tudo em sua vida e ela tinha falhado.
Maria chorou desesperada agarrada ao ramo de flores vermelhas que eram suas preferidas, tantas coisas se passaram em sua cabeça e ela acariciava aquela pedra que a impedia de tocar sua mãezinha, chorou, sangrou por dentro e pediu muitas e muitas vezes pelo perdão dela, mas já era tarde e Maria viveria para sempre com aquela culpa de não ter dado mais de si a ela. A vida nos cobra de um modo ou outro tudo que aqui fazemos e quando chega a hora sangramos, mas não podemos mais voltar atrás porque se torna tarde demais para uma segunda chance quando chega a nossa vez de sentir o peso da morte de quem amamos.
— Me perdoe mamãe... — soluçou e segurou a barriga sentindo uma fisgada por tanta emoção. — A senhora terá orgulho de mim, eu te prometo!!! — sentenciava ali diante daquele tumulo seu destino.
Maria não percebeu em que momento ele se aproximou dela, apenas sentiu sua presença quando a mão foi a seu ombro em forma de consolo e ela deu um pulo ficando de pé e o encarando.
— Estevão... — os olhos ficaram um no outro sem piscar...
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MAIS FORTE - MyE
RomansaMaria era somente uma secretaria até se envolver com seu chefe casado e engravidar! Era claro que naquele momento o amor não se faria forte e ela decidiu seguir sua vida e ser mais forte por suas filhas, mas o destino gosta de brincar com nossos se...